1998

Esqueci de falar anteriormente, mas o sorteio da rifa foi dia 12/11 e quem ganhou foi Manuela da minha sala. Ela não tá participando da formatura e comprou rifa de alguém e ganhou :D (sortuda!)

Meu grande sonho interno era ter amigos, conversar com todos meus colegas de sala, ter uma relação legal com os prof. e não ser só a menina nerd que só tira nota alta e não dá cola e é anti-social. Em 1998 eu consegui isso. Eu não era a pessoa mais popular da escola, mas de certa forma, todos sabiam quem eu e meu grupo de amigas éramos. Tudo começou na primeira semana de aula, quando a prof. de português pediu p/ que a sala se reunisse em grupos ou individualmente p/ no fim do bimestre apresentar algo no formato de show de talentos. As meninas me chamaram p/ fazer parte de um grupo cover das Spice Girls. Eu aceitei na hora, mesmo minha primeira opção ser escrever uma poesia. E estava feita a tragédia. Em primeiro lugar, eu amava as Spice Girls e amava dançar, logo, todos os recreios eu e as meninas passávamos dançando Spice e nos fins de semana elas vinham p/ minha casa p/ gente ensaiar os passos p/ grande apresentação na escola. Nem lembro mais como foi a tal apresentação, mas tinha a maior rivalidade na escola entre a 5ª (minha sala) e a 6ª série, pq cada uma tinha um grupo cover de Spice e no intervalo os grupos ficavam dançando “disputando” entre si. Era o máximo! A Spice mania tomou conta de toda escola.
A prof. de inglês adorava e apoiava total (até nos ajudou a maquiar no dia da apresentação) e até a de português que disse logo de cara que não gostava muito, era pega cantarolando Spice e dançando Wannabe pelos corredores.
E tudo girava em torno das Spice Girls (e BSB e Hanson tbm) por lá, eu tive a brilhante idéia de escrever uma carta quilométrica p/ Spice e todo mundo da sala entrou na brincadeira, então no meio da aula a gente ficava escrevendo: “I love you” e desenhando em folhas de caderno de desenho, que no fim do dia eram cortadas e em casa eu colava uma a uma juntando os metros de papel. No fim do ano a carta tinha mais de 100m, fora 2 cadernos de 200 páginas escrito: “I love you”.
Por mais que o mundo girasse em torno de Spice e cover de Spice, não era só isso não, de música, tudo que tocava na Jovem Pan de pop era bom, p/ mim o fim da década de 90 foram os melhores anos do pop. Além dos clássicos boys e girls bands, os solos e demais bandas pop eram excelentes. Sem contar nos videosclipes que eram bem produzidos e tinham toda aquela história. Hoje os videos têm ótima imagem e fotografia, mas a maioria basta rebolar p/ camera e fazer um playback tosco, que está pronto um video. Mini historinhas em videos, aquelas coisas de inicio meio e fim, com todo nexo e coerência praticamente não existem, infelizmente.
Não posso deixar de contar que esse também foi o ano do auge dos jogos da verdade, caderno de pergunta e jogos de volei vascaíno contra demais torcedores reunidos.
Teve a tosca copa do mundo também (que eu nao assisti aos jogos p/ dançar Spice), a Leo Dicapriomania por causa do filme Titanic, a Chiquititas mania (9 em cada 10 meninas assistia a novela só p/ ver o clipe no fim e aprender a dançar) e tantas outras coisas boas que eu poderia ficar horas escrevendo sobre isso.
Mas qual o real significado disso? Bem, só sei que depois de ter tido um ano tão inesquecível, eu esperei dos outros no mínimo algo semelhante e nunca mais vivi um 1998 e isso me frustava e me deixava num tom melancólico e esperançoso todo 31 de dezembro, que eu só queria que o ano seguinte fosse um pouco perto de 1998. O bizarro nisso é que não é só com os anos que isso me acontece. Em cada parte da minha vida eu tenho um “foi o melhor de todo sempre”, que eu carinhosamente chamo de 98, mesmo que não tenha nada a vê com calendários. Já fui bolada com essas coisas, agora nao ligo mais, valeu, foi bom e adeus.

