Mailbox #25

Depois de taaaanto tempo sem postar a Mailbox, aqui está ela. Vou confessar que eu fiquei com preguiça de editar as fotos e por isso fiquei enrolando para fazer o post.
Recebi há um tempinho duas caixas de livros da Novo Conceito (uma em uma semana e outra uns 15 dias depois… rs).
Já li vários deles e algumas resenhas já foram publicadas, mas finalmente saiu o post com os bonitinhos aqui:
odom
odom2
escandalo
seiscoisas
esconda-se
rose
livros
livros2
queroserseu
anjosamesa
opresente
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Livro: As duas faces do destino

AS_DUAS_FACES_DO_DESTINOLandulfo Almeida
(5/5)
Editora Novo Século
2012
486 páginas

Sinopse: Bruno havia desistido de encontrar um sentido para sua vida quando é recrutado por uma extraordinária mulher, dona de habilidades incomuns, para lutar contra um poderoso inimigo. Kerligan Amnael possui o conhecimento, o dinheiro, a inteligência e a vontade para causar enormes prejuízos à humanidade. Apesar das dúvidas, Bruno resolve seguir seu coração e seus instintos e abraçar o destino ofertado por Adrianna. Exilado de sua antiga vida ele é preparado para uma batalha a ser travada no mundo dos negócios bilionários, das descobertas científicas e médicas de última geração e da espionagem industrial. Incapaz de lidar sozinho com as incertezas da história de Adrianna, que alega pertencer a outro universo, Bruno busca em seus melhores amigos do passado a força necessária. Entre sabotagens e assassinatos, amizades serão testadas, paixões nascerão e um inesperado desafio tornará a cruzada de Bruno ainda mais solitária. Pistas sobre os reais planos de Kerligan e MJ, seu braço direito, revelam uma verdade surpreendente e avassaladora. Próximo ao fim, a coragem e uma descomunal força de vontade serão as principais armas do casal de protagonistas para tentar salvar o futuro do planeta.

Opinião: Confesso que me surpreendi muito quando comecei a leitura do livro. Mesmo lendo a sinopse, eu não espera nada do tipo.
Bruno é um homem de quase 40 anos, trader individual da Bolsa de Valores, morador de Salvador que desde a morte do pai no período natalino odeia o Natal. Nesse período do ano ele costuma se afastar dos amigos e da mãe e prefere ficar mais recluso. Na véspera de Natal ele resolve sair para correr e encontra uma linda morena de olhos azuis no seu percurso.
Ao cruzar com ela pela segunda vez no percurso, ele desmaia e é socorrido por ela. Quando ele recupera os sentidos agradece à moça pela ajuda e combinam de sair para jantar.
A moça se chama Adrianna (com dois enes) e o que ela tem de bonita, tem de misteriosa. Após alguns encontros ela revela a Bruno que veio de outro planeta, Aqua, que faz parte de um universo paralelo ao nosso. Além disso, ela também conta que implantou nele um soro que dá a Bruno incríveis habilidades físicas e psíquicas.

Bruno sentia como se a magia houvesse invadido sua vida. Tudo parecia perfeito, mais bonito, mais brilhante, como se sofresse o efeito de algum tipo de encantamento.
P. 197

Adrianna saiu de seu planeta porque Aqua passa por um período muito difícil. O planeta é bem parecido com a Terra, só que a maior parte dele é coberta de água, apenas uma pequena parte é habitável e, com o aumento populacional, os habitantes precisam de um outro lugar para morar.
Devido ao elevado grau de tecnologia, os cientistas do planeta saíram em busca de outro planeta habitável e encontraram a Terra.
A princípio eles pensaram em trocar tecnologia por um lugar para seus habitantes morarem, mas logo mudaram de ideia porque não queria trazer maiores problemas aos terráqueos. Menos Kerligan Amnael, um homem ambicioso que achava que a situação em Aqua estava tão crítica que valia a pena o risco.
Houve uma invasão ao laboratório onde Adrianna estava trabalhando e Kerligan, juntamente com seu amigo MJ, vieram à Terra com o propósito de dominar nosso planeta. Adrianna veio para tentar impedi-lo e encontrou em Bruno um possível aliado, devido a suas características fisiológicas.
Apesar de relutante a princípio, Bruno aceitou ajudar Adrianna a salvar a Terra. Então eles começaram um treinamento de um ano. Bruno começou a exercitar seu corpo e sua mente para que o soro injetado fizesse efeito. Além do treinamento, eles também começaram a investir pesadamente na Bolsa para arrecadar dinheiro e ter meios de competir com Kerligan e o impedir de seguir com seus planos.

