Livro: Anjos à mesa

ANJOS_A_MESADebbie Macomber
(4/5)
Editora Novo Conceito
2013
222 páginas

Sinopse: Shirley, Goodness e Mercy sabem que o trabalho de um anjo é interminável — especialmente na véspera do Ano-novo. Ao lado de seu novo aprendiz, o anjo Will, elas se preparam para entrar em ação na festa de fim de ano da Times Square. Quando Will identifica dois solitários no meio da multidão, ele decide que a meia-noite será o momento perfeito para dar aquele empurrãozinho divino de que eles precisam para acabar com a solidão. Então, por “acidente”, Lucie Ferrara e Aren Fairchild esbarram-se no meio da alegria da festa, mas, assim como se aproximam, acabam se perdendo: um encontro marcado que não acontece os afasta pelo resto da vida. Ou será que não? Um ano depois, Lucie é a chef de um novo e aclamado restaurante, e Aren é um colunista de sucesso em um grande jornal de Nova York. Durante todo o ano que passou, os dois não se esqueceram daquela noite. Shirley, Goodness, Mercy e Will também não se esqueceram do casal… Para uni-los novamente, os anjos vão usar uma receita antiga e certeira: amor verdadeiro mais uma segunda chance (e uma boa dose de confusão), para criar um inesquecível milagre de Natal.

Opinião: Que livro fofo! È um desses livros gostosinhos de se ler e que a gente lê em apenas uma sentada.
Claro que eu não esperava um resultado diferente, já que se trata de um livro da Debbie Macomber, mesmo assim foi bom ter a confirmação de que a autora é mesmo maravilhosa. Esse foi o quarto livro da autora que eu li e nenhum deles me decepcionou até agora, para minha felicidade.
Anjos à mesa é um livro tão fininho que mais parece um conto (apenas 222 páginas!). O livro conta a história de Lucie e Aren que têm sua vida alterada por causa das peripécias de quatro anjos atrapalhados.

– Um de nossos papéis é auxiliar humanos a perceberem o quanto eles podem fazer por si próprios com a ajuda de Deus. – Goodness esclareceu.
P. 13

A história é alternada entre as aventuras dos anjos na Terra e a história do casal. Tudo começa com os anjos Shirley, Goodness, Mercy e Will assistindo ao Reveillon em Times Square. Eles nunca tinham presenciado tal evento e ficaram encantados com tudo. Como são anjos bem curiosos e sapecas eles não hesitam em agir e aprontar algo.
Assim que deu meia-noite Will percebeu que todo mundo estava se abraçando e beijando, menos duas pessoas, então ele tratou logo de aproximar Lucie e Aren.

– Não tão diferente, minha garotinha. Não tão diferente mesmo. Como eu disse, não há um calendário exato para encontrar a pessoa certa. Você não faz 21 anos e imediatamente conhece o homem dos seus sonhos. Acontece quando tem que acontecer.
P. 42

Lucie e Aren se conhecem, se beijam e passam uma maravilhosa noite juntos, conversando. Após a ótima noite, eles não trocam telefones, mas marcam de se encontrar novamente em uma semana no topo do Empire State Building.

– Intenções – Gabriel repetiu. – Intenções, meu jovem, são pavimentos ao longo da estrada da morte.
P. 73

O encontro não aconteceu devido a uma força maior, mas isso não significou que eles tivessem esquecido um do outro. Pelo contrário. Por muito tempo eles continuaram pensando um no outro, mas não se reencontraram até quase um ano depois.

Sim, eles não tinham salvação. Mercy só esperava que o céu não ouvisse tal história tão cedo.
P. 117

Ficamos sabemos ao longo do livro que Lucie e Aren já estavam destinados a ficarem juntos, mas a interferência dos anjos atrapalhou o encontro do modo como ele deveria ser e por isso aconteceu esse desencontro.
Quando os anjos sabem que a princípio o casal estava destinado a ficar junto, eles ficam empolgados e interferem novamente no segundo encontro deles.
O segundo encontro (que deveria ter sido o primeiro) acontece porque Lucie abriu um restaurante que está fazendo muito sucesso e Aren é um crítico gastronômico de um jornal. Aren vai até o restaurante avalia-lo por causa do trabalho, sem saber que a chef é Lucie.
Com a interferência dos anjos, o jantar de Aren arruinado e ele e Lucie não se encontram nesse dia, como deveria ter originalmente acontecido.
Por causa disso os anjos também ficam proibidos de interferir mais na vida dos humanos e talvez até mesmo de voltar à Terra.

