Karen White
(5/5)
Editora Novo Conceito
2013
448 páginas
Sinopse: Cassie Madison fugiu de Walton, Geórgia, para Nova York quando soube que sua irmã, Harriet, e seu amor, Joe, tinham-na traído e iam se casar. Ao chegar em Manhattan, sua ideia era se reinventar, mergulhar de cabeça na carreira e até mesmo perder o sotaque provinciano. Tudo para apagar seu passado marcado pela traição e por uma família que não lhe tratara com o devido cuidado. Mas, numa noite, um único telefonema de sua irmã trouxe de volta tudo que ela pretendia esquecer. Com o pai muito doente, ela foi obrigada a fazer a viagem de volta e, enquanto arrumava as malas, seus maiores medos eram que o pai morresse sem que ela pudesse estar com ele e… encontrar a família feliz que Harriet e Joe tinham construído. Já em Walton, Cassie percebe que enfrentará uma imensa batalha particular, porque, afinal, ela não consegue deixar de amar seus sobrinhos — e nem deixar de se sentir em casa, naquela cidadezinha de sua infância. Enquanto se divide entre o rancor e a esperança, velhas e queridas lembranças e uma mágoa insustentável, o destino arrumaria uma forma de aproximá-la do que realmente importa: o verdadeiro amor.
Opinião: É um livro intenso e apaixonante, desses que não dá para desgrudar os olhos das páginas até chegar ao fim.
A cada livro da Karen White que leio, mais eu gosto da escrita e passo a respeitar a escritora.
Eu não tinha nada em comum com os personagens e faria tudo diferente no lugar deles, mesmo assim consegui me envolver com eles e sentir compaixão.
Ao ler a sinopse estava me preparando para um simples e com uma história comum, mas várias surpresas foram surgindo ao longo das páginas e fui me encantando cada vez mais. Há muita emoção na história, um pouco de risos e uma pitadinha de mistério.
Achei bastante clichê o final e bem esperado, mas mesmo sabendo o destino final de Cassandra/Cassie, a leitura não foi desanimadora, pelo contrário. Já sabia o que aconteceria com ela, mas queria saber o caminho que ela percorreu até chegar nesse entendimento.
Cassie tinha uma verdadeira convicção de que estava mudada e que seu lugar agora era Nova York, mas até onde suas lembranças de infância vão influenciar na sua decisão de continuar em Walton?
– Eu sabia que não devia ter subido até o sótão. É verdade. Esta casa é como areia movediça, quanto mais tento me livrar dela, mas difícil fica para sair.
P. 147
Não avaliaria Cassie como uma pessoa teimosa, ela tem muita personalidade e energia e não sei o limite entre coragem e covardia que a levaram a sair de casa aos 20 anos para viver em uma cidade completamente diferente e não manter mais contato com sua família.
Também não acho que ela foi egoísta. Talvez, Harriet e Joe tenham sido muito mais. Ela ficou sabendo do romance dos dois e do casamento no dia do baile. Não foi fácil para ela, mas parece que ninguém em Walton se preocupou com isso e só sabiam ficar julgando-a por ter ficado 15 anos longe.
Harriet e Joe continuaram na cidade, tiveram cinco filhos e viveram a vida simples, cômoda e interiorana com o apoio de todos. Já Cassie estava em uma cidade grande, longe e sozinha e todos a continuaram julgando mesmo depois que ela voltou para ver o pai doente.
No início da história foi passada a imagem de uma Cassie fria, sem sentimentos, esnobe e egoísta. Mas só depois de conhecermos tudo que a levou a partir e como isso afetou sua vida é que percebemos como ela é de fato.
– Tia Cassie pregou muitas peças nas pessoas quando era mais nova?
– Minha nossa, e como. Não havia um inseto, uma pilha de esterco ou ninho, ou qualquer coisa que ela tivesse medo de tocar e que ela não colocasse onde não devia. E isso é só um começo.
P. 293
Me apaixonei de cara pelo Dr. Sam Parker. Ele é engraçado, divertido, protetor, bonito e está sempre disponível para ajudar. Se ele não usasse roupas de flanela e botas de cowboy seria perfeito.
– Bem, você va sair da cama comer seu mingau, cumprimentar seu vizinho, dar mais amor aos filhos dela e viver sua vida. O Sol é um cara muito teimoso, e ele vai nascer todos os dias só para te desafiar. Mas a vida continua.
P. 336
Prepare um lenço para as últimas páginas, pois são de chorar (MUITO!), mas não desanime, a história é belíssima e, apesar de tudo, as coisas se encaixam no final.
2 Comentários
Do jeito que eu sou vou chorar mesmo quando chegar ao final do livro.
Quero ler esse, vou ver se acho por aqui.
bjOos
Ameiii, adoro livros que fazem chorar. rsrsrs