Os pessimistas, pelo menos até então, perderam a aposta…
P. 132

Quando já estava bilionário, Bruno pede a seus amigos que façam parte do projeto, pois além de se sentir sozinho, ele precisava de pessoas de confiança para competir de frente com Kerligan.

A uma da manhã, naquela mesma noite, o eclético grupo recebia, a intervalos de aproximadamente cinco minutos, uma ligação bastante estranha, não apenas pelo horário, mas principalmente pelo teor. Todos dormiram pensativos.
P. 137

Adorei o livro e o modo como a história nos envolve. Há romance, muito suspense e uma pitada ideal de ficção científica. Até eu que não entendo nada de física ou de investimentos consegui ter uma leitura fluente. Só não gostei muito das partes envolvendo as reuniões de negócio. Achei as explicações muito longas, apesar de serem importantes para embasar a história.
Claro que algumas coisas são um pouco clichês. Achei bem típico de final de novela, mas mesmo assim eu gostei (amo alguns clichês).

– A melhor defesa é o ataque – Bruno interrompeu Adrianna. – Chegou a hora de deixar o excesso de cautela de lado. Precisamos de todo o dinheiro que pudermos. Não quero perder mais nenhum negócio para Kerligan. Está na hora de você tirar o pé do freio.
P. 277

Gostei bastante da capa e da diagramação de um modo geral. O livro é dividido em partes e em capítulos. Nesse sentido, a única coisa que eu não gostei foi que os capítulos novos começam logo após o anterior e por questões estéticas eu prefiro quando os capítulos se iniciam em uma nova página, de preferência na página direita. Mas fora isso, não tenho nenhuma reclamação.

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Livro: Esconda-se

ESCONDASELisa Gardner
(5/5)
Editora Novo Conceito
2013
399 páginas

Sinopse: Uma mulher que foi obrigada a fugir — desde criança— de uma possível ameaça. Uma ameaça que seu pai via em todo lugar, mas que a polícia nunca considerou. Um antigo e desativado sanatório para doentes mentais que pode ter muito mais a esconder entre suas paredes do que homens e mulheres entorpecidos por remédios. Uma história de rancor entre membros de uma mesma família que nunca conseguiram superar os episódios de violência doméstica que presenciaram. Um pingente que foi parar em mãos erradas — e a cena de um crime brutal: seis meninas mortas e mumificadas há mais de trinta anos. Agora, cabe à famosa detetive D.D. Warren descobrir quem foi o serial killer que cometeu esta atrocidade e que motivação infame deformou sua mente. Acompanhe D.D. Warren na solução de mais este complexo caso e encontre o inimaginável que está por trás de pessoas aparentemente comuns!

Opinião: Estava ansiosa para começar a leitura desse livro porque eu sabia que seria bom e ele atingiu todas as minha expectativas. Lisa Gardner com essa obra se consagrou como minha escritora preferida do estilo policial, então podem pegar qualquer livro dela e ler sem medo de ser feliz.

Meu pai me explicou pela primeira vez quando eu tinha sete anos de idade: o mundo é um sistema. A escola é um sistema. Bairros são um sistema. Cidades, governos, qualquer grande grupo de pessoas. Aliás, o corpo humano é um sistema, viabilizado por subsistemas biológicos menores.
P. 5

A polícia encontrou no Hospital Psiquiátrico desativado de Boston uma câmara subterrânea com seis corpos de meninas enrolados em sacos plásticos e mumificados. Apenas uma delas tinha um tipo de identificação: um colar com o nome Annabelle Mary Granger.

