Segunda Pop: For once in my life

Depois de muito tempo na geladeira, Mel B (sim, aquela das Spice Girls) resolveu lançar música e clipe novos.
Eu deveria ter postado o video semana passada, mas acabei me esquecendo, mas ainda está em tempo.
A música é ótima e dá vontade de sair dançando por aí. Uma daquelas que se tocar na balada, é p/ se jogar e se acabar de tanto jogar.

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Ser adulto é…

A11
Eu acho que ser adulto é ser capaz de tomar decisões sozinho e não depender mais dos pais. Completar 18 anos e sair de casa não tem nada a ver com isso.
De que adianta sair de casa para ir morar sozinho se seus pais montaram sua casa?
Qual a graça de se casar se quem vai decidir como vai ser a decoração de sua casa serão seus pais e sogros?
Eu acho que se é para cortar o cordão umbilical, isso deve ser feito por completo.
Admiro muito minhas amigas que ficaram anos economizando e montando o enxoval antes de casar. Elas pagaram tudo do próprio bolso e no dia que saíram de casa, se teve ajuda dos pais foi apenas porque eles quiseram, não porque precisaram.
Mas vejo tantas pessoas que se sentem maduras e adultas o bastantes fazerem tudo ao contrário e dependerem dos pais para montar a casa, organiza-la e pagar tudo. Eu não consigo me imaginar nessa situação.
Eu tenho casa, comida, roupa lavada e internet de graça. Não preciso pagar por nenhuma despesa minha, então eu posso poupar todo o meu dinheiro para investir na minha futura casa.
Não acho justo ter que depender da minha mãe para isso.
Se eu sair de casa será por vontade minha, então eu terei que arcar com toda responsabilidade financeira dos meus atos.
Claro, que os pais devem auxiliar na montagem da casa, dando opiniões e sugestões sobre o melhor custo-benefício dos produtos, o que realmente é necessário comprar nesse primeiro momento, o que pode ser pedido em um “chá-de-casa-nova”, o que pode ser deixado para depois e outras coisas nesse sentido.
Sei que tem pais que se sentem úteis ajudando financeiramente e presenteando os filhos com móveis, eletrodomésticos e até mesmo com o imóvel, mas se esse fosse o meu caso, eu escolheria os itens e cuidaria da decoração e arrumação. Só para não ficar parecendo aqueles casamentos arranjados de 1910, quando os pais arrumavam tudo e colocavam os filhos casados morando em uma casa.
Eu acho estranho ver uma geração que sempre lutou para ser independente ficar tão atrelada aos pais no ponto mais alto da vida adulta. Isso, definitivamente, não é para mim.

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Livro: Lições de Vida

LICOES_DE_VIDAAnne Tyler
(3/5)
Editora Novo Conceito
2013
368 páginas

Sinopse: Maggie Moran e seu marido são comuns, até um pouco tediosos. E é esse realismo que torna esta história tão eficaz e comovente… Começa em um dia de verão, quando Maggie e Ira viajam de Baltimore para a Pensilvânia para um funeral. Maggie é impetuosa, desastrada, desajeitada, propensa a acidentes e tagarela. Ira é reservado, preciso, respeitável, tem uma mania irritante de assobiar músicas que traem seus pensamentos mais profundos e acha que sua esposa transforma os fatos de maneira que se encaixem na sua opinião sobre as pessoas que ama.
Ambos sentem que seus filhos são estranhos, que a cultura das novas gerações está indo por água abaixo e que, de alguma forma, se enganaram com essa sociedade cujos valores não reconhecem mais. Mas esta viagem vai levá-los a refletir sobre estas angústias, e vai mostrá-los como é importante reavaliar seus sentimentos.

Opinião: Li um livro (O começo do Adeus) da Anne Tyler e não gostei muito, mas achei que talvez devesse dar uma segunda chance à autora e ver o que ela tinha a mostrar e o resultado foi que eu consegui detestar esse livro. O começo do Adeus eu consegui ler, não era um livro emocionante ou nada do tipo, mas eu li e terminei numa boa, agora, com Lições de Vida, eu sofri muito para consegui avançar nas páginas.
A leitura não flui, a história não é interessante e eu tive que ter muita paciência para conseguir finalizar.
O livro é dividido em três partes e conta a história de Maggie e Ira, um casal de meia idade comum, com uma vida comum e um acontecimento comum. Eles têm dois filhos Jesse, um músico um tanto quanto irresponsável e divorciado e Daisy, uma jovem genial que está indo para a faculdade. A primeira parte é basicamente sobre a viagem para o funeral de Max, marido de Serena, uma amiga de Maggie.
Os capítulos do livro são enormes e eu ficava incomodada quando tinha que interromper a leitura (gosto de parar no fim dos capítulos).
Maggie e Ira moram em Baltimore e partem para Pensilvânia, local da cerimônia. Antes mesmo da viagem, Maggie ouve no rádio uma mulher anunciando seu segundo casamento e passa a acreditar que se trata de Fiona, sua ex-nora.

