Livro: Tocando as estrelas

TOCANDO_AS_ESTRELASRebecca Serle
(4/5)
Editora Novo Conceito
2015
224 páginas

Quando Paige Townsen era uma aluna comum do ensino médio. Ela sempre sonhou em ser atriz e atuava nas peças da escola e fazia testes desde criança, mas nunca imaginou que sua vida poderia mudar de uma hora para outra por causa disso.
Ela levava a vida tranquila em sua cidade natal, frequentando a escola e trabalhando em um antiquário depois das aulas. Ela compartilha sua vida com seus melhores amigos, Cassandra e Jake.
Foi Cassandra que viu no jornal que estavam fazendo teste de elenco para o filme Locked, sua série de livros preferida, que em breve estaria nos cinemas.
Paige foi selecionada para ser a protagonista desta série. O primeiro filme é gravado no Havaí e ela precisa se mudar para a ilha e deixar sua cidade natal e seus amigos.
No filme ela interpreta a jovem August que acaba se envolvendo em um triângulo amoroso. Paige é nova na carreira cinematográfica, mas de cara vai interpretar com Rainer Devon, um dos atores mais sexies segundo a revista People. No filme, os personagens de Paige (August) e Rainer (Noah) vivem uma paixão proibida e conforme ela vai conhecendo melhor o famoso ator mais o relacionamento deles deixa de ser apenas profissional.
Rainer se mostra prestativo, simpático e um perfeito cavalheiro.
Tudo estava indo bem nos sets (e no relacionamento dela com Rainer) quando Jordan Wilder chega para as gravações. No filme ele interpreta o namorado de August, Ed, e na vida real ele tem problemas pessoais com Rainer. A princípio Jordan parece um bad boy e um cara difícil de lidar, mas são aparências que enganam.

Sinto como se estivesse na fábrica de chocolates de Willy Wonka. Tenho que admitir: é maravilhoso.
P. 105

Em determinado momento do livro o triângulo amoroso que deveria acontecer apenas na ficção (filme) passa também para a “vida real” e Paige precisa se decidir entre Rainer e Jordan.
Tocando as estrelas é um livro bem adolescente. Eu gosto muito de livros assim para me distrair após um livro mais intenso, mas achei essa história adolescente demais para mim. Sabe quando você tem certeza de que aquela classificação etária não é para você? Pois é. Aconteceu comigo. Não que o livro seja ruim, pelo contrário. Ele é muito bem escrito, a autora conta vários detalhes sobre o funcionamento de um set de filmagem, conta a vida de Paige de forma bem natural e com uma narrativa bem suave, mas o conteúdo da história não é voltado para quem já saiu da escola.

O amor nunca pertence a você. Pertence ao universo.
P. 221

É um livro fininho com uma narrativa bem fluida, eu li em uma tarde e acho que vários conseguem o mesmo ou até mesmo em menos tempo. Eu fiquei um pouco perdida com o final (acho que todo mundo que leu ficou), mas o lado bom é que esse livro é o primeiro de uma série, então sem criar pânico é só esperar pela continuação para saber melhor o que irá acontecer com Paige.
A capa é muito mais bonita pessoalmente. Não se destaca muito na estante, mas é uma dessas capas que apenas por ela você já leria o livro. Sabe como é?
O início de cada capítulo tem um detalhe com esse efeito da luz que tem na capa. Simples e delicado, mas bem bonito. Um trabalho muito bem feito da editora.
Todos os capítulos se iniciam na página da direita (e eu adoro muito quando isso acontece).

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Meme: 5 vezes que a vida me fez rockeira

O dia do rock foi oficialmente segunda-feira, mas nada me impede de postar hoje e comemorar a data em outro dia da semana, como hoje, por exemplo.
Além da playlist maravilhosa (aperte o play aí embaixo), vou falar de 5 vezes que a vida me fez rockeira.

1. Quando meu primo ouvia Oasis sem parar

oasis
Teve uma época na minha vida que meus tios moravam na parte de baixo da minha casa e meu primo, adolescente na época, ficava ouvindo Oasis o dia inteiro, principalmente Wonderwall. Enquanto eu ficava no quarto, no andar de cima, ouvindo pop e dançando axé (sdds anos 90) ele ficava no andar de baixo ouvindo Oasis. Acho que decorei a letra de Wonderwall antes mesmo de aprender a cantar Wannabe.

