Livro: Se você fosse minha

SE_VOCE_FOSSE_MINHBella Andre
(4/5)
Editora Novo Conceito
2013
320 páginas

Sinopse: Zach, o mais arredio dos Sullivan, é mecânico e corredor de pistas de alta velocidade. Suas únicas preocupações são: como gastar seu dinheiro e com que mulher passar a próxima noite… Até que ele recebe a difícil tarefa de cuidar do filhote de yorkshire de seu irmão por duas semanas — um total contratempo para um homem como ele. Mas Zach não tem como negar este favor a Gabe e, muito a contragosto, acaba aceitando cuidar de Ternurinha, a cachorrinha que, para piorar, é um terror e certamente precisa de treinamento. Heather Linsey não acreditava que teria de treinar o fi lhote do arrogante Zach Sullivan. De todos os homens que já conhecera, Zach era o mais atrevido. Palavras como arrogante, esnobe, pretensioso cabiam especialmente bem no mecânico da família Sullivan. Além disso, a beleza e o charme de Zach eram desconcertantes e a atração entre eles, inevitável… Heather estava francamente disposta a negar esse trabalho, mas teve que pensar duas vezes antes de recusar, pois fora indicada por uma grande amiga. De qualquer forma, ela sabia que podia controlar as investidas de Zach Sullivan, caso ele se mostrasse desrespeitoso. O que ela não sabia é que sua rejeição ia despertar os mais profundos e obstinados desejos no mecânico…

Opinião: Antes de mais nada, fica o aviso de que pode conter spoiler dos outros livros da série.
Estava ansiosa para adiantar minha fila de leitura e chegar logo nesse livro porque eu sabia que iria devorá-lo em menos de 24h e minha previsão se manteve.
Adoro a escrita da Bella Andre, apesar da temática ser a mesma e os livros terem a mesma fórmula, ela coloca tudo de uma forma tão singela e gostosa de ler que eu até abstraio que já sei exatamente o que irá acontecer com os personagens.
A história começa com Gabe deixando a pequena Ternurinha, uma filhote de yorkshire terrier de um quilo e meio, que pertence à sua enteada, com Zach por duas semanas, enquanto ele e a família viajam para a Europa.
Zach não gosta nem um pouco da história. Um cachorro atrapalharia em tudo a sua rotina, afinal de contas, ele é um solteiro lindo, sensual, rico e dono de uma rede de oficinas mecânicas, que tem outros compromissos mais interessantes do que cuidar de um cachorro. Só que ele não conseguiu convencer seu irmão à deixar a bola de pelos com outra pessoa e acabou ficando de babá de Ternurinha.
Como todo Sullivan no início dos livros, Zach era um homem que não queria se envolver e ter um relacionamento amoroso. Ele não queria se apaixonar e acabar como os seus irmãos: babando por uma mulher e sendo mandado por ela.

A mãe de ambos ficara empolgadíssima, sabendo que havia bebês e mais casamentos a caminho envolvendo os Sullivans. Zach estava feliz por ela estar feliz. Desde que não alimentasse qualquer esperança de que ele viesse a se apaixonar.
Porque isso nunca iria acontecer.
P. 5

O que Zach não esperava, era que a filhote era hiperativa e apesar do seu tamanho, ela conseguiu fazer uma zona enorme na vida dele.
Por sorte, uma de suas clientes indicou Heather Lindsey, uma treinadora de cães, que apareceu prontamente na oficina quando soube das trapalhadas de Ternurinha.
Zach e Heather não tiveram um início muito bom. Quando ela chegou na oficina, Zach estava gritando e brigando com Ternurinha, que estava escondida no meio dos arbustos e isso a deixou bem nervosa.

– Este filhote é seu?
Ele abaixou os olhos, focando-os na cara meiga da cadela.
– Infelizmente.
Palhaço.
P. 19

Apesar disso, ela não podia negar que ficou balançada com Zach. Ele era incrivelmente sexy e assim que eles se conheceram surgiu uma tensão sexual muito forte.
Heather andava sempre em companhia de seu dogue alemão Atlas e no momento do resgate de Ternurinha ele estava presente. E isso foi o bastante para que os dois se tornassem amigos instantaneamente.
Achei bonitinha essa história da amizade entre os animais, mas não gostei muito quando começaram os treinamentos. Achei que a cachorrinha aprendeu os comando muito rápido. Já tive cachorros e filhotes na idade da Ternurinha não aprendem a se comportar assim tão facilmente.
Tudo bem que o foco do livro não era o treinamento dos cachorros, mas mesmo assim achei que essa parte poderia ter ficado mais caprichada.
Mas é claro que isso de treinamento de cães era apenas um plano de fundo para o relacionamento entre Zach e Heather. Zach começou a cercar a moça de todas as formas e fazia de tudo para conquistá-la, já que sua beleza e riqueza não a impressionavam, por mais incrível que possa parecer.
Além de começar a se envolver com Zach, Heather conheceu todo o clá dos Sullivans e se apaixonou pela família.

