Filme: O Incrível Hulk

O Incrível Hulk (The Incredible Hulk)
(3.5/5)
2008

Vivendo escondido e bem longe de casa, na favela da Rocinha no Brasil, Bruce Banner (Edward Norton) busca uma forma de eliminar a radiação gama do seu organismo ao mesmo tempo em que tenta controlar os “incidentes” (quando se transforma no Hulk) por meio da respiração e luta de capoeira.

Bruce também foge do general Ross (William Hurt) e do exército americano, que tenta captura-lo para utilizar a força do Hulk como arma militar.

Além disso, ele luta contra a saudade da sua amada, Betty Ross (Liv Tyler), que ele teve que deixar após o experimento não ter funcionado.

Sempre que eu revejo Hulk eu acho estranho não ver o Mark Ruffalo no papel do Bruce. Eu acho que ele ficou tão bem que até me esqueço que O Incrível Hulk não é com ele.

Eu acho o enredo de Hulk até parecido com Capitão América. O exército americano quis criar um supersoldado e injetou uma solução “milagrosa” (no caso do Hulk, raios gama) no corpo do cidadão e ele se transformou em uma arma. Mas o experimento não saiu como o esperado e o exército perdeu a “arma”.

Enfim, é interessante ver o lado mais humano do Bruce. Ele sofrendo de saudades ou a cada frustração quando o experimento para inativar as células não funciona. São cenas bem interessantes de se ver. Conhecer o lado sensível do monstrão verde indestrutível.

Por outro lado, como brasileira, foi uma sofrimento enorme ver as cenas se passando no Brasil. A cenografia e o figurino estavam perfeitos, mas tirando o professor de capoeira, todos os outros falavam qualquer coisa menos português e aquilo doeu meus ouvidos.

Depois veio a cena em que o Hulk apagou no Rio de Janeiro e apareceu no dia seguinte na Guatemala. Como assim? Como ele foi parar lá? Muitas coisas são relevadas em filmes de ação e super heróis e eu não exijo fidelidade, mas fugiu totalmente da lógica o Hulk atravessar o Brasil (um país continental) em uma noite. Faltou um pouquinho de geografia ali para deixar a situação mais verossímel.

Fora isso, o resto é bom. E achei o plot do final bem interessante. Previsível (e bem parecida com Capitão América), mas interessante.

Como o filme é da Universal, ele não está disponível no Disney+, mas consegui assistir pelo Globoplay.

Ficha Técnica

  • Direção: Louis Leterrier
  • Roteiro: Zak Penn, Stan Lee, Jack Kirby
  • Produção: Aviv Arad, Gale Anne Hurd, Kevin Feige
  • Duração: 112 minutos
  • Classificação: 12 anos
  • Elenco: Edward Norton, Liv Tyler, Tim Roth, William Hurt
Continue Reading

Livro: Herdeira do Fogo

(4/5)
Sarah J Maas
Galera Record
2015
518 páginas
Compre na Amazon

Ao final do último livro, Celaena foi enviada para longe em uma missão para o rei. Mas o que seria apenas uma missão letal para o rei, em Herdeira do Fogo, se transforma em uma jornada de busca por informações sobre seus antepassados e sua herança. E o que pode mudar não só o futuro de Celaena, mas também do povo de Adarlan e de todo mundo.

Enquanto isso, forças sinistras começam a surgir com planos malignos para dominar o mundo. Agora todo o futuro de todos depende da coragem de Celaena de encarar seu passado, dominar seus próprios demônios e seguir o caminho a que foi predestinada.

Depois de ter lido A Lâmina da Assassina, que vem com um enredo mais contínuo e cheio de ação, achei o início de Herdeira do Fogo bem parado.

A parte do treinamento de Celaena com Rowan parece que não anda e nada acontece e dura mais da metade do livro. A gente sabe que o treinamento é importante para o desenvolvimento da heroína, mas eu odeio como a Sarah J Maas tem uma fixação por descrever rotinas em todos os livros.

Para eles, era a herdeira de duas linhagens magníficas e de um poder imenso que os manteria em segurança, assim como elevaria o reino ainda mais. Um poder que era um dom – ou uma arma.

Ao mesmo tempo em que em Adarlan, Chaol e Dorian estavam sendo inúteis fazendo nada de interessante e as partes com eles eram no mesmo grau de desinteressante.

Então a autora intercalou uns capítulos com as bruxas, que eu fiquei totalmente perdida e sem entender nada, mas pelo menos era mais intrigante e tinha alguma ação.

As chaves de Wyrd não eram inerentemente boas ou más. Dependia de como os portadores as utilizavam.

Só quando eu já tinha lido 70% da história foi que o livro começou a pegar fogo (quase que literalmente – só quem leu vai entender). A mágica realmente aconteceu e a história fluiu. As cenas de ação ganharam vida e foi impossível largar.