– A partir de agora, o que vai acontecer é com eles – disse Gabriel, fazendo em seguida um gesto completamente inesperado: afagou o ombro de Mercy com delicadeza. – Não é nossa missão compreender por que os humanos tomam tais decisões. Tudo é uma questão de livre-arbítrio.
P. 182

As atrapalhadas dos anjos são engraçadinhas e sempre que eles tentam ajudar acontece algo fora do controle. Ao mesmo tempo que a gente acha graça dos anjos sapecas, também ficamos curiosos e ansiosos em relação ao casal.
Será que mesmo com a “ajuda” dos anjos eles vão ficar juntos?
Achei a história bem no estilo de O amor mora ao lado. É uma história curta, fofa, mas muito clichê!
Claro que isso de ter anjos e a história se passar na época natalina é um diferencial e sai um pouco do clichê, mas mesmo assim a história é bem previsível.

Eu diria que é um milagre de Natal, mas não vou dizer uma palavra para ninguém. Quem acreditaria em mim?
P. 206

A diagramação do livro é belíssima. Além da capa maravilhosa e da capinha de edição especial que veio com o meu livro, as páginas internas são bem trabalhadas e com detalhes lindos nas laterais. As letras são grandes e facilitam muito a leitura.
O livro é encantador e eu gostei muito da história, mas dei quatro estrelinhas porque quando eu estava começando a me empolgar com a leitura, o livro chegou ao fim. É um livro que deixa um gostinho de quero mais e uma sensação maravilhosa de magia ao término.

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Wishlist: Volta às aulas

Eu sempre fico meio surtada nesse período de “volta às aulas” porque eu adoro itens de papelaria e fico querendo comprar tudo, mesmo sem precisar.
Mas esse ano eu tenho a desculpa ideal para ir às compras, já que vou começar uma nova faculdade e também porque meu caderno do francês acabou e eu preciso de um novo.
Montei uma wishlist bem basicona. Tenho muitas canetas, lápis e lapiseiras, então não vou precisar comprar. Eu gosto do estojo que eu tenho por ele ser bem miudinho, mas me apaixonei por esse em formato de barra de chocolate (mesmo não gostando de comer chocolate, adoro o cheiro).
Caderno eu quero um d’O Pequeno Príncipe para o francês, mas na faculdade eu não sei se uso caderno ou se volto a usar fichário. Apesar de eu ter bastante aula prática, terei algumas aulas teóricas para anotar e estudar.
Também acho que precisarei de uma mochila porque duas vezes por semana irei de ônibus para a faculdade porque precisarei chegar mais cedo do que o horário que o transporte passa e mochila é salvação para estudantes em transporte público.
wishvoltaasaulas
E vocês? Já estão prontos para a volta às aulas?

Fancy Goods | Imaginarium | Hey Invent

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Livro: O presente

O_PRESENTECecelia Ahern
(5/5)
Editora Novo Conceito
2013
317 páginas

Sinopse: Todos os dias, Lou Suffern luta contra o tempo. Ele tem sempre dois lugares para ir, tem sempre duas coisas a fazer. Quando dorme, sonha com os planos do dia seguinte, e, quando está em casa, com a esposa e os filhos, sua mente está, invariavelmente, em outro lugar. Numa manhã de inverno, Lou encontra Gabe, um morador de rua, sentado no chão, sob o frio e a neve, do lado de fora do imenso edifício onde Suffern trabalha. Os dois começam a conversar, e Lou fica muito intrigado com as informações que recebe de Gabe; informações de alguém que tem observado uniões improváveis entre os colegas de trabalho de Lou, como os encontros da moça de sapatos Loubotin com o rapaz de sapatos pretos… Ansioso por saber de tudo e por manter o controle sobre tudo, Lou entende que seria bom ter Gabe por perto — para ajudá-lo a desmascarar associações que se formam fora de suas vistas — e lhe oferece um emprego. Mas logo o executivo arrepende-se de ajudar Gabe: sua presença o perturba. O ex-mendigo parece estar em dois lugares ao mesmo tempo, e, além disso, Gabe lhe fala umas coisas muito incomuns, como se soubesse do que não deveria saber… Quando começa a entender quem é realmente Gabe, e o que ele faz em sua vida, o executivo percebe que passará pela mais dura das provações. Esta história é sobre uma pessoa que descobre quem é. Sobre uma pessoa cujo interior é revelado a todos que a estimam. E todos são revelados a ela. No momento certo.

Opinião: A história é contada pelo sargento O’Reilly na manhã de Natal. Ele prende um menor por jogar um peru congelado contra a vidraça de uma casa e enquanto aguardam a chegada da mãe do menino resolve contar a história de Lou e Gabe.

