Livro: Os assassinos do cartão-postal

OS_ASSASSINOS_DO_CARTAOPOSTALJames Patterson; Liza Marklund
(5/5)
Editora Arqueiro
2014
303 páginas

Sinopse: Uma viagem para conhecer as mais belas cidades da Europa é o sonho de qualquer pessoa. Porém, o detetive da NYPD Jacob Kanon não está interessado nos pontos turísticos. Após receber a notícia do brutal assassinato de sua filha e namorado, mortos em Roma, Kanon viaja para o Velho Continente para tentar juntar pistas sobre o crime que mudou sua vida. E a onda de assassinatos está só começando: jovens casais são encontrados mortos em Paris, Copenhague, Frankfurt e Estolcomo. Os crimes parecem não estar conectados, com exceção de um cartão-postal enviado para o jornal local da cidade de cada nova vítima. Quando o repórter sueco Dessie Larsson recebe um postal, Kanon junta forças com o jornalista e partem para o novo destino para tentar capturar o serial killer.

Opinião: Mas jura que o livro tem 303 páginas? Isso tudo? Parece que é bem menos! Recebi esse livro há um bom tempo e sempre ficava adiando para iniciar a leitura, sem haver um motivo específico. Eu já sabia que era um thriller e que era bom, afinal livros escritos em parceria com James Patterson são bons. A leitura só veio confirmar tudo o que eu imaginava e esperava.

– Eles mataram a minha filha em Roma – explicou. – Cortaram a garganta de Kimmy e Steven em um quarto de hotel em Trastevere. Então, sim, estou obsessivo. E vou persegui-los até o inferno congelar.
P. 34

A história é narrada em terceira pessoa, contando a visão sobre três perspectivas diferentes, a de Jacob Kanon, um detetive da divisão de homicídios de Nova York que está investigando a morte da filha em Roma, na Itália, a de Dessie Larsson, uma jornalista de Estocolmo que acabou de receber um cartão-postal com uma frase de Shakespeare e a dos assassinos do cartão-postal.
O livro é dividido em três partes, além do prólogo e do epílogo.
Na primeira parte há uma espécie de introdução dos personagens e a explicação do modus operandi dos assassinos. Na segunda parte há uma reviravolta na história e todos os passos até então precisam ser refeitos. A terceira parte é o desfecho, com o esclarecimento dos crimes.

– Lendas… – disse ela. – Sempre morrem jovens. Mas nós não.
P. 48

Logo no início já sabemos quem são os assassinos, mas a grande questão que move a história é encontrar provas para incrimina-los. E é esse o ponto que é o diferencial da história e que nos seduz para ler todos os capítulos de uma só vez.

– Dessie, algumas pessoas estão perguntando por que aquele cartão-postal foi enviado para você. Elas estão se perguntando que espécie de contatos você tem com o mundo do crime.
P. 79

Os capítulos são curtos, alguns possuem apenas uma página e, na minha opinião, isso facilita muito a leitura. Em poucas horas eu devorei o livro todo e fiquei querendo mais. Apesar de ser uma história clichê, o livro consegue envolver e seduzir.
Há menção de obras de artes e museus e também detalhamento nas cenas de crime. Nada tão bem elaborado quanto nos livros do Dan Brown, mas ainda assim de interessante observação.

– Isso é surreal. Que merda eles estão planejando? – perguntou ela. – Aqueles malditos são tão culpados quanto o diabo. Agora eles estão dando coletivas de imprensa?
P. 193

Há algumas narrativas de cenas de sexo, mas nada muito erotizado ou que ninguém está acostumado a ler/ver. Achei que tinha a tensão sexual necessária e as cenas até que caíram bem, ajudaram a tirar o clima pesado das investigações policiais.

– Então, quem foi? Dê uma explicação convincente. Quem são os verdadeiros Assassinos do Cartão-postal, então?
P. 247

O kit que eu recebi com o livro veio em um envelope com dois marcadores, um cartão-postal e o livro. Após a leitura vi que ele tinha muito mais a ver com a história do que minha primeira impressão e gostei muito.
Achei a capa muito bonita e tem relação com a história, apesar da mulher ser morena, mas é apenas um mero detalhe. O miolo é simples, sem detalhes. Mas a fonte é boa e tem um tamanho bom para a leitura. Um ponto positivo (e que eu aprovo sempre devido ao meu pequeno TOC) é que os capítulos sempre se iniciam em uma nova páginas.
Apesar da temática ser um pouco pesada (crimes, assassinatos e investigação policial), achei a leitura bem leve. Claro que dá uma ansiedade para terminar a leitura logo, mas o clima da história não é pesado, dá para ler em uma tarde para passar o tempo enquanto espera consulta na sala de espera.

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Lançamento literário de agosto: Outlander

Em agosto a editora Saída de Emergência está com um super lançamento: Outlander, de Diana Gabaldon.

OUTLANDEROUTLANDER – A VIAJANTE DO TEMPO
Em 1945, no final da Segunda Guerra Mundial, a enfermeira Claire Randall volta para os braços do marido, com quem desfruta uma segunda lua de mel em Inverness, nas Ilhas Britânicas. Durante a viagem, ela é atraída para um antigo círculo de pedras, no qual testemunha rituais misteriosos. Dias depois, quando resolve retornar ao local, algo inexplicável acontece: de repente se vê no ano de 1743, numa Escócia violenta e dominada por clãs guerreiros.

