Livro: A Trança

Laetitia Colombani
(5/5)
Intrínseca
208 páginas
2021
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A Trança conta a história de três mulheres incríveis, cada uma em um continente diferente, tentando vencer suas batalhas diárias e com uma enorme sede de liberdade.

Na Índia, está Smita, uma intocável, membro da casta mais inferior do país. Seu sonho é que sua filha escape do seu darma e tenha acesso à educação. Na Itália, Giulia trabalha como ajudante na oficina de cabelos do pai, mas quando ele sofre um acidente, ela precisa assumir o comando e descobre que o negócio está à beira da falência. Já no Canadá, vive Sarah, uma renomada advogada, mãe de três filhos. Quando está prestes a ser promovida no trabalho ela descobre uma terrível doença.

Sem saber, as três estão conectadas, assim como as tramas de uma trança.

Três histórias. Três mulheres fortes. Três destinos que se cruzam inesperadamente. Uma história envolvente e emocionante que fala sobre esperança e solidariedade.

Por dentro, está em frangalhos, mas ninguém sabe disso.

P. 79

Li A Trança como leitura conjunta para o grupo de Leitura Virtual e fiquei apaixonada logo de cara pela edição. É um belíssimo livro capa dura com detalhes em dourado.

Então o prólogo começa com uma poesia relacionada com a história e já te aflora a curiosidade para saber o que vem. E começam os capítulos. São capítulos curtos, que intercalam as histórias das três protagonistas. E isso atiça ainda mais a curiosidade para saber o que vai acontecer e em que momento as três histórias serão interligadas.

O livro vai se desenvolvendo misturando as três histórias e poesias que estão relacionadas. E como uma trança tudo vai se desenvolvendo e criando corpo, até que sem perceber, você termina a leitura.

Que estranho, repara, a vida às vezes junta os momentos mais sombrios com os mais luminosos. Dá e tira ao mesmo tempo.

P. 95

É um livro emocionante e que te toca e te inspira. Além de te fazer refletir sobre como tudo no mundo está conectado de algum modo.

A Trança entrou na lista dos meus livros preferidos do ano e super recomendo a leitura.

O amor é volátil, pondera, às vezes vai embora do mesmo jeito que veio, em um bater de asas.

P. 111

A escrita é toda em terceira pessoa e tem alguns diálogos ao longo da história, são poucos e bem pontuais. Mas eu gostei da forma como foram inseridos. É um livro sem excessos. Tudo se encaixa perfeitamente. A gente termina a leitura com um gostinho de quero mais.

A autora Laetitia Colombani é cineasta, roteirista e atriz e A Trança está sendo adaptado para o cinema. Já estou ansiosa para ver o filme.

Três países distintos, três culturas diferentes, três paisagens arrebatadoras. Tem de tudo para ser um filme magnífico.

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Livro: O Teorema Katherine

(4/5)
John Green
Intrínseca
2013
304 páginas

O Teorema Katherine conta a história de Colin Singleton, um adolescente que está superando seu mais recente pé na bunda. A sua décima nona namorada Katherine acabou de terminar com ele e ele está arrasado. Você não leu errado, Colin teve 19 namoradas chamadas Katherine. K-A-T-H-E-R-H-I-N-E. Nada de Catherine, Cathryn, Katrina, ou qualquer outra variação, todas tinham exatamente o mesmo nome e todos eram escritos da mesma forma. Como ele mesmo diz ao longo do livro, não foi por escolha, ou obsessão pelo nome, simplesmente foi acontecendo dele namorar meninas chamadas Katherines e elas terminarem com ele.

Para superar esse trauma, ele cai na estrada com o seu amigo Hassan e juntos eles começam a viver uma aventura. Eles saem sem destino até decidirem parar em uma pequena cidade onde está enterrado Francisco Ferdinando (aquele cujo assassinato foi o estopim da Primeira Guerra Mundial) e conhecem uma garota chamada Lindsay.

A mãe de Lindsay é dona de uma empresa fabricante de cordinhas de absorventes internos e é a empresa da mãe dela que mantém a cidade viva, pois todos os moradores possuem alguém que trabalha ou já trabalhou lá. A mãe de Lindsay contrata Hassan e Colin para que eles entrevistem os moradores da cidade.

Entre o trabalho e as conversas com Lindsay, Colin começa a desenvolver um Teorema capaz de prever o desfecho de qualquer relacionamento.