Não era de se estranhar que Zach fosse tão autoconfiante. Não era somente por sua aparência, mas também pelo amor incondicional que sentia por sua família. Uma família que realmente entendia o significado do amor.
P. 122

Heather achava o relacionamento familiar dos Sullivans lindo e se emocionava com isso, pois sua realidade era completamente diferente.
Então, depois de treinar a cachorrinha e conhecer a família Sullivan, finalmente Heather desiste de resistir aos encantos de Zach e eles resolvem ser “amigos com benefícios”. Eles fazem um acordo de fazer apenas sexo, sem qualquer tipo de relacionamento amoroso e passam um final de semana (que se estendeu pela semana) de intensa atividade sexual.
O que Heather não esperava, era que Zach além de lindo, rico e gentil, ele também era um ótimo amante.

Não deveria ser uma zona erógena. Ela deveria estar rindo, não gemendo suavemente conforme a língua de Zach deslizava sobre a pele de trás dos seus joelhos.
P. 158

O que eu mais gosto nas histórias é o fato da Bella Andre conseguir encaixar todas as características de um homem perfeito no livro, ou melhor, nos livros. Da primeira vez que li, morri de rir com o fato das características da perfeição serem ridículas. É impossível encontrar um homem desses na vida real, mas Bella Andre foi muito além disso e, não existe apenas um Senhor Perfeito, como vários. Todos os Sullivans são sonhos de consumo de qualquer mulher e aparentemente, os amigos deles também. Só que o mais incrível de tudo é que agora eu não dou mais gargalhadas com tanta perfeição junta, só fico desejando ser uma personagem literária para encontrar um cara desses na próxima esquina.
Além da história completamente previsível, o nível sexual e sensual continuam o mesmo. A história começa em clima de romance, estilo Nicholas Sparks (sempre falo isso, mas é a mais pura verdade), só que com uma pitada de tensão sexual que só vai aumentando conforme avançamos na leitura. Quando não aguentamos mais a tensão, finalmente o casal se rende ao desejo e lemos descrições bem sensuais das cenas de sexo. Não é um sexo vulgar, com a utilização de palavras de baixo calão. Tudo é descrito de uma forma ousada, bastante sensual, mas podemos perceber que há um clima de bastante romance entre o casal.
Claro, que novamente teremos o “momento Nicholas Sparks” quando um se declara para o outro. Tudo sempre acontece de forma intensa e rápida. Acho as situações bem surreais, mas são divertidas de serem lidas.
Devo confessar que odiei a capa. Não gostei do fundo preto com a letra roxa e a imagem misteriosa da mulher. Não combinou em nada com a história. A fonte utilizada para o título também não me agradou em nada.
Uma capa mais clara e uma fonte que combinasse dariam uma visibilidade maior para o livro e atrairia muito mais leitores, principalmente, os que escolhem o livro pela capa.
A imagem do marcador e da caixa do kit estavam muito mais apresentáveis e bonitas de se ver.
No mais, tudo ficou ótimo. A capitulação ficou boa, a numeração das páginas na lateral e não no topo ou no rodapé ficaram bem bacanas e a fonte utilizada no miolo foi agradável de se ler.

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1 comentário

  1. Olá, Poly! Essa é a primeira resenha que irei comentar. Mas antes, parabéns pelo layout do blog. Simples, porém bonito. E ah, adorei o nome dos seus gatinhos, tenho dois. rs
    Ok, mas vamos ao que interessa.
    Eu já li pelo menos duas resenhas sobre esse livro. Uma elogiando e a outra expondo alguns aspectos positivos e outros negativos. Ao ler as resenhas, inclusive a sua, não entendi muito bem a relação da capa com o enredo. A primeira vista, imaginei uma história completamente diferente.
    Acho divertidíssima histórias de “gato e rato”, mas é claro que é preciso um bom enredo. Esse parece ser o tipo de livro que tu só lê para passar a tarde, que não acrescenta muito. Mesmo assim, me parece ser sim uma leitura divertida, apesar de apresentar alguns clichês. Caso tiver a oportunidade, irei lê-lo para assim tirar minhas conclusões.