Livro: Anjo Caído

ANJO_CAIDODaniel Silva
(3/5)
Editora Arqueiro
2013
272 páginas

Sinopse: Após quase ser morto em sua última missão, o ex-agente israelense Gabriel Allon não quer mais pensar no serviço de inteligência. Dedicando-se a seu trabalho como restaurador de arte, ele se refugia no Vaticano para dar nova vida a uma das maiores obras-primas de Caravaggio. Certa manhã, ele é chamado à Basílica de São Pedro pelo monsenhor Luigi Donati, o poderoso secretário pessoal do papa Paulo VII. Sob o magnífico domo de Michelangelo, jaz o corpo de uma linda mulher. A polícia suspeita de suicídio, mas Donati não acredita nessa hipótese e pede a Gabriel que investigue discretamente o caso. Ele só recomenda que Allon fique atento à regra número um do Vaticano: “Não faça perguntas demais.”
Gabriel logo fica sabendo que a mulher descobriu segredos perigosos que ameaçam uma organização global envolvida com o comércio ilegal de antiguidades. Sem saber aonde sua caçada o levará, ele precisa impedir um atentado devastador que mergulharia o mundo em um conflito apocalíptico.
Uma inebriante mescla de arte, intriga e história, Anjo caído conduz o leitor por câmaras obscuras do Vaticano, pistas de esqui glamourosas de St. Moritz e avenidas graciosas de Berlim e Viena, até alcançar o inesperado clímax nos subterrâneos do território mais sagrado e disputado do mundo.

Opinião: Assim que li a sinopse do livro me empolguei e achei que seria um ótimo thriller policial, com investigações estilo livros do Dan Brown, mas me decepcionei profundamente.
O livro não se assemelha em nada com os títulos do Dan Brown. A narrativa, apesar de ser tão bem detalhada quanto a do Dan, não tem a mesma emoção.
Logo no início já sabemos quem é o assassino e depois de muitas voltas, chegamos ao final do livro apenas para confirmar quem foi mesmo que matou e saber os motivos do crime e entender as ligações.

– Regra número um do Vaticano: não faça perguntas demais.
P. 32

Gabriel Allon, abandona a vida de agente e passa a se dedicar exclusivamente à restauração de obras de arte. Ele é contratado pelo Vaticano para restaurar uma obra de Caravaggio e logo no início do seu trabalho, acontece um crime dentro da Basílica de São Pedro.
Claudia Andreatti, uma curadora de antiguidades do Vaticano é encontrada morta dentro da Basílica. A primeira hipótese é de suicídio, mas o monsenhor Luigi Donati não acredita nessa hipótese e pede, juntamente com Sua Santidade, o Papa Paulo VII, para que Gabriel investigue o caso, enquanto a Guarda Suíça e o Vaticano divulgam para a imprensa a versão de suicídio.

– Mulheres mortas são como cofres de banco… – respondeu ele, com uma sinceridade surpreendente – quase sempre contêm segredos desagradáveis.
P. 89

Gabriel descobre que Claudia, antes de morrer tinha investigado por seis meses a corrupção e o comércio ilegal de peças antigas. A partir daí ele começa suas investigações e descobre um grande esquema internacional.
Eu achava que a história se passava toda no Vaticano e em Roma, mas não, a história se passa em diversos lugares, como Viena e Jerusalém, e até mesmo a Dinamarca é palco de alguns acontecimentos.

Gabriel consultou mais uma vez o relógio e, precisamente às seis horas, tocou a campainha da galeria. Ele esperava escutar um som suave, mas o que ouviu foi uma explosão. Viu um clarão ofuscante de luz branca e o adolescente romano sem membros voando em sua direção através de uma parede de fogo, e juntos eles caíram na escuridão.
P. 132

A narrativa é toda em terceira pessoa e não há tantos diálogos quanto eu gostaria. Acho que por isso, apesar do livro ter apenas 272 páginas, a leitura é um pouco mais demorada e sem a fluidez que eu gosto.
É o primeiro livro do Daniel Silva, quer acreditem, apesar do nome não é um autor nacional. Daniel Silva é filho de açorianos (daí o sobrenome em português), nasceu em Michigan e foi criado na Califórnia. Esse é o 12º livro com o personagem de Gabriel Allon, então não posso falar muito sobre o personagem, porque acredito que ao longo desses 12 livros ele foi crescendo e amadurecendo até chegar ao ponto em que está e seria injusto eu avaliar isso tudo com contato em apenas um livro.

No entanto, um fato comprometia o contentamento do Escritório: Sua Santidade, o papa Paulo VII, estaria no Aeroporto Ben Gurion em menos de uma semana. Dada a turbulência geral na região, Navot considerava sensato um adiamento da viagem, uma opinião compartilhada pelo primeiro ministro e pelo restante de seu rebelde gabinete. Mas quem diria ao papapara não ir à Terra Santa? Eles só tinham um candidato. Um anjo caído. Um pecador na cidade dos santos.
P. 193

Gostei de viajar pelos lugares e imaginar as cenas narradas, mas a investigação e o crime em si eu não fiquei tão curiosa e interessada em resolver.
Achei que seria algo escandaloso e que me deixaria de queixo caído, mas não foi tão impactante assim.
Só no final, com o possível ataque e a explosão da bomba que eu fiquei mais apreensiva, mas até chegar lá eu confesso que “penei” um pouco para ler. Não foi um livro que me conquistou e me fez esquecer do resto da vida enquanto eu lia, por isso a avaliação mediana.
Gostei bastante da capa e da organização interna dos capítulos. Tem mapas nas primeiras páginas mostrando o Vaticano e a Cidade Antiga de Jerusalém é muito bacana para quem gosta de história e de geografia para conhecer e se situar melhor durante a leitura.