Antes de falar sobre o teorema, vale mencionar que Colin foi uma criança prodígio e participou de programa de TV por causa de sua excentricidade, hoje ele é viciado em anagramas e está vivendo uma crise existencial, pois acredita que seu momento de genialidade já passou e ele não fará mais diferença no mundo.

– Só quero fazer alguma coisa que seja importante. Ou ser alguma coisa importante. Eu só quero ser importante.

P. 126

Então, quando tudo estava perdido, ele tem essa ideia de elaborar e comprovar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines. Ele simplesmente pega todos os pontos dos seus relacionamentos com as 19 Katherines e os coloca em linguagem matemática, com gráficos que mostram o momento em que o relacionamento terminará. Se ele conseguir comprovar seu teorema, ele conseguirá descobrir o fim de qualquer relacionamento antes mesmo que as duas pessoas se conheçam.

Foi o primeiro livro que eu li este ano e eu gostei por ser um livro do John Green, mas não é tão bom quanto eu esperava. A história é bem parada, só começa a se desenvolver mesmo depois que os meninos conhecem a Lindsay.

No entanto, nesta parte começam a surgir os gráficos matemáticos, que eu confesso que eu não li nenhum e nem fiz questão de tentar ler/entender. Sou totalmente de humanas, sorry. E os moradores da cidade são bem caipiras, inclusive a Lindsay algumas vezes, e a escrita me incomodava um pouco.

De todos os livros do John Green que eu já, esse foi o que eu menos gostei. E olha que eu já estava desenvolvendo um amor grande pelo autor.

Quem já leu este livro também teve essa impressão de uma leitura mais devagar?

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Livro: Magnus Chase e os deuses de Asgard – A espada do verão

a_espada_do_veraoRick Riordan
(4/5)
Editora Intrínseca
2015
448 páginas

A espada do verãoé o primeiro livro da série de Rick Riordan: Magnus Chase e os Deuses de Asgard , que fala sobre mitologia nórdica. O livro começa contando a história de Magnus, um menino que mora na rua desde a morte de sua mãe, dois anos antes em uma explosão suspeita.
Na rua, Magnus forma uma família estranha com outros dois “moradores”, Blitz e Heart. Mas tudo muda quando aparecem cartazes com sua foto e duas pessoas “estranhas” procurando por ele.
Magnus decide procurar respostas na casa de seu tio Randolph e acaba morto.
Sim, ele morre.
Após morrer ele, é levado por Sam, uma valquíria, para Valhala (o paraíso), onde se torna um einherjar (um herói corajoso que treina esperando o Ragnarök).

– Mitos nada mais são do que histórias sobre verdades que esquecemos.
P. 32

Mas claro que a morte (?) dele não seria tão fácil dele assim. Ele não ficaria de boas em Valhala treinando e esperando pelo Raknarök (dia do Juízo Final). Além de descobrir que todas as lendas vikings são reais, ele fica sabendo que seu pai é um deus nórdico e que o mundo de Asgard está se preparando para entrar em guerra.
E quem será o responsável por impedir o Ragnarök? Ele mesmo, Magnus.
Mas Magnus não se aventurará sozinho nisto, para cumprir a missão, Blitz e Heart, que são mais do que simples moradores de rua, e Sam o ajudarão.

– Sim, mas isso foi escolha dos deuses, não minha. A questão do destino, Magnus, é a seguinte: mesmo que não possamos mudar o cenário, nossas escolhas podem alterar os detalhes. É assim que nos rebelamos contra o destino, como deixamos nossa marca.
P. 123

Eu ganhei este livro ano passado no evento de lançamento da série e eu não me interessei muito por começar logo a leitura. Foi um dos livros que eu fui deixando guardado na estante para ler quando aparecesse um momento mais oportuno. E finalmente ele chegou.
Não esperava absolutamente nada da história e talvez por isso tenha me surpreendido tão positivamente. Após ler Percy Jackson (e amado) e as Crônicas do irmãos Kane (não gostei nada) não sabia o que esperar do tio Rick.
Fiquei muito feliz por ter voltado a ler Rick Riordan com uma série tão boa. Conversei com outros fãs do autor e, entre os meus amigos, é praticamente unanimidade que esta série é a melhor. Pelo menos, pelo primeiro livro chegamos a esta conclusão.
Ri muito e me diverti muito com as confusões criadas por Magnus e seus amigos. Acho que gostei muito mais do Magnus do que do Percy, foi mal, tio Rick, mas é verdade. Mal posso esperar para ler o próximo livro.

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