Diário de Viagem: Reino Unido – Londres 3

Continuando as aventuras por Londres. Você pode ver todos os meus posts sobre minha viagem para o Reino Unido aqui.

Meu dia 12 de junho foi cheio. Eu acho que eu nunca tive uma agenda tão cheia assim na vida.

Minha programação: de manhã ir ao St. Pancras Renaissance Hotel, depois Stamford Bridge. À tarde, The Globe Shakespeare, Tate Modern, Sky Garden e ao anoitecer, London Eye.

St. Pancras Renaissance

Bom, saí de manhã e fui me encontrar com o Leo no St. Pancras Renaissance para a gente tirar fotos na mesma escadaria onde foi filmado o clipe de Wannabe.

what you wannabe?

Conheço o Leo desde 2001 e a gente só se viu duas vezes na vida e uma delas em Londres, na escadaria onde o primeiro clipe das Spice Girls foi gravado. Pensa se não é muito maravilhoso?

Stamford Bridge

Depois, eu fui lá para o outro lado da cidade, em Fulham, no estádio do Chelsea fazer o tour por Stamford Bridge e foi maravilhoso (merece um post só sobre isso).

Só que no clima de chove/não chove e esquenta/esfria da cidade eu colocando e tirando casaco acabei perdendo meu Oyster card. Eu lembro exatamente onde foi: entre a estação Earls Court e Fulham Rd, em um vagão com final 666 (sério). Só de eu lembrar que eu perdi o cartão com uns £20 eu fico com raiva.

Dica: não perca seu Oyster Card.

Enfim, o tour pelo estádio foi tão bom que eu esqueci de todos os problemas e fui feliz para o Shakespeare’s Globe fazer meu outro tour. Mas na hora em que cheguei estava acontecendo a apresentação de Henry IV e não tinha tour, então fui para o Tate Modern e me encontrei com o Leo de novo para a gente ir ao Sky Garden.

Tate Modern

Sobre o Tate Modern: é enorme, tem exibições gratuitas e pagas. Tem um mapinha também que você pode pegar e contribuir com £1 para a manutenção do museu. Com o mapinha é mais fácil de visualizar onde estão as galerias e saber o que está acontecendo no museu. Mas não ficamos muito tempo. Lanchamos, vimos algumas obras e fomos para o Sky Garden.

O quadro mais lindo da galeria, da artista Bridget Riley

Sky Garden

O Sky Garden é um prédio comercial que fica na região financeira de Londres e tem um belíssimo jardim em seu último andar (o 35º). O acesso é totalmente gratuito, mas você tem que reservar a visitação com certa antecedência (3 semanas). Então você recebe seu ingresso gratuitamente por e-mail e no dia e hora marcados apresenta na portaria. Em tese você só pode ficar 1h lá em cima, mas não conferiram nossos ingressos e ninguém pediu para a gente sair depois desse prazo.

Se você não conseguir a reserva gratuita, pode fazer reserva nos restaurantes que tem lá dentro e curtir a visita.

Mesmo com chuva conseguimos ver bastante da cidade e reconhecer os monumentos (mentira, no vidro mostrava o nome de cada monumento que a gente estava vendo na frente). A visibilidade não estava 100%, mas deu pra ver até a sombra de Wembley.

Saímos do Sky Garden e fomos para a London Eye. Eu e Leo somos as pessoas mais perdidas do mundo! A cada vez que a gente saía para ir para um lugar, dávamos 500 voltas porque ficávamos perdidos.

London Eye

London Eye foi incrível também. Fomos no horário das 19h45 para ver se a cidade começava a ficar escura durante o passeio, mas no verão o sol se põe muito tarde no Reino Unido e vimos a cidade toda por cima (de novo), de outro ângulo.

Aquela roda gigante é linda e se movimenta constantemente e bem devagar. Ela diminui ainda mais a velocidade para as pessoas embarcarem e desembarcarem, mas não para em nenhum momento. Achei muito interessante como as pessoas saem, eles limpam e entram novas pessoas. Isso tudo sem parar.

De lá fomos procurar alguma coisa para comer e decidimos procurar por fish n chips. Não ir ao Reino Unido e não comer o prato mais famoso deles é como ir à Minas Gerais e não comer pão de queijo. Não faz sentido.

Andamos por Southbank e paramos para comer no Giraffe. Estava frio e na frente do restaurante tinha umas tochas, o fogo pareceu bem acolhedor e entramos. A decoração meio étnica e comida de todo lugar do mundo. Até agora eu to tentando entender o conceito do lugar, mas não captei. O molhinho verde deles era delicioso e peixe com batata-frita não tem como dar erro, certo?

Então ficamos perdidos tentando encontrar a entrada para o metrô de Waterloo e andamos muito para voltar para nossas hospedagens.

Endereços

St. Pancras Renaissance Hotel
Euston Rd, London, NW1 2AR

Stamford Bridge
Fulham Road, London SW6 1HS

Tate Modern
Bankside, London SE1 9TG

Shakespeare’s Globe
21 New Globe Walk, Bankside, London SE1 9DT

Sky Garden
1 Sky Garden Walk, London, EC3M 8AF

Giraffe
Riverside Level 1, London, SE1 8XX

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Diário de Viagem: Reino Unido – Londres 2

No dia seguinte ao show das Spice Girls em Bristol, voltei para Londres.

Eu iria voltar no ônibus das 11h, mas cheguei na rodoviária pouco antes das 10h e o motorista me deixou embarcar, já que tinha lugar no ônibus.

