Livro: Bento

André Vianco
(3/5)
Editora Novo Século
517 páginas
2003
Sinopse: Em uma noite infestada de magia, metade do mundo adormece e a população que ainda está desperta se vê mergulhada em acontecimentos inexplicáveis, como o surgimento de vampiros, o desaparecimento das doenças e mais grandes acontecimentos que acabam fazendo com que as pessoas fujam das grandes cidades e passem a formar fortificações afastadas dos centros abandonados. Durante o dia trabalham para refazer o mundo e entender o que os rodeia, durante a noite lutam para continuarem vivos e manter os vampiros afastados dos novos centros. Quando tudo parece perdido surge a profecia dos 30 guerreiros bentos. Quando eles se unirem, quatro milagres se desencadearão para salvar a humanidade. O livro demonstra também que com essa volta do mundo para os campos, longe da urbanização, o mundo começa a melhorar, acabando com os efeitos do aquecimento global dentre outros problemas ambientais e sociais.

Opinião: o livro começa um pouco confuso, contando a história de soldados indo de uma cidade para outra, intercalando com a história de um homem que acorda sem memória em um hospital bem estranho. Aos poucos a história vai ganhando ritmo e fica interessante.
O Bispo teve uma visão de que ao juntarem os 30 guerreiros bentos aconteceriam quatro milagres que salvariam a humanidade. Quando finalmente o 30º bento desperta, os bentos que estão nas cidades mais próximas se juntam e vão ao encontro dos outros bentos para que a profecia se concretize. Nessa caminhada eles encontram diversos grupos de vampiros e surpresas no caminho.
Eu achei o ritmo meio lento. O livro é muito grande e a narrativa é bem detalhada, mas diferente dos outros livros do André Vianco achei esse cansativo. Parecia que a leitura não fluía.
Só depois da metade é que o livro ganha um ritmo maior, mas então vem o final com coisas muito bizarras. Achei muito “WTF?”. Não tem nada a ver com que eu imaginei e achei que o autor viajou completamente na maionese, mais ainda que no final de Os Sete.
Também não gostei da forma como ele descreveu os vampiros. Nesse livro eu só conseguia imaginá-los como morcegos ou como zumbis. Os vampiros foram narrados como verdadeiros bichos selvagens, completamente burros e sem os “poderes” que estamos acostumados a ver por aí.
Eu não concordo com vampiros que brilham no sol ou que são tão humanos que sentem amor e compaixão, mas compará-los com bichos, literalmente falando, acho demais. Minha ideia de vampiros são seres elegantes, charmosos, traiçoeiros e espertos. Não ficam empoleirados em árvores como macacos esperando para atacar uma cidade.
Também não gostei de outras coisas, mas vou ficando por aqui para não ter spoilers no texto. Quem quiser ler, tire suas próprias conclusões.

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#JogosVorazes

Ontem fui no evento de Jogos Vorazes que aconteceu na livraria Logos do Shopping Vitória. Foi legal, mas me senti meio velha no meio de tantos adolescentes hahaha
Meu grupo foi o pior na parte de responder as perguntas. Erramos a idade que o Peeta conheceu a Katniss, quer dizer, eu e outra menina sabíamos a resposta (5 anos), mas o menino do Arena Velozes respondeu errado ¬¬
Enfim, depois teve sorteios e tals. Eu ganhei uma caneca do Distrito 4 :D
E também trouxe p/ casa marcadores, button e adesivos
Depois dei #aloka, fui no Cinemark e comprei o Squeeze do filme (10 reais).
Agora estou toda equipada para assistir no cinema ^_^

Marcadores (da Rocco e da Arena Vorazes), button e adesivos


Caneca (ganhei) e squeeze (comprei)

E as fotos do evento que eu catei no Fb da Martha



E parece que com o lançamento do filme, The Hunger Games virou o último ótimo negócio. Não sei se estão superestimando a produção ou se será mesmo a nova mania adolescente, mas a promoção do filme está de arrasar!
Tem site com todos os distritos e a Capital de Panem, aplicativos para celular, stickers no GetGlue, Fanpages no Fb e muita coisa legal por aí.
Para ganhar stickers no GetGlue, tem que ir fazendo check-in no filme. Entrando no site The Capital, tem link para todos os distritos e é possível saber qual é o seu distrito no plugin p/ Facebook. Na Fanpage de cada distrito, é possível dar check-in nele e, com isso, vc ganha sticker no GetGlue.
Eu não tenho muito tempo para ficar entrando em tudo e vendo os videos, mas gostei bastante do que passei o olho e estou tentando conseguir o maior número possível de stickers.
Também fiz minha identidade lá no plugin do Fb:

E que a sorte esteja sempre com você!

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Livro: O livreiro de Cabul

Åsne Seierstad
(3/5)
Editora BestBolso (selo Record)
2009
280 páginas
Sinopse: Por ter vivido três meses com uma família afegã, na primavera de 2002, logo após a queda do regime talibã, a jornalista norueguesa Asne Seierstad pôde produzir esta narrativa ímpar que mostra aspectos do país que poucos estrangeiros testemunhariam. Como ocidental, mulher e hóspede de Sultan Khan, um livreiro de Cabul, obteve o privilégio de transitar entre o universo feminino e masculino de uma sociedade islâmica fundamentalista. Preso e torturado durante o regime comunista, Sultan Khan teve sua livraria invadida e parte dos livros queimados, mas alimentava o sonho de ver seu acervo de 10 mil volumes sobre história e literatura afegã transformar-se no núcleo de uma nova Biblioteca Nacional.
Apesar da situação estável, a família do livreiro, dividia uma casa de quatro cômodos em uma cidade que se recuperava da guerra e de trágicos reflexos políticos. Os integrantes da família acostumaram-se à presença da autora sob uma burca. Assim, ela pôde observar relatos das rixas do clã; da exploração sexual das jovens viúvas que esperavam doações de alimentos das organizações de ajuda internacional; da adúltera sufocada com um travesseiro pelos três irmãos sob as ordens da mãe; do exílio no Paquistão da primeira esposa de Sultan Khan, após um segundo casamento com uma moça de 16 anos, do filho adolescente do livreiro obrigado a trabalhar 12 horas por dia sem chance de estudar.
A autora apresenta uma coleção de personagens comoventes que reflete as contradições do Afeganistão, e nos emociona sobretudo ao apresentar a rotina, a pobreza e as limitações impostas às mulheres e aos jovens do país. O protagonista, mesmo sendo um homem de letras, é um tirano na orientação familiar, nos negócios, e pautado pelo radicalismo. Prova disso é que, indignado com o trabalho da autora, o livreiro de Cabul que inspirou o personagem Sultan Khan foi à Noruega com o propósito de pedir reparação judicial.

Opinião: É um livro reportagem que conta a história do Afeganistão logo depois da queda do governo talibã. É um livro muito interessante para quem quer conhecer a cultura e tentar entender um pouco mais esse povo.
Como um livro reportagem ele é excelente! A narrativa é muito bem escrita, com muitos detalhes e, o fato da jornalista, ter realmente vivido com uma família afegã, chegando a usar burca para sair nas ruas, deixou a história ainda mais real.
Comprei o livro porque estava em promoção no Submarino e já tinha ouvido falar bem dele, mas não foi uma das leituras mais prazerosas que eu tive.
É um bom livro, bem escrito, tem coisas interessantes, mas ficou faltando mais envolvimento. E depois de ler tantos livros bons sobre a cultura afegã esse me deixou um pouco entediada.

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