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Fanatismo

Vira e mexe me deparo com fã malucos neuróticos e fanáticos e me estresso com as baboseiras que eles falam, então resolvi fazer um post sobre isso para, digamos assim, desabafar sobre o caso.
Ser fã (não importa se é de cantor, ator, modelo, esportista) – ou torcedor – é ser aquela pessoa que apóia o seu ídolo em qualquer situação e apoiar não significa amar tudo e qualquer coisa que o ídolo faz. Apoiar é meter a mão no bolso e comprar CD’s e DVD’s originais, comprar ingressos p/ apresentações, enviar cartas (ou e-mails) de incentivo e mandar à merda qualquer um não fã que critique seu ídolo.
Em outras palavras, não tem absolutamente nada a ver em gostar (ou falar que gostou) de tudo que o infeliz famoso fez e ainda criticar os outros fãs que não gostaram (“se você não gostou disso é porque não é fã” ). Eu acho que a única crítica verdadeira que um famoso tem é a que vem de um fã verdadeiro e sensato, não aquelas baboseiras escritas em jornais e revistas, vindos de um jornalista que gosta de um estilo completamente oposto ao trabalho daquele artista e que em 99% das vezes vai meter o pau simplesmente por diversão. Agora o fã sensato não, ele acompanha a carreira do famoso, sabe todos os fortes dele e quando faz um trabalho que não ficou aos pés dos trabalhos anteriores, sabe exatamente onde está o defeito e em que o artista deve ser criticado.
Completamente diferente do fã fanático burro e sem noção que só sabe falar: “lindo! amei!” Pra mim, quem faz isso é gente cega e que quer tirar onda que é “fã número um”. Por quê? Simplesmente não existe isso de gostar 100% de tudo que uma pessoa faz. É fato! Qual a pessoa mais perfeita na face da terra? A mãe de cada um, é óbvio (tente xingar a mãe de alguém p/ você ver no que dá)! Mas agora, a gente não está a todo momento vendo os defeitos das nossas mães e mesmo que não falemos abertamente sobre isso, pensamos nisso. Se encontramos defeitos na mãe, o ídolo não é nem um pouco melhor que a pessoa que nos atura desde sempre (mesmo que muita gente pense em vender a mãe p/ ver determinado artista) e é claro que tem sempre algo, algum trabalho, algum corte de cabelo, alguma cagada na vida que algum fã idiota não gosta e só não fala p/ tirar onda.
E isso esquenta a cabeça de qualquer um, dos fãs sensatos, do artista (que sabe que fez merda, pois leu críticas negativas sobre aquilo, o empresário já disse que não gostou e os mais próximos a ele já deram um toque que aquilo não foi legal) e até de quem não gosta nem um pouco do artista. Tenho quase certeza que todo mundo algum dia na vida conheceu um fã chato e cego desse tipo que eu falei e ficou com nojo do artista por causa desse fã idiota.
E sabe o que é pior?! Ter que aguentar esses malucos que se dizem “fãs nº1″e depois descobrir que esse ser não tem nenhum CD ou DVD (ou camisa de time)original. Dá vontade de dar um “pedala Robinho” no infeliz que se diz fã.
P/ esses e outros tipos de pessoas que eu gostaria que vendesse “Semancol” nas farmácias, quem sabe com isso, esses ‘seres viventes’ não aprendiam a ser um pouco mais sensatos.
Sobre isso, ultimamente estou me irritando com os fãs da Hilary Duff. Em primeiro lugar, porque eles têm em média 15 anos e em segundo, porque não aceitam opiniões contrárias e a maioria se enquadra nesse perfil de fã fanático cego.
Sobre a idade, é porque o último clipe da Hilary (Reach Out) tem uma dose extra de ‘sensualidade’ (ela chupa o dedo de um cara no clipe) e o argumento dos indivíduos sobre isso é que ela cresceu. Em primeiro lugar, não é preciso fazer sexo p/ falar que se cresceu. Em segundo, p/ um cantor amadurecer ele não precisa fazer um clipe sensual, que cante algo sério, estude música, faça qualquer coisa que tenha qualidade musical. Eu gosto da Hilary, mas se ela quer amadurecer que vá estudar música, não tirar a roupa. A Dido, que sempre foi boa, foi estudar orquestra, porque os outros não podem?!
Ainda sobre isso, me assusta saber que jovens de 15 (ou menos) anos acham promiscuidade normal, não quero nem saber o que eles fazem na escola. Ainda mais porque até onde eu sei, informação sexual tem aos montes, mas os adolescentes não sabem praticamente nada sobre sexo.
A respeito deles serem idiotas e fanáticos, nem vou falar de novo, mas serve p/ eles a carapuça do post.

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