Alguns acreditam nisso, outros não, mas isso não interfere no fato de que o dia em que ficamos mais velhos se aproxima. Se de fato existe, digamos que eu fui recepcionada pelo capeta no último exato 30° dia antes do meu aniversário e não foi anda divertido.
Bom, eu já disse que eu tenho uma tia que mora aqui com a gente, e já mencionei isso milhões de vezes no twitter. O fato é que eu não aguento mais as coisas que ela faz, não aguento mais ela querendo mandar na minha mãe, não aguento mais ela batendo no meu cachorro e não aguento mais ela na minha casa. Como ela me irrita profundamente eu tenho uma tática: eu não fico no mesmo cômodo que ela.
Isso seria ótimo, se ela não entrasse no cômodo em que eu estou. Pois bem, no início da semana, estava todo mundo almoçando e meu cachorro começou a latir com ela (pq todo dia na hora das refeições meu cachorro chama todo mundo p/ se sentar a mesa e comer e ela NUNCA come junto com ngm. Aí ele fica latindo e ela fica andando de um lado p/ outro só p/ pertubar a refeição dos outros), eu não aguentei e subi p/ sala p/ não discutir com ela. Então, 2 minutos depois que eu subi, ela veio me pertubar na sala, me dar um papel da minha mãe p/ eu guardar, sendo que o papel já estava guardado e ficou me enchendo o saco pq eu estava segurando o papel nas mãos. Eu não consigo ficar perto, eu sinto mal, ela tem uma energia muito ruim que me faz mal então eu mandei ela sair da sala e chamei minha mãe. Já chorando nessa hora. O pior é que tinham mais 2 tias minhas em casa e ficaram defendendo ela, dizendo que o cachorro não podia mandar em ngm. Hã? Eu perdi algo? A velha implica e a culpa é do cachorro?! Se ela não quer comer e não tem nada p/ fazer lá, então não apareça na cozinha na hora do almoço. Simples assim! Mas não adianta, o lema dela: “se vc não pode ajudar, atrapalhe, afinal, o importante é participar.”
Enfim, eu fui ver One Tree Hill e a velha foi pertubar outro e passou.
Até o dia seguinte quando eu e minha mãe estávamos preocupadas com 2 mendigos que estão dormindo no portão e fomos avisá-la do perigo que era ficar entrando e saindo de casa a cada 5 minutos e ficar perambulando pelo quintal à noite no escuro. E a resposta da velha? “Estou trabalhando”. Trabalhando o cacete! Minha mãe que faz todo o trabalho pesado da casa, a única coisa que ela faz é colocar panos de prato de molho no sabão e ficar observando de 5 em 5 minutos se eles já estão limpos. Tentamos ser gentis, tentamos falar do perigo de que se for algum malandro pode simplesmente fazer ela abrir a casa e ferrar com a vida de todo mundo, mas ela não entende. É burra como uma porta e teimosa como uma mula. Empaca e pronto. E a gente perde a paciência. Claro! Paciência tem limite, o meu é curto, quando me respondem com deboxe o limite cai pela metade e aí eu tento me segurar, eu juro que tento. Com pessoas normais, civilizadas e que não querem brigar, eu simplesmente viro as costas e saio, mas com ela não dá. Ela provoca de um jeito deboxado e fica feliz quando vê as pessoas irritadas por isso, que dá mais raiva ainda e vontade de dar uns tapas na cara, uns socos, uns chutes ou qualquer coisa que tire aquele risinho deboxado da cara dela. Claro que eu não iria fazer isso, existe a merda do Estatuto do Idoso e não valeria a pena sujar as mãos por ela. Mas aí ela disse que a minha casa não era minha. É de quem? Dela? Isso sim me tirou do sério, me desrespeitando dentro da minha própria casa… Não dava p/ deixar baixo mesmo! Comecei a gritar coisas feias p/ ela e peguei uma garrafa com água e joguei tudo na cara dela. O risinho se apagou na hora e ela saiu tanto do sério quanto eu.
O foda é a situação que eu coloquei minha mãe. Eu falei (na hora eu estava mais gritando, que falando) com ela o quanto eu odeio o capeta em forma de velha e que quero ela fora de casa… Ou a velha, ou eu. Minha mãe tem alma de Madre Tereza, quer fazer o bem p/ outros. Foda-se. Eu tenho mais pena da minha alma do que da dos outros. Eu não tenho liberdade na minha própria casa, eu não tenho paz na minha própria casa, então que a velha saia, que vá p/ um asilo, que vá morar embaixo de uma ponte, que morra de gripe num hospital público e eu não ligo. Eu só quero que meu inferno astral acabe e que o capeta em forma de velha vá embora junto com ele.