– Preparada? Qual é a utilidade de estar tão preparada se tudo o que fazemos é fugir?
– Sim, querida – meu pai me explicava incansavelmente. – Mas nós podemos fugir justamente porque somos tão preparados.
P. 35

A sargento D.D. Warren e o detetive Bobby Dodgers estavam cuidando do caso e ainda não sabia por onde começar as investigações quando uma moça aparece na delegacia querendo falar com a sargento dizendo ser Annabelle.
Annabelle está há 25 anos fugindo e trocando de nomes, sem ao certo qual é o perigo de que tanto corre.
Quando tinha 7 anos de idade, ela chegou da escola e seus pais estavam com as malas arrumadas para eles se mudarem. Ela pegou dois objetos e eles foram para Flórida. Cerca de dois anos depois eles se mudaram novamente e assim a menina ia vivendo. A cada dois anos eles se mudavam de cidade e de nome, enquanto, em casa, o pai ensinava à filha todo tipo de estratégia de defesa pessoal.

– Tenho certeza de que Annabelle Granger não acha tão conveniente que o pai e a mãe estejam mortos. A mim me pareceu que ela não se importaria de questionar o pai ela mesma.
P. 59

Ela nunca soube do que estava fugindo, a preocupação com isso isso era o trabalho do pai dela. E depois que ele morreu, em um acidente de carro, ela continuou se preocupando, mesmo sem saber quem era o seu predador.
Durante as investigações iniciais, a sargento e o detetive entram em contato com Christine Gagnon, uma vítima de estupro quando tinha 12 anos de idade e que foi mantida em cárcere num local parecido com a câmara onde foram encontradas as meninas. O estuprador de Christine já estava morto, mas como ela era a única ligação com o sujeito, a polícia decidiu interroga-la para ver se descobria pistas sobre o suspeito de praticar o crime com as meninas.
Até então a polícia não tinha nenhum suspeito do caso, nem a data em que os crimes contra as meninas foram cometidos, nem quem eram as meninas, nem a relação delas ou de qualquer uma delas com Annabelle Granger.

– Porque criminosos assim não param magicamente. Um criminoso desconhecido não passa anos perseguindo e capturando seis meninas e de repente decide arrumar um novo hobby. Você acha que meu pai sabia de alguma coisa. Você acha que ele tinha um motivo para nos manter fugindo.
P. 111

A história vai se desenvolvendo e aos poucos vamos começando a entender a relação entre todos os personagens. Apesar das revelações serem em doses homeopáticas o livro é bem dinâmico e é uma dessas leituras que a gente não quer largar.
A narrativa flui de forma bem tranquila e vamos devorando cada parágrafo a fim de resolvermos logo o mistério e acabarmos com a ansiedade de saber quem é o autor dos crimes.
Claro, que eu nem desconfiei quem era o criminoso, para variar eu passei bem longo do suspeito, mas eu me diverti muito com a leitura.

É a isso que a vida se resume no final? Meninas pequenas forçadas a escolher entre uma vida passada fugindo das sombras ou uma morte prematura sozinha no escuro? Que tipo de monstro fazia esse tipo de coisa?
P. 129

Achei que nesse livro a participação de D.D. Warren foi de menor importância. Ela não estava presente nos momentos mais importantes, nem descobriu os elementos fundamentais, como aconteceu em outros livro. Nessa obra, Bobby foi muito mais ativo e essencial para a solução do caso.
E Bella, a cachorra de Annabelle ganha todos os créditos por ser o elemento fofo da história. A cachorra com o menor senso para maus caráteres que eu já vi! E exatamente por isso que ela é uma fofa!

– Eu estou morta – eu disse simplesmente. – Sou o fantasma que assombra o terreno. Estou esperando aquele monstro voltar para poder matá-lo.
P. 369

Como a participação de D.D. Warren é de menor relevância nessa trama não gostei muito da capa, nem do marcador com a policial na capa. Faz sentido, claro, mas não gostei muito.
De todas as capas com livros da Lisa, essa foi a que eu menos gostei.
O miolo é simples, mas eu gostei bastante, combinou com a história e o clima tenso do livro, apesar de ter achado a fonte um pouco pequena. Os capítulos não são muito longos e eles se iniciam na página da direita (meu amor por capítulos iniciados na página direita). A capitulação é no centro da página e gostei bastante da fonte utilizada.

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