Esta história é sobre pessoas, segredos e tempo. Sobre pessoas que, assim como os embrulhos, guardam segredos, escondem-se sob várias camadas, até encontrarem as pessoas que poderão desembrulhá-las e ver o que há dentro.
P. 14

Lou Suffern é um empresário bem sucedido que nunca tem tempo para nada. Ele está sempre correndo de um lado para o outro e algumas vezes precisando estar em mais de um lugar ao mesmo tempo.
A vida dele é uma loucura, como a vida de muitas pessoas.
Em um dia à caminho do trabalho ele decide parar e dar um café para um sem-teto que está sentado próximo ao prédio de seu trabalho. Eles trocam algumas palavras e Lou fica impressionado em como Gabe é observador e possui informações relevantes para seu trabalho.

Talvez nem ele mesmo conseguisse sentir, mas o medo estava ali, estava ali o tempo inteiro disfarçado de outra coisas, escondido dos olhares de todo mundo.
P. 55

Por uma feliz coincidência, no prédio de Lou estão precisando de uma pessoa para trabalhar entregando correspondência e Lou resolve dar uma chance a Gabe e o indicar.
Gabe é contratado e começa a trabalhar imediatamente. Gabe é tão eficiente que algumas vezes Lou acredita que ele se locomove por meio de mágica.
Gabe começa a se intrometer na vida de Lou, dando-lhe conselhos e o ajudando a ser uma pessoa melhor, mas Lou acha que isso tudo é porque Gabe quer prejudica-lo no trabalho.

– Ei, é engraçado como a vida funciona, não é? – disse ele, cutucando Lou.
– O que você quer dizer com isso?
– Bem, pense em como é possível você estar aqui em cima num minuto e, no seguinte, estar lá embaixo?
P. 248

Lou é uma pessoa que pensa e respira trabalho e tudo que ele quer é uma nova promoção na empresa, então batalha muito para isso.
De tanto pensar no trabalho ele não tem tempo para família. Segundo ele, a família não pode te demitir, enquanto a empresa pode. Então ele deixa todos os assuntos familiares em segundo plano.
Não comparece às apresentações da filha na escola, não sabe nada sobre o filho bebê e não dá a menor atenção à sua esposa, Ruth.
Lou é infiel e desrespeitoso e deixa qualquer coisa relacionada à família para depois.

Lou passara tantos anos movendo-se tão rápido pelos minutos, pelas horas, pelos dias, pelos momentos da vida, que parou de percebê-la. Os olhares, os gestos e emoções das outras pessoas, há muito tempo já não eram importantes ou visíveis para ele. A paixão era o que o impulsionava, a princípio; posteriormente, enquanto trilhava o caminho até onde queria chegar, acabou por deixá-la para trás também. Andava rápido demais, nunca parava para tomar fôlego; seu ritmo era veloz, e seu coração mal era capaz de acompanhá-lo.
P. 255

Lou não se importava nem com a festa de aniversário de 70 anos que sua irmã estava para seu pai. Como ela estava sempre ligando para saber a opinião dele, Lou decidiu entregar os cuidados da festa para sua secretária, que não tinha nenhuma relação com o senhor e não sabia de nenhuma de suas preferências.

– Tudo o que aconteceu foi para lhe dar sua oportunidade, Lou. Todos merecem uma oportunidade. Até mesmo você, apesar do que pensa.
P. 293

Gabe via o modo como Lou agia e tentava ajuda-lo a mudar e a se tornar uma pessoa melhor, mas frequentemente era ignorado. Até que Gabe ofereceu um comprimido a Lou, um presente que resolveria todos os problemas do empresário.
O comprimido fez Lou se transformar em dois e assim ele conseguia realizar mais facilmente todas as tarefas.
Gabe tinha intenção de que com o comprimido Lou conseguisse ter mais tempo para a família e aprendesse a diminuir o ritmo, mas a ganância fala mais alto em diversas vezes.

– A lição de um homem é o conto de outro homem, mas, frequentemente, o conto de um homem pode ser uma lição para outro.
P. 312

A história é linda, tem todo aquele clima natalino (lembra muito Um conto de Natal, de Charles Dickens) e é de fácil leitura. A narrativa flui muito bem e o enredo é tão mágico que agrada a todas as idades.
É um desses livros que nos toca profundamente de um modo positivo.
Cecelia Ahern é uma de minhas autoras favoritas e eu já sabia que iria adorar o livro, mas não esperava que fosse gostar tanto. Li em apenas uma tarde e nem vi o tempo passar durante a leitura.
A capa é linda e a minha edição veio na caixa natalina para presente, que é ainda mais bonita. A diagramação interna também é linda. As letras são grandes e tem detalhes no rodapé das páginas e no início dos capítulos.
Um trabalho belíssimo para uma obra belíssima.

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