Livro: Os Solteiros

OS_SOLTEIROSMeredith Goldstein
(4/5)
2014
Editora Novo Conceito
256 páginas

Bee está planejando o seu casamento e cuidando dos últimos detalhes para que tudo dê certo no grande dia, mas tem uma coisa que não se encaixa no seu planejamento: os cinco solteiros que confirmaram a presença sem um acompanhante. O problema de Bee é acomodar as cinco pessoas nas mesas de modo a evitar complicações no grande dia de sua vida.
O livro é todo narrado em terceira pessoa e é cheio de diálogos. Os capítulos são divididos entre os solteiros que complicam a vida de Bee. Em cada capítulo conhecemos um pouquinho deles e a trama conta a versão deles sobre o casamento.

“Não importa o que você planeje fazer: os solteiros sempre aprontam alguma”.
P. 7

Hannah é diretora de elenco em Nova York e ainda chora pelo ex, Tom, que a abandonou há dois anos. Ela é uma das damas de honra* de Bee e uma das melhores amigas da noiva. Ela tem uma mania de ficar escalando atores famosos para estrelar um filme sobre a sua vida e a maior parte do tempo brincando disso. Hannah está ansiosa pois Tom estará no casamento com a nova namorada, orientadora vocacional e seu melhor amigo, Rob, não pode comparecer ao evento.
Rob é amigo de Hannah e Bee e apesar de ter confirmado a presença não pode ir pois deixou para reservar o voo na última hora e não encontrou passagem para a cidade. Ele também não queria deixar sua cachorra, Liz, sozinha, então não se esforçou muito para comparecer. Liz sofre de epilepsia canina e Rob dedica toda sua atenção a ela, mas mesmo a distância ele tenta dar força a Hannah neste dia.
Vicki é designer de interiores em uma rede de supermercados e acha o trabalho chato. Ela sofre de depressão sazonal e precisa carregar uma luminária especial por onde anda, mas para evitar chamar atenção com a caixa da luminária, ela a carrega em uma caixa de violão. Atrai menos atenção, mas todo mundo fica perguntando se ela toca o instrumento imaginário. Ela dividia o quarto com Hannah na faculdade e conheceu Bee na mesma época.
Nancy é uma senhora, amiga da mãe do noivo, mas não poderá comparecer ao casamento, então pede para seu filho Phil ir em seu lugar. Phil é o mais deslocado de todos os convidados, pois ele não conhece os noivos e ninguém lhe é familiar.
Joe é tio de Bee e um apesar de ter uma namorada não quer levar a moça a um evento de família. Ele é um quarentão divorciado e leva uma vida mais descontraída que o resto da família. Ele não queria passar uma impressão errada à namorada e também não sabe se está pronto para assumir um compromisso mais sério com ela.

Supersticioso não, mas acreditava em carma e em casualidade. Talvez houvesse um motivo maior por trás de tudo aquilo, ele pensou, esfregando as mãos úmidas na lateral da calça.
P. 87

Além dos cinco solteiros há também a dama de honra principal, Dawn, uma mulher que preparava moças para concursos de Miss. Dawn é quase uma general no quesito organização. Ela sabe como manter as pessoas na linha e evitar problemas para a realização do casamento. Apesar de não ser muito confiável Dawn é a pessoa mais indicada para o posto de dama de honra principal.
Eu já tinha lido resenhas do livro e já sabia mais ou menos o que esperar, mas mesmo assim eu me decepcionei um pouco. Não que o livro seja ruim, pelo contrário. É uma leitura bem leve e rápida. Eu li em apenas algumas horas e é um livro que prende a atenção, mas eu me senti um pouco frustrada com o fim da história.
O livro conta a história de cinco solteiros em uma festa de casamento. Eles interagem, conversam entre si, criam um ligação entre eles e quando a gente acha que a história vai evoluir para alguma coisa ou deixar subentendido que a vida deles vai seguir para um rumo qualquer o livro acaba.
A festa acaba e o livro também. E a história se passa toda no casamento. Há algumas memórias dos personagens para a gente entender mais ou menos a personalidade e o que os fez serem daquele jeito, mas fora isso, a narrativa acontece toda na festa de casamento de Bee.
Sabe quando a gente vai a um evento (show ou festa), faz amigos que se tornam nossos melhores amigos por algumas horas e depois que tudo acaba nunca mais vemos as pessoas? É essa a sensação que o livro nos dá.
Li a história aflita esperando algo mais e então acaba e eu fiquei com cara de “ta, mas e aí?”.
Achei a capa bem parecida com capa de romances de banca, com exceção do título em alto relevo e com o dourado ela não tem nada demais, já o miolo é bem organizado. Não há muitos detalhes, mas ultimamente eu tenho preferido os livros mais organizados e “limpos”, acho que isso facilita a leitura.
É um livro interessante, mas nada extraordinário.

*o livro usa madrinha na descrição da função das moças, mas em diversas traduções de livros e filmes eles usam damas de honra. Maid of honor é um termo em inglês para as damas de honra da noiva. Elas são amigas da noiva e servem para dar apoio emocional à nubente e também ajudam em alguns detalhes do casamento. O papel é um pouco parecido com o das madrinhas que temos no Brasil, mas elas também entram na nave antes da noiva, no lugar do cortejo das crianças (daminhas e pajens). Então qualquer um dos termos (madrinha ou dama de honra) é válido.

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4 Comentários

  1. Também não curti a vibe só pela sinopse, por que criar uma história se quando ela fica interessante acaba tomando um rumo diferente.

    1. Porque a vida é assim… É decepcionante para os leitores pq a gente já passa por isso tantas vezes no dia a dia que queremos fantasia e sonhos na ficção. Mas a vida é frustrante.
      Bjs