OMG! Gravei um filme!

Não sei se todos sabem, mas sou atriz (ainda sem o DRT, mas estamos aí). Faço teatro desde 2011 e é meu momento preferido da semana. Me divirto, esqueço dos problemas, conheço pessoas legais… e todos os demais benefícios que só o teatro proporciona.

Aí no fim de 2016 surgiu a oportunidade da gente gravar um longa ano passado, meus amigos se inscreveram para participar e eu pensei “por que não?“. Fui uma das atrizes selecionadas para o elenco e no início do ano passado gravamos. Antes, durante e depois do processo de gravação eu até que estava bem tranquila, mas no dia da estreia eu fiquei “OMG! Eu gravei um filme!! Eu vou aparecer na telona!!“.

Vou contar um pouquinho de como foi o nosso processo.
No início de fevereiro de 2017 começamos com reuniões de preparação de elenco. Recebemos nossos personagens, o roteiro e começamos a estudar e construir os personagens. Nas reuniões também foi explicado como seriam as gravações e onde seriam as locações.

Aproximadamente 40 atores participaram do projeto.
O filme, de nome Viajantes, é uma sátira aos programas de reality show, só que ao invés dos participantes entrarem sozinhos no programa eles entravam em grupo (de família ou amigos). Os grupos disputavam entre si um prêmio de 2 milhões de reais.

Minha personagem é a Zefa da Conceição, uma moça humilde, que faxina e cozinha muito bem, tem fé que a vida vai melhorar e ela conseguir comprar seu barraquinho. A Zefa entrou na casa com os amigos (todos bem povão e bem barulhentos) e eles disputaram o prêmio com outros 3 grupos, cada um deles com suas características e peculiaridades. Além dos grupos participantes do programa ainda tinha uma produção bem atrapalhada (com certeza a emissora do programa Viajantes era mais falida que a Caça Talentos da Fada Bela).

Gravamos as cenas nos finais de semana de março e abril, as gravações aconteceram em Vitória e na Praia D’Ulé em Guarapari (divisa com Vila Velha).
Os atores foram divididos em grupos e cada grupo gravava em um dia/horário, com exceção das cenas dentro da casa.
Como eram muitos atores, não tínhamos muitas falas para decorar e foi bem tranquilo de gravar. A gente passava as falas e ensaiava enquanto outros atores estavam gravando e na nossa vez ficava bem mais fácil.
Todos os figurinos eram dos atores e, sem incentivo do governo, tiramos água em pedra pra conseguir produzir tudo. Mas valeu a pena!

Não tinha nada de glamour não, na hora era um ajudando o outro, se esforçando para tudo dar certo, mas a gente se divertia do mesmo jeito (tinha dia que era trabalhoso, mas quem disse que alguém lembra do trabalho? No fim do dia a gente só ficava rindo e relembrando das coisas boas).

Terminadas as gravações, o material foi para a edição e só em novembro ficou pronto e foi exibido. 6 de novembro aconteceu a pré-estreia no Cine Jardins. E a gente lá no tapete vermelho com a família e os amigos, tirando fotos e ansiosos para começar a exibição.

O que eu achei mais interessante no processo é que quando a gente lê o roteiro é uma coisa, quando gravamos é outra coisa e quando assistimo o material pronto é uma terceira coisa totalmente diferente do que a gente imagina quando lê o roteiro.
Ficamos uma semana em cartaz (de 23 a 29/11/2017), mas agora todo mundo pode assistir ao filme no YouTube. Desde o início do ano ele está disponível no canal Oficina de Atores Abel Santana. Só ir , dar play e já deixar seu like.

Trailer:

ASSISTA AO FILME COMPLETO AQUI

PS: Pequeno spoiler, teremos Viajantes 2 também ( e eu gravei a chamada )!!!

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Meus preferidos: o melhor de abril

Parece que abril teve 100 dias porque nunca mais chegava o fim do mês (e ainda faltam alguns dias para maio!)! SOCORRO!
Vamos tentar fazer um apurado do melhor do mês mais longo de 2016 (até agora).
MEUSPREFERIDOS

Músicas


Um apanhado das músicas que eu mais ouvi em abril, com coisas novas e antigas (porque eu gosto de mesclar).

Livros

Resenhei apenas um livro aqui em abril: Todos os nossos ontens. Tenho outras resenhas prontas, mas ainda não foram postadas (sorry, not sorry).

TODOS_OS_NOSSOS_ONTENSTODOS OS NOSSOS ONTENS
O que um governo poderia fazer se pudesse viajar no tempo?
Quem ele poderia destruir antes mesmo que houvesse alguém que se rebelasse?
Quais alianças poderiam ser quebradas antes mesmo de acontecerem?
Em um futuro não tão distante, a vida como a conhecemos se foi, juntamente com nossa liberdade. Bombas estão sendo lançadas por agências administradas pelo governo para que a nação perceba quão fraca é. As pessoas não podem viajar, não podem nem mesmo atravessar a rua sem serem questionadas. O que causou isso? Algo que nunca deveria ter sido tratado com irresponsabilidade: o tempo. O tempo não é linear, nem algo que continua a funcionar. Ele tem leis, e se você quebrá-las, ele apagará você; o tempo em que estava continuará a seguir em frente, como se você nunca tivesse existido e tudo vai acontecer de novo, a menos que você interfira e tente mudá-lo…

Séries

Este é o momento jabá do dia. Não assisti a muita coisa na TV ou computador, mas fiz maratoninha da web série produzida pelo pessoal da Oficina de Teatro Abel Santana. Não estou no elenco, mas meus amigos estão, então prestigiem :D
DR

Prometo que é bem divertida.

