Livro: O menino da mala

O_MENINO_DA_MALALene Kaaberbøl, Agnete Friis
(5/5)
Editora Arqueiro
2013
252 páginas

Sinopse: “Você adora salvar as pessoas, não é? Bem, aqui está a sua chance.” Mesmo sem entender o que sua amiga Karin quer dizer com isso, Nina atende seu pedido e vai até a estação ferroviária de Copenhague buscar uma mala no guarda-volumes. Dentro, encontra um menino de 3 anos nu e dopado, mas vivo.
Chocada, Nina mal tem tempo de pensar no que fazer, pois um brutamontes furioso aparece atrás do garoto. Será que ela está diante de um caso de tráfico de crianças? Sem saber se deve confiar na polícia, ela foge com o menino e vai à procura de Karin, a única que pode esclarecer aquele absurdo.
Quando descobre que a amiga foi brutalmente assassinada, Nina se dá conta de que sua vida está ameaçada e que o garoto também precisa ser salvo. Mas, para isso, é necessário descobrir quem ele é, de onde veio e por que está sendo caçado.
Neste primeiro livro da série da enfermeira Nina Borg, vendido para 27 países, as autoras Lene Kaaberbøl e Agnete Friis apresentam uma heroína que luta contra seus demônios e busca fazer justiça em meio à crueldade e à indiferença do mundo.

Opinião: Após ler a sinopse esperava ler um livro bem denso e pesado, afinal de contas, encontrar um menino de 3 anos dentro de uma mala não deve ser a coisa mais natural do mundo, mas o modo como a história é contada alivia um pouco o peso da história.

– Uma mala. No guarda-volumes da Estação Central. Não abra até que tenha saído da estação. E, quando abrir, não deixe que ninguém veja. Mas tem que ser já!
P. 29

É um livro de suspense, então é uma leitura tensa e ansiosa do início ao fim, mas o fato da história se passar com uma criança não a deixa mais densa, o que eu gostei bastante. Não sabia direito o que esperar do livro e fiquei um pouco apreensiva com a temática, mas no fim, gostei muito.

Ele mesmo deveria ter feito aquilo, pensava com amargura. Assim era a vida: você faz planos, acha que eles são perfeitos. Mas aí a merda de uma gaivota põe tudo a perder.
P. 45

Gostei da história se passar na Dinamarca, de ter personagens com nomes diferentes (dinamarqueses, lituanos e de outros países menos comuns) e da heroína ser uma mulher miúda, magra e que “se parece um menino”. Foi uma combinação de fatores que não estou acostumada a ler normalmente em livros e eu gostei disso.

Mas o menino da mala era novinho demais até mesmo para a mais inescrupulosa gangue de ladrões. Seria ele refém de algo? Faria parte de algum esquema para fraudar o sistema de seguridade social? Nina sabia que isso já havia acontecido antes, sobretudo na Inglaterra.
P. 173

O mistério do livro só é resolvido nas páginas finais, mas há ainda um capítulo com a enfermeira Nina, que dá um ótimo gancho para a próxima aventura da moça.
Já fiquei ansiosa e curiosa para descobrir em que Nina Borg vai se meter e, se for tão bom quanto O menino da mala, já está na minha lista de indicações.

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