Livro: Colin Fischer

COLIN_FISCHERAshley Edward Miller, Zack Stentz
(5/5)
Editora Novo Conceito
2014
176 páginas

Sinopse: Resolvendo o crime. Uma expressão facial por vez. O ano letivo de Colin Fischer acabou de começar. Ele tem cartões de memorização com expressões faciais legendadas, um desconcertante conhecimento sobre genética e cinema clássico e um caderno surrado e cheio de orelhas, que usa para registrar suas experiências com a MUITO INTERESSANTE população local. Quando um revólver dispara na cantina, interrompendo a festinha de aniversário de uma das garotas, Colin é o único que pode investigar o caso. Está em suas mãos provar que não foi Wayne Connelly, justamente aquele que mais o atormenta, que trouxe a arma para a escola. Afinal de contas, a arma estava suja de glacê, e Wayne não estava com os dedos sujos de glacê…

Opinião: Diferentemente fofo! Não é fofo no sentido mulherzinha da palavra, mas fofo no sentido de ser inocente e puro como a infância.
Colin Fischer é um garoto de 14 anos que possui a síndrome de Asperger. A síndrome é uma condição neurológica ligada ao autismo, que faz com que o indivíduo não desenvolva bem suas habilidades sociais. Colin é bastante inteligente, mas não gosta de contato físico, odeia a cor azul, não entende sarcasmo e é extremamente metódico.
Qualquer semelhança com o personagem Sheldon Cooper, de The Big Bang Theory não é mera coincidência, ambos personagens sofrem com os mesmos problemas. Como eu sou fã do seriado, ao ler as cenas de Colin imaginava o que Sheldon faria no lugar e me divertia ao perceber que os resultados seriam bem parecidos.

Se Colin fosse uma zebra, ou um cervo, ou praticamente qualquer outro mamífero, teria feito a coisa sensata e se afastado. No entanto, Colin era um primata. Em vez de agir sabiamente, ele procurou um ângulo de visão melhor.
P. 53

Colin é inocente como uma criança por não perceber o sarcasmo ou não entender a comunicação entre as pessoas, por causa desse problema ele acaba se metendo em algumas situações inusitadas (e algumas engraçadas).
O livro é bem nerd e traz algumas curiosidades inúteis que apenas um nerd gostaria de saber.

Colin deveria ter sido detido e sabia disso. Esse era um risco calculado, aceitável apenas porque sua janela para investigar esse caso já estava se fechando. Tal era a natureza das coisas. O tempo tinha uma maneira de minar tanto as evidências quanto a memória da testemunha ocular. Colin precisava de ambas para provar a inocência de Wayne Connelly.
P. 89

Colin adora investigação e mistério e resolve investigar quando alguém leva uma arma para a escola e dispara um tiro no meio do refeitório. O principal suspeito é Wayne Connelly, um garoto que Colin não gosta e que já aprontou muito com ele, mas Colin tem certeza de que ele é inocente.
Colin começa a investigar e a reunir provas para inocentar seu principal “inimigo” apenas para resolver o mistério, mas ele descobre muito mais do que o culpado.
blockquote>Quando o investigador é um tubarão de duas toneladas e meia, até mesmo uma tentativa suave na exploração pode ser fatal.
P. 136

A leitura é extremamente leve e flui perfeitamente. O livro é dividido em três partes e os capítulos são bem curtos. No início de cada capítulo há uma curiosidade nerd narrada pelo próprio Colin, o restante da narrativa é em terceira pessoa, mas mesmo preferindo livros narrados em primeira pessoa, gostei bastante da forma como a história do Colin foi contada. Dá para ler tranquilamente em uma tarde.
Amei a capa e consegui imaginar o personagem principal exatamente com o cabelo compridinho e o óculos. Achei bem fofas as carinhas da capa e elas estão presentes também no início de cada capítulo, adorei o charme que elas deram ao miolo.

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3 Comentários

  1. Oi Poly!!

    Lembro que ví esse livro em um folhetinho da editora, mas na hora nem dei muita bola. Confesso que pela capa achei que fosse alguma coisa passada na época do Scooby Doo hahahaha

    Adorei a resenha. De vez enquanto a gente precisa de um livro assim, leve e inocente pra relaxar o coração =D