Série: Mare of Easttown

Mare of Easttown
2021
(4/5)

Em uma pequena cidade chamada Easttown, a detetive Mare Sheehan (Kate Winslet) investiga o recente assassinato de uma mãe adolescente. Mare conhece todos da vizinhança e é uma heroína local, tendo sido a estrela de um jogo de campeonato de basquete do colégio há 25 anos.

No entanto, as coisas na vida da Mare não estão tão bem. Outro caso que ela investiga há mais de um ano ainda não foi solucionado e a comunidade começa a desconfiar de suas habilidades. Além disso, ela passa por sérios problemas pessoais e luta pela guarda do neto.

Alguém me indicou Mare of Easttown assim que eu assinei HBO Max e eu deixei na lista para assistir assim que possível e acho que minhas expectativas estavam bem altas, mas comecei a assistir sem saber nada além de que era uma série policial.

Logo no primeiro episódio eu já pensei: essa série seria melhor se se passasse no Reino Unido. E a sensação continuou. A atuação da Kate Winslet é brilhante e é uma série que te prende do início ao fim, mas não é nenhuma The Fall ou Marcella.

Depois de ficar sem dormir por causa da Gillian Anderson em The Fall e da Anna Friel em Marcella, para uma série policial me envolver vai precisar de muita coisa.

Achei o final tão fraco. Os assassinos e o desfecho dos crimes e tudo tão… anti-clímax. Não é ruim, pelo contrário, é uma ótima minissérie, mas faltou um tempero.

Pedia uma pimenta a mais que não teve.

Algumas mortes e dramas foram desnecessários e achei que algumas outras cenas entregaram o final.

Mas é uma boa série para maratonar em um domingo, são apenas 7 episódios de aproximadamente 50/60 minutos.

Ficha Técnica

  • Roteiro: Brad Ingelsby
  • Direção: Craig Zoebel
  • Produção: Brad Ingelsby, Gavin O’Connor, Gordon Gray, Kate Winslet, Mark Roybal, Paul Lee
  • Classificação: 16 anos
  • Gênero: Drama, policial
  • País: EUA
  • Elenco: Kate Winslet, Angourie Rice, Evan Peters, Julianne Nicholson, Jean Smart
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Série: Eu sei o que vocês fizeram no verão passado

Eu sei o que vocês fizeram no verão passado (I know what you did last summer)
2021
(3/5)

Disponível no Amazon Prime

Um ano após um acidente fatal, um grupo de amigos começa a receber ameaças de um desconhecido e assassinatos começam a acontecer na pequena ilha do Hawaii, onde moram.

A essência da história é basicamente a mesma do filme que fez sucesso em 1997: os amigos entram no carro após a festa, saem dirigindo na estrada à noite, batem em alguma coisa e acham que é um bicho, mas na verdade era uma pessoa. Então eles pegam o corpo e jogam em outro lugar porque não podem ter a ficha criminal suja antes dos 20 anos. Eles vão embora e seguem com suas vidas. Um ano depois, uma das moças recebe um bilhete escrito “eu sei o que vocês fizeram no verão passado” e aí coisas estranhas começam a acontecer e pessoas começam a morrer.

Tanto no filme quanto na série isso não muda.

O que muda: o filme é muito mais sangrento. Tem mortes a cada 5 minutos, a série foca mais nos personagens e na investigação. Quem é o assassino?

Por ser uma série, os personagens deveriam ser melhor explorados, fazer com que a gente sentisse empatia por eles quando morressem, mas a atuação é tão ruim que eu não senti absolutamente nada por nenhum deles. E já começa ruim no início mesmo. Só desce a ladeira. No filme os atores não precisavam ser bons porque quase todo mundo iria morrer mesmo, mas na série sim. Só que depois de assistir a série eu decidi reassistir ao filme e eu quase dei um Oscar pra Jennifer Love Hewitt apenas por fazer o mínimo.

Spoiler! No filme, quem morre atropelado é um completo desconhecido pelos amigos e eles entram em pânico porque atropelaram e mataram uma pessoa. Na série, eles atropelam e matam uma amiga deles, que por coincidência é irmã da que estava dirigindo. E irmã gêmea. E eles apenas: ela morreu! Temos que nos livrar do corpo. NA MAIOR CALMA DO MUNDO! Como assim, meu?! Vocês acabaram de matar uma pessoa! Que reação xoxa é essa?! E se não bastasse isso, a irmã vai e se passa pela outra, como se fosse uma pegadinha na escola. E isso só no primeiro capítulo, a situação só piora nos outros.