PS: em maio eu comento sobre a volta das minhas duas séries preferidas do momento.

Fotos

melhores-abril
1. Cookie; 2. Pipoca; 3. Primeiro mamão do mamoeiro; 4. Pink Limonade; 5. Algum café gelado do Califórnia Coffee (Caramel Ice Blend ou Califórnia Maltine); 6. Cappuccino nosso de cada sábado na Bee Doces; 7. Pipoca; 8. Coleção de adesivos do Get Glue; 9. Estojo da Riachuelo e agenda de finanças.

Posts

Meus posts preferidos do mês foram dois textos que escrevi. Um é fictício e o outro é uma reflexão.

O cara misterioso
O que é liberdade?
Cara Misterioso

E como foi o mês de vocês? Mais animado que o meu? (como deu para perceber eu não fiz nada além de viver haha)

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NinguemMerece.Com.Br

Quem acompanha meu blog há um tempo percebeu que eu fiz uma pequena alteração ali na descrição do meu perfil. Além de colocar tudo em português (era em inglês) eu também acrescentei que sou atriz. E que diabos é isso?!
Bem, no inicio do ano eu comecei a fazer teatro como terapia pra fobia e essas coisas e agora no fim do ano foi o encerramento do curso anual com a apresentação de uma peça.
A peça desse ano se chamava www.ninguemmerece.com.br. Era composta de vários esquetes com situações diárias que “ninguém merece”, como pai ciumento, mulher manhosa, estagiários folgados, gente que se acha, entre outras.
As apresentações aconteceram de 15 a 18 de dezembro no Teatro do Sesi.
Minha turma se apresentou no dia 16 de dezembro com duas sessões às 18h30 e às 21h. Eu participei de duas cenas: em uma eu era uma enfermeira e na outra era coordenadora dos estagiários em uma empresa.
Cheguei no teatro as 13h para arrumar o camarim e fazer o último ensaio geral e só saí de lá meia-noite. Foi tudo certo nos ensaios e bastidores, tirando a pestinha que ficou no nosso camarim pertubando.
*off* uma menina de 6 anos, da outra turma, ficou no nosso camarim porque uma das meninas da minha turma prometeu que cuidava dela, mas a criança era uma peste. Batia, xingava, fazia pirraça e ninguém da turma dela a queria. ¬¬ */off*
Eu estava super calma antes, nem sofri de antecipação, como sempre acontecia quando eu tinha que falar em público, e só fiquei um pouco nervosa na hora que cheguei no teatro e fomos ensaiar.
Mas aí antes de me arrumar, tomei um comprimido de passiflora e deixei a coisa rolar. E me saí muito bem :D
Minha primeira era a seguinte:
Um casal estava brigando no palco, eu entrava de repente e brigava com eles: “Vamos parar com essa palhaçada!?”
Aí um começava a jogar a culpa no outro e eu continuava: “Vocês precisam entender que isso aqui é um hospital psiquiátrico e devemos manter a calma. Agora vazem já daqui que temos mais o que fazer!”.
Então entra a médica e manda eu chamar o próximo paciente: “SEU JORGEEE!! ENTRA LOGO Ô PALERMA! NÃO TENHO O DIA TODO!”
Nessa hora a médica me corrige: “Enfermeira, verdades ditas dessa forma não são boas para o tratamento de nossos pacientes. Veja como se faz: VEM AQUI, Ô ANIMAL!”
E o paciente conversa com a gente e saímos de cena para a continuação do esquete.


Dá pra acreditar que eu saí do palco sem tremer, nem nada?
A sensação foi muito boa! Ainda mais quando o público riu! Sempre achei que seria péssimo, que eu odiaria atuar e tudo mais, mas é uma delícia!
E os refletores batem na cara da gente, então eu nem tentei visualizar ninguém, ia ser difícil mesmo.
Aí eu fui pro camarim, troquei de figurino e fiquei esperando minha segunda cena, que era um pouco maior (e não poderei reproduzir o texto aqui por causa do tamanho).
Nessa segunda cena, eu era a coordenadora de um grupo de estagiários e eles andaram aprontando todas na empresa e estavam indo embora e eles perdendo o emprego eu e a “Betty a Feia” também seríamos mandadas embora.
Os estagiários não levavam nada a sério. Fingiam trabalhar para não terem que fazer nada, usavam o telefone, a internet e a impressora da empresa para assuntos pessoais, beberam e aprontaram todas na festa de fim de ano da empresa e o planejamento para o futuro era: formar, tirar 5 anos de férias e voltar trabalhando como gerente (que só finge que trabalha, mas com um salário melhor e numa cadeira melhor).
No fim da cena, a “Betty a Feia” e eu nos estressamos com eles e vamos embora.
Só no final dessa cena que eu saí nervosa do palco, mas acho que foi por causa da escuridão nos bastidores e eu fiquei com medo de esbarrar em alguma coisa ou cair no chão de salto >_< Mas foi tudo bom :D Não aconteceu nenhum imprevisto, nem nada. O engraçado é que cenas que nos ensaios a gente não gostava, nem achava graça, o pessoal se acabava de rir e as que a gente gostava, o público nem achava engraçado. Acho isso tão interessante ^_^ A segunda sessão começou com um pouquinho de atraso, aí só saí do teatro mesmo umas 23h40. Mas foi tudo certo também. Me diverti muito fazendo a peça e agora que passou, já estou com vontade de começar logo as aulas ano que vem pra ensaiar novamente e apresentar uma nova peça *_* Só não descobri meu dom porque eu acho que eu atuo muito mal e também não tenho a menor pretensão de me tornar atriz, mas me divirto nas aulas, nos ensaios e no palco e é isso que importa.

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