– Fiona, sua nora, Ira. Quantas Fionas nós conhecemos? Fiona, a mãe da sua única neta, e agora vai se casar com um completo estranho só para ter segurança.
P. 9

Maggie ficou com isso na cabeça durante todo percurso e comentou sobre o fato diversas vezes. Chegava uma hora que eu não aguentava mais ler ela falando sobre o casamento!
Anne Tyler foi bastante detalhista na história, narrando nos mínimos detalhes cada passo do casal. Eu gosto de leituras minuciosa, mas quando a história é envolvente. No caso, é como se eu contasse em detalhes como é meu dia a dia de estudos: sem nenhum tipo de emoção. Eu lia esperando algum acontecimento mais emocionante, só que nada acontece de fato, até a última página.
Além dos detalhes da viagem do casal, há alguns retrospectos, com Maggie lembrando da sua juventude e como conheceu e começou a namorar Ira.
Há uma ou outra passagem mais engraçadinha, como quando Maggie acreditou que Ira tinha morrido ou quando eles estavam se beijando no quarto de Serena, durante o funeral e esta entrou no quarto e acreditou que eles estavam se exibindo para ela, a recém viúva. Ou ainda quando eles inventaram para um senhor que dirigia que a roda do carro dele estava solta.
São partes engraçadinhas, mas nada para rolar no chão de rir ou te cativar por completo.
Maggie é a protagonista mais chata que eu já vi. Ela é uma mãe de família que trabalha em uma casa de repouso para idosos, ela começou a trabalhar na casa ainda adolescente e optou em ficar com os idosos a ir para faculdade. Ela é bastante ativa e carismática, algumas vezes é estabanada, especialmente ao lidar com o carro. Só que além disso, ela também é autoritária e quer fazer tudo do seu jeito, interferindo na vida das pessoas ao seu redor para que tudo saia de acordo com o que ela idealiza e tem em mente.

Ira ficou se perguntando por que Maggie sempre tinha que convidar outras pessoas para dentro da vida deles. Ela não achava que um mero marido era suficiente, ele desconfiava. Dois não era um número satisfatório para ela.
P. 167

Já Ira é mais quieto, introspectivo, sincero e responsável, trabalha até hoje na loja de molduras do pai e parece ser do tipo que pensa mais antes de falar, mas no final do livro, percebemos que sua personalidade também é forte e ele desmente boa parte das situações que Maggie cria. Só por ele desmascarar Maggie ele ganhou minha eterna gratidão e simpatia.
Como um típico casal comum casado há muitos anos, eles brigam bastante, mas apesar de todas as brigas dá para ver claramente o amor que um sente pelo outro. Acho lindo casais que cresceram e envelheceram juntos. Eles brigam o tempo todo, mas apenas porque se amam e se preocupam um com o outro. Esse é o caso do livro.

– Já sei o que vamos fazer – Maggie disse a ele. – Paramos na casa da Fiona só um momento. Um momentinho bem pequenininho. Não aceitamos nem um copo de chá gelado. Fazemos nossa oferta e vamos embora.
– Isso você pode fazer por telefone – Ira disse.
– Não posso, não!
P. 143

Acredito que o tema central da história seja a vontade de Maggie em juntar novamente Jesse e Fiona, pelo menos, a terceira parte do livro só fala disso. Maggie tenta interferir de todo modo e não quer aceitar a realidade de que talvez fosse melhor deixar as coisas como estão.
Por mais que a história dê voltas e mostre a viagem do casal para um funeral, tudo se trata de juntar Jesse e Fiona novamente.

Maggie saiu para abrir a porta de trás. Parecia-lhe agora que, mesmo sem perceber, desde que acordara de manhã, ela um só propósito em mente: trazer Leroy e Fiona de volta para casa, finalmente.
P. 313

Anne Tyler utiliza uma linguagem bem simples, não é preciso muito esforço para compreender as palavras ou os sentimentos que os personagens querem demonstrar. Mesmo nos momentos mais tensos e uma temática mais densa, ela consegue simplificar tudo. Mas como eu disse, o livro é muito monótono e eu não me senti motivada para continuar a leitura.
Achei que talvez eu fosse encontrar algum tipo de lição de moral no final ou ter alguma aprendizagem, mas a obra não trouxe nada disso. É a história simples e comum, como a vida de qualquer um de nós.
Não achei que a capa tivesse relação com a história. Aliás, não gostei da capa. As cores e a imagem da menina no carro não me cativaram e não têm nada a ver com a história.

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