Confesso que os três primeiros capítulos não são tão ruins assim, a gente vai relevando a atuação fraca e a história morna, esperando algum plot twist ou alguma coisa que nos prenda de fato. Mas depois a gente entende que é aquilo mesmo, a história não melhora e a atuação fraca consegue incomodar sim.

Meu conselho: ao invés de perder seu tempo com uma série fraca, reassista ao filme, que pelo menos a gente sabe que tem muito sangue rolando.

A melhor parte da série é o trailer mesmo.

Ficha Técnica

  • Direção: Craig Macneill
  • Produção: Sara Goodman, Craig Macneill, Neal H Moritz, Pavun Shetty, James Wan
  • Roteiro: Sara Goodman
  • Elenco: Madison Iseman, Brianne Tju, Ezekiel Goodman, Ashley Moore, Sebastian Amoruso, Fiona Rene, Cassie Beck, Brooke Bloom, Bill Heck
  • Gênero: Terror, Slasher, Drama
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Série: Marcella

(4/5)

Após 11 anos um serial killer volta à atacar na cidade. Pessoas estão sendo encontradas mortas, com uma plástica enrolada na cabeça e os pés e mãos amarrados.

Com os crimes acontecendo sem nenhum suspeito preso, um detetive bate à porta de Marcella Backland (Anna Friel), uma ex-detetive, para que ela dê sua opinião sobre o caso, pois tudo leva a crer que se trata de um criminoso que ela investigou antes de se afastar da carreira.

Marcella então pede para voltar ao trabalho. Ela ficou afastada do trabalho para se dedicar ao casamento e aos filhos, mas decide retomar ao seu posto na polícia de Londres.

Além de ter que lidar com o complicado caso no trabalho, Marcella ainda tem que lidar com vários problemas em casa. Ela descobre uma traição do marido Jason (Nicholas Pinnock), que está saindo de casa. Ela ainda está de luto pela morte prematura de sua filha bebê Juliet e seus outros dois filhos ficam no colégio interno e nem se importam com ela.

Se não bastassem esses problemas, Marcella ainda apresenta diversos episódios de lapsos de memória.

A trama policial da série é muito boa, a cada episódio há uma nova revelação e acabamos desconfiando de todos e mudando de opinião sobre quem comete os crimes a todo momento. Essa parte da história prende muito o telespectador, mas o que mais chama a atenção na série é a protagonista.

Marcella é uma mulher inteligente e muito boa na profissão (de acordo com o ex-marido, na segunda temporada ela é uma melhor detetive que uma mãe), mas está com o psicológico totalmente destruído e parece que nada de bom acontece em sua vida particular. Ela é totalmente humana e cheia de problemas, como qualquer um de nós.

A série tem 2 temporadas e 16 episódios. Está disponível na Netflix Brasil e é uma ótima pedida para assistir em um final de semana.

Quem não gosta de séries com muitas temporadas e cheias de episódios, esta é uma excelente sugestão.

Eu confesso que alguns episódios não me cativaram tanto. Eu tinha acabado de assistir The Fall e qualquer detetive perto da Stella Gibson não tinha meu respeito (desculpa, Marcella), mas continuei assistindo porque a Netflix vai exibindo um episódio atrás do outro mesmo sem eu pedir.

Alguns episódios/cenas eu amava e outros eu assistia arrastado, mas então cheguei ao final da segunda temporada e MEU DEUS DO CÉU! Fiquei impactada por dias.

Vou dar um micro spoiler: Marcella faz hipnose para identificar a causa dos apagões e consegue descobrir qual foi o trauma que a deixou assim. Quando ela descobre o que aconteceu, ela fica muito desgraçada da cabeça e surta totalmente e aí ACABA.

Mano, eu quero a terceira temporada na minha tela imediatamente porque não estou sabendo lidar com isso. Felizmente a série foi renovada pela ITV e os episódios estarão disponíveis este ano, se Deus quiser!

Olhando em retrospecto toda a série, foi merecidíssimo o Emmy que a Anna Friel recebeu. Marcella é uma personagem extremamente complexa e Anna conseguiu mostrar todas as nuances dela.

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