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Livro: Uma prova de amor

UMA_PROVA_DE_AMOREmily Giffin
(4/5)
Editora Novo Conceito
2013
432 páginas

Sinopse: Primeiro vem o amor, depois vem o casamento e depois… os filhos. Não é assim? Não para Claudia Parr. A bem-sucedida editora de Nova York não pretende ser mãe, e até desistiu de encontrar alguém que aceite esta sua escolha, mas, então, ela conhece Ben. O amor dos dois parece ideal. Ben é o marido perfeito: amoroso, companheiro e — assim como Claudia — também não quer crianças. No entanto, o inesperado acontece: um dos dois muda de ideia a respeito dos filhos. E, agora, o que será do casamento dos sonhos? Uma Prova de Amor é um livro divertido e honesto sobre o que acontece ao casal perfeito quando, de repente, os compromissos assumidos já não servem mais. Contudo, é também uma história sobre como as coisas mudam, sobre o que é mais importante, sobre decisões e, especialmente, sobre até onde se pode ir por amor.

Opinião: Já sabia que o livro seria bom só por ser da Emily Giffin, mas não imaginava que seria uma leitura tão gostosa assim.
Comecei a ler de manhã, à caminho da aula e terminei de ler de tarde, depois do almoço. A escrita da Emily tem uma linguagem muito fácil e gostosa de se ler e como a história é boa, tudo flui bem.
O livro conta a história de Claudia, uma moça bem sucedida na carreira, que já passou dos 30 anos de idade, mas não quer ter filhos. Ela é casada com Ben, um homem também bem sucedido profissionalmente, que ama viajar e curtir a vida ao lado de Claudia, mas que muda de opinião a respeito de ter filhos.

Eu nunca quis ser mãe. Mesmo quando eu era pequena e brincava de boneca com minhas duas irmãs, sempre fazia o papel da tia Claudia boazinha, que dava banho, trocava fraldas, embalava seus bebês de plástico e depois ia embora, à procura de coisas mais animadas para fazer no quintal ou no porão.
P. 11

Achei bem interessante essa abordagem da autora. Acho que é difícil encontrar uma mulher que não quer ter filhos, ainda mais com uma personalidade tão forte quanto a de Claudia. Geralmente quem não quer saber disso são os homens, então me surpreendi bastante com a temática.
Desde o início da história, dava para notar que Ben e Claudia eram almas gêmeas. Ben é um fofo, o tipo de marido que toda mulher idealiza e mesmo quando decide que quer ter um bebê e Claudia não, ele mantém a calma e a paciência com ela.

– Claudia, se tivermos um filho, prometo que você será a primeira mulher na história do mundo a não perder nenhum minuto de sono.
P. 50

Mas Claudia é tão imparcial e inflexível que só diz “não” e “nunca” para Ben. Ela não quer conversar sobre o assunto e não está aberta para possibilidade de ter um filho no futuro. A personalidade dela é tão fácil que tinha horas que eu tinha vontade de esbofetá-la e dizer, como todos os outros personagens no livro, que ela estava perdendo o amor da vida dela.
Por causa disso, o inevitável acontece e eles se divorciam, apesar de se amarem.

– É por que você não quer ter filhos ou por que você não o ama?
P. 109

Apesar do assunto principal do livro ser a questão de ter ou não ter filhos do casal Claudia e Ben, os personagens secundários estão sempre presentes e enriquecendo a história com seus exemplos de vida.
Claudia tem duas irmãs Maura e Daphne. Ambas são casadas. Maura tem três filhos, dois meninos e uma menina de 6 anos, Zoe, que é uma graça e me encantou todas as vezes que apareceu na história. Ela casada com Scott, que é um canalha e a trai. Daphne é casada com Tony e eles estão tentando ter filhos sem sucesso.
Além da presença constante das irmãs de Claudia na história, há também a melhor amiga dela, Jess. Claudia conheceu Jess quando estavam na faculdade e moraram juntas durante o curso e depois de formadas. O problema de Jess é que ela tem um dedo podre para homem, só namora os caras incertos para ela.

Quero meu marido de volta sem a condição do filho. Daphne quer um bebê e nem se importa com o marido. Maura quer que seu marido pare de traí-la. Jess quer que o marido de outra a traia ainda mais.
P. 148

Não foi o melhor livro da Emily que eu já li, mas eu gostei bastante. O que eu mais gostei foi de ter identificado nos personagens pessoas que eu conheço na vida real e que assim como Claudia preferem manter sua opinião a ser feliz.

– Bom, você faria qualquer coisa para ter sua alma gêmea de volta, não faria? Quero dizer, essa é a essência das almas gêmeas. Romeu e Julieta tomaram veneno para ficar juntos… Então, se Ben é realmente o único homem feito para você não acha que deveria ir em frente e ter um filho dele?
P. 313

Não gostei muito da capa. Ela é bem simples, só com um brilho no título do livro e no nome da autora, mas o que eu não gostei foi da sobreposição das imagens, achei que deixou o visual um pouco poluído. Acho que se não fosse o livro de uma autora que eu conheço eu passaria batido por ele na livraria. Mas a lombada é linda na estante. O coraçãozinho separando o nome da autora do título do livro ficou muito fofo. Simples e harmoniosa.
O miolo não tem nada de excepcional, é bem simples e os capítulos se iniciam todos na página da direita (meu TOC agradece).
Os capítulos não são muito longos e isso facilita ainda mais a leitura.

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