Vai gordinha! Los Paleteros

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Los Paleteros é uma marca de paletas que está conquistando a todos. Paletas são os picolés mexicanos feitos artesanalmente e a Los Paleteros trouxe essa iguaria mexicana para nossas terras. As paletas são parecidas com os nossos picolés, só que são maiores e com recheios deliciosos.
Inaugurou um stand de paletas no Shopping Vitória há uns meses e claro que eu fui lá experimentar. Para quem conhece o shopping, mas ainda não sabe onde fica o stand, é só passar a praça de alimentação, fica em frente ao Spoleto. Não tem erro.
No dia que eu fui a fila estava enorme e tinha gente comprando muitas paletas. Eles estavam até com uma promoção: compre 8 paletas e ganhe um isopor para levá-las. Achei prático.
As paletas são de 4 tipos: frutadas, cremosas, recheadas e premium.
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As frutadas são feitas com pedaços da fruta de verdade; as cremosas possuem o sabor da fruta (e do chocolate) ganha um toque especial docinho e cremoso; as recheadas são paletas comuns por fora, mas possuem um recheio cremoso; e as premium são feitas com ingredientes especiais e a partir de receitas elaboradas, elas possuem sabor e textura sem igual.
Acho que a principal diferença entre elas são os sabores.
As frutadas podem ser de abacaxi, abacaxi com pimenta, cupuaçu, goiaba, jamaica (hibisco), kiwi, limão, manga, manga com pimenta, morango e maracujá.
As cremosas são de chocolate belga, pistache, morango ao leite, ameixa preta, coco e mousse de maracujá.
As recheadas possuem os sabores de morango com leite condensado, doce de leite (com recheio de doce de leite cremoso) e brigadeiro (com recheio de brigadeiro cremoso).
As premium são de iogurte com amora, paçoca, torta de limão, trufa de chocolate e romeu e julieta.
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Eu fui com minha amiga e pedi uma de doce de leite e ele de morango com leite condensado.
Em termos de comparação, elas são do tamanho de um Magnum, só que muito mais saborosas. O de doce de leite, parecia que eu estava comendo um doce de leite gelado, recheado com doce de leite cremoso da fazenda. A cada mordida, vinha um pouquinho do recheio cremoso junto e o sabor é inigualável. Queria tomar um todos os dias, se fosse possível. O de morango é feito com a fruta, como o picolé frutado, mas ao morder, sai o leite condensado docinho e cremoso, exatamente como eu costumo comer na salada de frutas.
Achei o preço bem justo. Pagamos 8 reais por cada paleta, um pouco mais do que pagamos por um Magnum, mas com um sabor muito melhor e sem aquela gordura hidrogenada toda, típica dos produtos da Kibon.
Mas os preços variam, as frutadas, por exemplo, são as mais baratas e custam R$6,50.
Sentiu vontade? Então procure uma franquia perto da sua casa e aproveite esse maravilha.

Se você for da Grande Vitória e quiser me indicar um lugar para comer ou comprar comidinhas é só avisar aqui nos comentários que eu vou visitar com todo amor e carinho e se eu aprovar, conto aqui para mais gente poder se deliciar também.

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Livro: Diário da Cozinheira

DIARIO_DA_COZINHEIRACarla Pernambuco
(5/5)
Editora LeYa
2014
224 páginas

Sinopse: Quer você queira ou não, toda viagem é um passeio gastronômico. Você pode evitar todos os museus e se recusar a visitar as atrações turísticas, mas necessariamente vai fazer três refeições por dia fora de casa. Sorte de quem não desperdiça suas viagens entre pizzarias e fast-foods. Porque é na comida que um lugar se revela por inteiro. A chave para entender uma cultura é fazer uma incursão à sua mesa. Em suas viagens, Carla Pernambuco não se limita a experimentar a comida: ela aprende e faz as receitas antes de embarcar de volta para casa. Todos aqueles ingredientes fotogênicos e temperos perfumados que visitamos nos mercados (na esperança de um reencontro mais tarde, no almoço ou no jantar) acabam em sua panela. Se toda viagem é uma viagem gastronômica, então esse “Diário da Cozinheira” é o mais saboroso guia de viagem que você pode encontrar. Prepare-se para dar uma bela volta ao mundo. Boa viagem. E bom apetite!

Opinião: Esse não é um livro de receitas, é um livro completo, com receitas, fotos e histórias por trás dos lugares onde alguns dos quitutes receitados no livros são degustados.
Carla Pernambuco é a dona e Chef do restaurante Carlota, de São Paulo, mas para mim ela sempre será a mãe da Julia.
Conheci a Julia Pernambuco no Flickr, em um grupo de bonequeiros, a gente sempre trocava comentários. Eu sabia que o sobrenome dela era Pernambuco e que a mãe dela a proprietária do Carlota, mas daí ligar o nome à pessoa, demorou um pouco. Mas quando eu comecei a ler e percebi que a Carla Pernambuco era a mesma Carla do Carlota e mãe da Julia eu comecei a gritar com as páginas: “É a mãe da Julia!” Totalmente idiota e meus gatos devem ter rido da minha reação, mas foi exatamente assim que eu iniciei a leitura.