2. Quando a MTV Brasil passava vídeos do Red Hot Chili Peppers

red-hot-chili-pepers
Graças à MTV eu conheci a maior parte do repertório de bandas dos anos 90 e 80 (e início dos 2000). Enquanto eu ficava ligada no canal esperando passar algo sobre Spice Girls, Five ou Britney Spears eu assistia a clipes e via notícias sobre outras bandas e outros estilos. Acabei gostando de The Offspring, Aerosmith, RHCP e Foo Fighters por causa da MTV. De todas as bandas, a única que eu comprei o CD e ouvia até dor os ouvidos era RHCP. Californication (álbum) foi minha paixão rockeira de 1999.

3. Quando fui a festivais de rock com minhas amigas

rock
Minhas amigas tinham uma banda de pop-rock, a RNA, e elas participavam de festivais e iam a shows de outras bandas daqui que tocavam esse mesmo estilo. Eu ia junto e curtia o momento rockeiro \m/

4. Quando eu toquei Guitar Hero

(e viciei em Franz Ferdinand)
Franz Ferdinand in the Guardian studio
Comecei a tocar Guitar Hero na maior inocência e aprendi a tocar Take me Out do Franz Ferdinand. Toquei tanto essa música que aprendi a gostar de Britpop e saí atrás de outras bandas, conheci Travis, Artic Monkeys, Keane e várias outras por causa de um jogo e até passei por uma fase bem underground de usar All Star Converse surrado (uso até hoje porque ele é de estimação), jeans e camiseta, enquanto todo o resto do universo ao meu redor estava de salto e roupas sociais. #polyrebelde

5. Quando eu fui no show do U2 em São Paulo

u2
Consegui a proeza de comprar o ingresso e ir ao show com meu amigo (aliás, ele conseguiu). Além de U2, a atração principal, ainda curtimos o mega show do Muse *_*
Diga-se de passagem foi o melhor momento rockeiro da minha vida.

A vida me fez rockeira em vários outros momentos e eu tive diversas fases de ouvir apenas um estilo de rock ou apenas uma banda, mas selecionei os mais marcantes e que me deixaram fazer ligação com outras bandas (que indiretamente acabaram entrando na trilha sonora do início do post).
E com você? A vida já te fez rockeir@?

Esse post foi um oferecimento Rotaroots, um grupo de blogueiros com propósito mais old school e voltado para conteúdo de qualidade. Conheça o grupo no Facebook.

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Livro: República dos Ladrões

REPUBLICA_DE_LADROESScott Lynch
(5/5)
Editora Arqueiro
2015
540 páginas

Locke Lamora conseguiu escapar da morte em troca de um trabalho. Ele fez um trato com os Magos-Servidores e deve trabalhar para eles até a eleições dos conselhos dos magos, daí à seis semanas. Claro que ele não queria fazer um trato com os arquirrivais dos Nobres Vigaristas, mas entre o acordo e a morte, ele preferiu o primeiro.
Seu trabalho é manipular votos e fazer com que a facção que o está contratando vença. É um trabalho bem sujo e típico dos Nobres Vigaristas, fraudar, mentir, extorquir, simular, então Locke não terá muitas dificuldades para executa-lo.
Além do mais, ele tem carta-livre para agir e muito dinheiro disponível em uma conta bancária.
Tudo parece bem típico e sem muitas dificuldades, mas então ele descobre que na outra facção também tem uma pessoa trabalhando por eles, Sabeta Belacoros, uma mulher que fez parte do passado de Locke e conviveu com ele desde os tempos de Camorr.
Locke sempre manteve uma forte paixão por Sabeta e trabalhar contra ela parece ao mesmo tempo arriscado e tentador demais.
Sem dúvidas, República dos Ladrões é o melhor livro da série Nobres Vigaristas. Queria devorar o livro rapidamente, mas por outro lado fiquei em dúvida se lia mais devagar para saborear melhor os acontecimentos.
A história é dividida e alternada entre o passado e o presente. O tempo todo temos flashbacks mostrando Locke crescendo em Camorr, sua relação com Sabeta, Jean e os irmãos Sanzas. Conhecemos um pouco mais do passado de Locke e entendemos melhor sua relação com Sabeta.
Na história “atual” temos bastante ação e muito do clássico humor ácido de Locke.
De todas as capas essa foi a que eu mais gostei. Achei a mais bonita.
A divisão interna e dos capítulos é muito bem feita. A diagramação é a mesma dos volumes anteriores, simples, mas com mapas e capítulos bem delimitados. Sem erros de revisão.
Minha única reclamação é que algumas páginas vieram amassadas. Creio que na hora da impressão as páginas amarrotaram. Nada que prejudicasse a leitura, mas esteticamente ficou feio.
No mais, nota máxima!

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