Hospedagem

Nessa segunda parte da hospedagem em Londres eu fiquei em outro hostel, desta vez no Palmers Lodge Swiss Cottage. Ele fica pertinho de duas estações: Swiss Cottage e Finchley Road. Bem fácil de ir e voltar de qualquer lugar da cidade, e razoavelmente perto do estádio de Wembley.

É um lugar tranquilo, tem uma escola perto, feira, condomínio residencial, posto de combustível, etc. essas coisas bem de bairro. A arquitetura do imóvel é linda, mas eu quis chorar porque fiquei com saudade da movimentação do Soho. E também porque fiquei bem puta com a staff que fez meu check-in e não me explicou onde seria meu quarto (ela disse que ficava “lá em cima” e eu perguntei se teria que subir escadas e ela confirmou. Mas o em cima dela era para a cama no beliche). Subi até o sótão e meu quarto era no porão. Me explicaram ZERO coisas sobre o funcionamento do hostel, só ganhei a chave mesmo e surrupiei um mapinha (podia pegar, mas ninguém me ofereceu) quando saí pra explorar a cidade.

Outro ponto negativo: calor infernal! Mesmo fazendo aproximadamente 12C à noite na cidade e a janelas do quarto ficavam abertas, mas mesmo assim estava um calor insuportável. Acordava suada todos os dias de manhã.

Mas tinha um café da manhã bem bom (croissant, queijo, pão de chocolate, Nutella, frutas, cereais, leite, iogurte e bebidas quentes variadas – eu só tomava chá mesmo). Também tinha uma área comum com máquina de lanchinhos e bebidas a £1 cada item (eu acho). E todas as vezes em que entrei no banheiro ele tinha sido acabado de ser limpo.

Perdida em Londres

Depois de ter feito check-in e deixado tudo certinho no hostel, eu peguei minha bolsa e fui turistar um pouco. Onde eu fui? Isso mesmo, fui ver a tia Betty no Palácio de Buckingham.

Palácio de Buckingham. Estão vendo a bandeira? É o estandarte real. A Rainha estava no palácio.

Claro que eu desci no Green Park e não sabia em que direção andar, mas assim que me localizei foi maravilhoso. Foi a segunda vez que eu quis chorar naquela cidade.

A sensação foi de “uau! Eu tô mesmo em Londres!”

Meu plano era: Green Park, Palácio de Buckingham, St. James’s Park e Trafalgar Square (talvez, National Gallery). Mas eu me perdi dentro do St. James’s Park e saí bem longe de Trafalgar’s Square.

Monumento às mulheres da 2ªGM

Cheguei em Trafalgar’s Square e a praça estava fechada para uma apresentação de Romeu e Julieta e a National Gallery estava prestes a fechar, como ainda era cedo resolvi andar mais um pouco pela cidade.

Meu objetivo: Leicester Square. Onde eu cheguei: Southbank. (Era como se eu quisesse chegar no Oiapoque e chegasse ao Chuí.)

Fui parar em Southbank só procurando o metrô para voltar para o hostel. Atravessei a ponte de Waterloo e vi um lugar bonitinho e cheio de luzes e fui ver o que era. Tinha um festival acontecendo com várias atividades e comidinhas. Não tinha nada do meu interesse acontecendo, então eu voltei para o hostel porque o dia seguinte seria bem cheio.

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Livro: O farol e a tempestade

(5/5)
Romulo Felippe
Novo Conceito
304 páginas
2019

O farol e a tempestade é o terceiro livro do autor capixava Romulo Felippe e conta a história do autor best-seller Samuel Jones, que vive recluso na remota ilha de Farethon, no Atlântico Norte.

Sam perdeu a família em um acidente de carro e desde então passou a viver na ilha em companhia do gato Charles. Um dia, desesperançoso com a vida, ele decidiu que não viveria mais e pediu uma luz a Deus, antes de dar fim à sua vida. Foi então que uma bolo de fogo riscou os céus no meio de uma tempestade.

Uma aeronave cai no mar e sem hesitar Sam pega o barco e rema em direção ao local do acidente. Ele resgata a única sobrevivente do acidente, a fotógrafa nova-iorquina Anne Crawford.

Sem saber que Anne era tudo o que Sam pediu aos céus, ele a ajuda se recuperar do acidente e ela também o ajuda a voltar a ter fé na vida.

Por conta da tempestade, Sam fica sem comunicação com o continente e não pode avisar ninguém de sua hóspede.

Enquanto vivem como Emmeline  e Richard (quem assistiu ao filme A Lagoa Azul mais de 5 vezes na sessão da tarde?), o pai e o ex-marido de Anne procuram por qualquer vestígio do avião.

Desde o começo o livro é cheio de reviravoltas, o que torna a leitura muito dinâmica. Há o acidente de avião e logo depois vamos descobrindo juntamente com os personagens quem são Sam e Anne.

Inevitavelmente eles se apaixonam e a gente se apaixona junto. O casal tem bastante química e os dois possuem tragédias em suas bagagens de vida. A torcida para que os dois consigam ficar juntos e juntar todos os pedacinhos quebrados é enorme e a cada passo no caminho da felicidade faz a gente ficar com o coração quentinho durante a leitura.

Mas eu disse que tem muitas reviravoltas, então a cada capítulo tudo pode ser diferente.

O livro é escrito em terceira pessoa e os capítulos são curtinhos. Além da linguagem clara e da história envolvente. Apesar de algumas partes mais pesadas, pois trata de trauma vividos no passado dos personagens, é uma leitura tranquila.

Em alguns momentos lágrimas são inevitáveis, mas eu garanto que valem à pena serem derramadas.

A diagramação é bem feita. Fonte e espaçamentos bons para a leitura. E o livro é cheio de belíssimas ilustrações.

A capa também é linda e por diversas vezes me peguei admirando o farol.

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