Meu hotel se localizava numa antiga casa de detenção do século XIX, com o prédio do restaurado e adaptado, com todos os confortos e tecnologias. No quarto, um prato de figos frescos dava as boas-vindas. Sentia-me a favorita do sultão.
P. 16-17

O livro tem cara de diário de viagem, só que com o foco na gastronomia. Há um pouco de história dos lugares visitados, contando um pouco como surgiram alguns pratos, ou sobre a cultura do lugar e, claro, relatos pessoais da Carla.
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Outro lugar sensacional é o Instituto de Culinária de Istambul (Istanbul Culinary Institute). O espaço reúne uma escola e um restaurante. Os chefs profissionais (professores) supervisionam a cozinha, comandada pelos estudantes. Combinação perfeita: sabores deliciosos e pratos corretos.
P. 21

Carla “passeia” por Turquia, Inglaterra, Espanha, Normandia, França, Rússia, Holanda, Rio de Janeiro, Argentina, Pelotas, Pernambuco, Porto Alegre, Paraty, Uruguai, Caribe, Peru, Portugal e Nova York.
Não há uma ordem cronológica de fatos, apenas uma narrativa de como eles aconteceram.
O nome dos capítulos, que remetem às cidades citadas também são bem inusitados, Inglaterra, por exemplo é “Chutney de tomates”.

E convenhamos, durante muito tempo a Inglaterra era taxada como um lugar em que “se come mal”. Vamos então celebrar, porque tudo mudou.
P. 30

Nâo testei nenhuma das receitas do livro, mas me pareceram bem fáceis de executar. O Chutney de tomates mesmo, para preparar basta ferver os ingredientes e processar. Simples, fácil e gostoso.
Acho que em breve testarei algumas dessas receitas (e quem sabe não poste aqui as fotos do resultado dessa aventura?).
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Por mais animada e divertida que fosse a nossa turma ali, em alguns momentos batia silêncio, momentos de contemplação.
Lembrei de A Festa de Babette, as pessoas extasiadas pelos sabores.
P. 54

Como estudante de gastronomia e futura gastrônoma eu saí igual uma louca marcando as citações interessantes, mas eu gostei de tantas citações e tantas partes que foi uma tarefa difícil selecionar apenas algumas partes.

Um monte de memórias, coisas agradáveis, outras desagradáveis, que faziam parte desse composto acumulado ao longo de meus animados 50 anos de vida.
P. 60

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O livro é fininho, mas lindo, como todo livro de gastronomia (por que os livros de gastronomia são os mais bonitos?). Cheio de ilustrações e fotos. Um trabalho belíssimo por parte da produção de arte.
Só não há fotos das receitas, senti falta, mas achei que elas não eram essenciais. É um diário de viagens, não apenas um livro de receitas.

O jeito era me virar. Se é uma cozinha, sou a cozinheira-chefe; se é um filme, sou a atriz principal – e vamos à luta, que não serão tolerados erros de nenhum tipo.
P. 71

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A Carla conta as histórias dos lugares por onde passou como se fosse uma conversa em um café (eu ia falar bar, mas eu nunca tive uma conversa divertida dessas em um bar, apenas em cafés). Sabe aquela amiga contando detalhes da última viagem adorável que fez? Me senti assim.

Para mim, toda viagem é trabalho, todo trabalhe é prazer, tudo envolve pesquisa – observar, aprender, fotografar, registrar, provar, analisar e, quem sabe incorporar.
P. 73

Eu acho que minha opinião sobre o livro será um pouco maculada por causa do meu gosto por cozinha, fotografia e viagens, mas o que eu posso fazer se o livro me representou?
Só posso prometer que mesmo se você não for fã de cozinha, nem gostar de livros de receitas, tenho certeza que gostará de ver as fotografias, porque eu não conheço ninguém que não goste de ver fotos interessantes.

A vida dos chefes é bacana, embora exija dedicação intensa: abdicar finais de semana, noitadas, feriados, trabalhar intensamento enquanto os outros se divertem.
P. 156

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Livro: Willow

WILLOWJulia Hoban
(3/5)
LeYa Brasil
2014
223 páginas (ePub)

Sinopse: Sete meses atrás, em uma noite chuvosa de março, os pais de Willow acabaram bebendo muito durante o jantar e pediram a ela que guiasse o carro até em casa. Por uma fatalidade, Willow perdeu o controle do veículo e seus pais morreram no acidente. Consumida pela culpa, Willow deixa para trás sua casa, amigos e escola e, enquanto tenta retomar a relação de afeto e companheirismo com o irmão mais velho, secretamente bloqueia a dor da perda cortando a si mesma. Mas quando Willow encontra Guy, um rapaz tão sensível e complexo quanto ela, mudanças intensas começam a acontecer, virando seu mundo de cabeça para baixo. Contado de modo cativante e doce, Willow é um romance inesquecível sobre a luta de uma jovem para lidar com a tragédia familiar e com o medo de se deixar viver uma linda história de amor e cumplicidade.