Tão logo percebe que foi arrastada para o passado por forças que não compreende, Claire precisa enfrentar intrigas e perigos que podem ameaçar a sua vida e partir o seu coração. Ao conhecer Jamie, um jovem guerreiro escocês, sente-se cada vez mais dividida entre a fidelidade ao marido e o desejo. Será ela capaz de resistir a uma paixão arrebatadora e regressar ao presente?

“Intrigante… profundamente satisfatório… Quando se chega à última página, é difícil conseguir se separar dos personagens.”
– Daily Press

Críticas

  • Mais de 20 milhões de livros vendidos.
  • Prêmio RITA de melhor romance.
  • Adaptação para a TV tem estreia marcada para 9 de agosto nos Estados Unidos.
  • Média de 4,3 no Goodreads.

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Livro: Man Repeller

MAN REPELLERLeandra Medine
(5/5)
2014
Editora Novo Conceito
254 páginas

Sinopse: Em seu primeiro livro, a badalada blogueira e queridinha do mundo fashion conta suas divertidas memórias. Com jeito insolente, uma franqueza desconcertante e fotos de seu arquivo pessoal, Leandra compartilha detalhes da noite em que perdeu a virgindade, quando esqueceu de tirar as meias soquetes brancas, e descreve o momento em que percebeu que a clutch Hermès vintage da sua avó, feita de pele de avestruz, poderia guardar muito mais do que a chave e o celular. Leandra é a prova de que não precisamos trair nosso estilo repelente nem mesmo ao procurar o vestido de noiva (que pode ser muito bem ser combinado com uma jaquetinha perfecto de organza). Exibindo as opiniões originalíssimas de uma blogueira que ganhou milhões de fãs, este livro reúne experiências divertidas e meio bizarras, uma história amor superdoce e, acima de tudo, um lembrete para celebrarmos um mundo que é feito pelas mulheres e para as mulheres.

Opinião: Quando recebi o livro imaginei que seria divertido e de fácil leitura, mas não sabia que se tratava de uma autobiografia de uma blogueira famosa (não sei nada sobre blogueiras gringas, desculpa aí). Para minha felicidade, o livro é sim muito divertido e a leitura é bem rápida.
O livro é dividido em capítulos curtos e é como se fosse uma conversa com o leitor.
De forma bem humorada a Leandra conta como foram seus relacionamentos amorosos desastrosos e mostra que o importante mesmo é se sentir bem com si mesma, sem se preocupar com o que os outros pensam a respeito de você ou de suas roupas.

Eu não conseguia parar de pensar na minha breve e patética história de amor. Primeiro, eu tinha me apaixonado por um menino de cabelo de cuia que me passou catapora; depois, para completar, deixei que a língua grossa, imoral e pegajosa de um adolescente cujo apelido refletia a natureza não higiênica de seu sêmen deflorasse meus lábios virginais.
P. 27

Ao contar fatos de sua vida, Leandra sempre parte de uma peça de roupa ou acessório. O primeiro relato foi o relato do seu primeiro amor na escola, que teve como início um vestido em A. Ela queria usar o vestido de sair para ir para escola e teve que usar todo o seu poder de persuasão para convencer a mãe a deixa-la usá-lo. Apesar de não ter sido bem visto pelas outras coleguinhas, o vestido também lhe rendeu um beijo na bochecha pelo coleguinha que ela gostava.
E assim começa a história da “Man Repeller“, ou repelente de homens. Seu gosto por moda e combinações não convencionais rendem boas aventuras que cominam na criação do blog Man Repeller.

De fato, as relíquias de nossos antepassados são inestimáveis.
P. 125

O livro também conta com algumas fotos, mesmo em preto e branco elas conseguem transmitir a essência da blogueira e as legendas são bem divertidas.
Em alguns momentos achei a Leandra uma mistura de Bridget Jones com Becky Bloom, só faltou ser britânica para ter a essência.

Às vezes nós simplesmente não temos vontade de vestir a roupa que possuímos há uma eternidade (mesmo que sejam apenas algumas semanas).
P. 151

A leitura é bem leve e eu em uma tarde. A autora escreve como se estivesse conversando com o leitor e eu tive a sensação de que estava conversando com uma velha amiga, mesmo nunca tendo lido nada sobre ela anteriormente. Algumas colocações dela são bem femininas, coisas que toda mulher pensa ou já pensou na vida e ela fala isso de uma forma bem tranquila.

Imagino que, no final, quando você ama um homem e ele ama você, e você sente que fez por merecer, uma união parece o mais simples, correto? Mas não é. Como podemos saber quem realmente somos aos 23 anos?
P. 203

Sou suspeita para falar da capa, pois eu amo esse estilo meio descolado e cheio de imagens gráficas. O miolo é simples, mas tem fotos pessoais da autora em alguns capítulos. No geral gostei bastante da diagramação, estou em uma fase de preferir o conteúdo dos livros e não ligar muito para a estética.

As garotas descoladas são descoladas, usando um turbante ou não, e as babacas são babacas, usando vestido justíssimo ou não. A coisa é muito simples, na verdade.
P. 205

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