Opinião: Acho que em uma palavra eu descreveria o livro como intenso. Foi a primeira vez que eu li um livro em formato ePub. Já tinha lido no celular mas a utilização do aplicativo Bluefire foi a primeira vez. Prefiro livros de papel, mas ler antes de dormir, no iPoly foi bem vantajoso. Não precisava me preocupar com lâmpadas acesas, só apagar do aparelho e fechar os olhos. Bem prático.

O alívio é tão grande que ela sente seus joelhos enfraquecerem. Se Guy não estivesse segurando-a tão forte, ela cairia no chão.
P. 51

O livro conta a história de Willow, uma garota de 17 anos que perdeu ambos os pais em um trágico acidente de carro, mas o pior de tudo é que ela estava dirigindo o automóvel. Então ela se culpa por isso o tempo todo. Não sei o que eu faria na situação dela. Sentir não apenas o luto diariamente, mas também a culpa. E ficar imaginando o tempo todo se ela não tivesse dirigido naquela noite, talvez seus pais estivessem vivos.

Ela se sente de certo modo em um conflito: a forma como Guy tem cuidado dela a confunde. Ela está agradecida, mas…
P. 66

Mas o pior disso tudo é a forma que ela encontrou de aliviar seu sofrimento. Willow se corta. Ela anda sempre com lâminas ou outros objetos cortantes, além de todo aparato para cuidar dos seus ferimentos. A dor provocada pelo sangue saindo de seu corpo a ajuda lidar com os sentimentos confusos que habitam sua mente nos últimos tempos.

Ele mexe com os livros do mesmo modo gentil. Está claro que ele não gosta de destruição de nenhum tipo, de carne ou papel.
P. 68

Com a morte dos pais ela teve que ir morar com seu irmão David em outra cidade e frequentar outra escola. Ela preferiu não manter mais contato com seus antigos amigos porque acha que eles nunca poderiam entender a dor de ser órfã. Em sua nova vida, Willow frequenta uma nova escola, convive com novos alunos e trabalha na Biblioteca para ajudar com as despesas.

Tudo certo, um problema resolvido. Pena ela não poder cabular o resto de sua vida.
P. 128

Willow não se sente mal apenas por ela, mas também por David, ela mudou a vida do irmão por causa de um ato que ela acredita ter sido culpada.
Mas no meio de tantas coisas acontecendo, ela conhece Guy, um garoto sensível e carinhoso que tenta entender o que se passa com ela.

A única coisa que ela tem certeza é como se sente tranquila, melhor do que se sentia há dias ou semanas.
P. 139

Guy passa a ser uma espécie de cúmplice. Ele não conta a ninguém o que Willow faz, guarda segredo sobre todas as coisas que ela faz, mas com a condição dela deixar ele cuidar dela e ligar para ele sempre que ela sentir vontade de se cortar, ou efetivamente praticar o ato.
A aproximação de Guy a princípio deixa Willow confusa, mas com o tempo ela passa a confiar mais nele e percebe o tamanho da ajuda que está recebendo do seu único e verdadeiro amigo nessa nova vida.

Acredito que o mais me assusta agora é o pensamento de eu não seja capaz de protegê-la.
P. 148

Apesar de ser fino e ter poucas páginas, não é um livro tranquilo para se ler em uma tarde e se sentir bem com ele. Willow é um livro intenso que vai mexer com seus sentimentos. É impossível ler e não sentir nenhuma reação.
É um livro pesado e eu acho que o melhor é ler aos poucos, tentando entender o que acontece e se colocando no lugar de Willow.
A narrativa é em terceira pessoa, mas todas as coisas acontecem pela perspectiva de Willow, com pensamentos e ações sendo narradas.
Gostei da história e acho que dentro da proposta o livro tenta captar bem esse sentimento mutilador, mas como eu prefiro histórias mais leves e menos dramáticas não fui muito simpática com a história.
Ficava o tempo todo querendo gritar para as páginas (e demais personagens): “Como vocês podem ser tão idiotas que não percebem o quanto essa menina está sofrendo?!”
E é bem leviano o fim da história, na verdade, parece que a história não acaba porque não há uma conclusão para a ação dos personagens. Mas quem disse que temos alguma coisa conclusiva na vida?
Feitas essas considerações, acho que minhas 3 estrelinhas foram mais que merecidas, ou não?

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