A cada parágrafo eu soltava um “Meu Deus!” para uma coisa diferente que acontecia.

Acho que 1/3 do livro poderia ter sido dispensado. A história é boa, interessante, mas achei que teve muita enrolação no início no meio, deixou para resolver tudo no final e não resolveu e deixou para o próximo livro, que eu já estou curiosa para ler.

Mas Sarah, minha querida, ME AJUDA A TE AJUDAR!

Quero te indicar para meus amigos porque a senhora escreve umas cenas muitos lacradoras, mas tem gente que vai abandonar a leitura se todo livro precisar ler tanta enrolação.

O poder não estava na força ou na habilidade. Estava no controle – o poder consistia em autocontrole.

Continue Reading

Filme: Capitã Marvel

Capitã Marvel (Captain Marvel)
(4/5)
2019

Carol Danvers (Brie Larson) é uma ex-agente da Força Aérea norte-americana, mas que perdeu a memória e durante seis anos viveu junto com os Kree, fazendo parte do seu exército de elite. Os Kree são inimigos declarados dos Skrull e durante uma missão ela acaba parando na Terra para impedir uma invasão destes. Durante a estadia na Terra ela acaba se encontrando com o agente Nick Fury (Samuel L. Jackson), que a ajuda a descobrir a verdade sobre si.

Confesso que eu torci o nariz quando vi a escolha da Brie Larson para protagonista do filme porque estava acostumada a ver ela em papeis bem diferentes e não achava que ela daria conta, mas foi uma grata surpresa. O filme começa apresentando uma alienígena Kree confusa e com falhas na memória e conforme esses buracos são preenchidos, Vers (nome que ela achava ter) vai ganhando profundidade e cativando o público. E quando ela finalmente se descobre terráquea, entendemos todas as camadas de Carol Danvers.

Mais um filme da Marvel que traz um relacionamento forte de amizade. Aqui o laço é entre Carol e Maria Rambeau (Lashana Lynch). É Rambeau faz o elo entre presente e passado e dá as respostas que Carol precisa. A menina também faz um ótimo trabalho entregando as coisas para a “tia Carol” e ajudando até na escolha do novo figurino da heroína. Com as duas percebemos o lado humano e justo de Danvers que sempre existiu, antes mesmo dela ter ido para o espaço.

Para quem é fã dos anos 90, como eu, o filme traz uma série de pequenas referências que aquecem o coração. Por ser ambientado em 1995, os figurinos e as locações terrestres são da época. Mas a melhor parte, é a trilha sonora. Quando começa a tocar Just a girl do No Dobut, eu não consegui controlar e cantarolei junto porque foi demais para mim. Outra referência é o nome da gata ser Goose (referência ao filme Top Gun).

Tenho mais uma confissão a fazer: eu morria de preguiça de aliens e cenas de espaço e afins até pouco tempo atrás (e por isso eu só fui assistir Star Wars recentemente). Mas pela Carol eu relevaria tudo isso porque ela é incrível! Ela voa entre as galáxias sem nave ou traje especial e tem poderes extraordinários. Impossível não amar essa garota! Capitã Marvel é a heroína mais poderosa da galáxia sim!

As cenas de luta e ação são razoáveis, mas não é a ênfase deste filme. Se você quer tiro, porrada e bomba, calma que tem outros super heróis para isso.

Eu amei que não sexualizaram a Capitã Marvel em poses e figurinos. Talvez por isso o filme só tenha saído em 2019 (e cronologicamente ele se passa em 1995). E apesar de todas as críticas (sem argumentos plausíveis) isso demonstra uma enorme evolução tanto do MCU, quanto da cultura geek. Esse universo ainda é bastante misógino e ver o crescimento de papeis femininos e super heroínas é fantástico.

Está acontecendo aos pouquinhos e com passos de formiga, mas já é alguma coisa.

Vemos o Tesseract novamente e se você não está chegando no Universo Marvel agora, vai achar bem interessante ver o Fury com os dois olhos.

Quer acompanhar a maratona e assistir aos outros filmes da Marvel comigo? Só vem nesse link aqui.

Ficha Técnica

  • Direção: Anna Boden, Ryan Fleck
  • Roteiro: Gene Colan, Geneva Robertson-Dworet, Meg LeFauve, Nicole Perlman, Roy Thomas
  • Produção: Jonathan Schwartz, Kevin Feige, Lars P. Winther, Louis D’Esposito, Stan Lee, Victoria Alonso
  • Duração: 123 minutos
  • Classificação: 12 anos
  • Elenco: Brie Larson, Samuel L. Jackson, Lashana Lynch, Clark Gregg, Annette Bening, Jude Law
Continue Reading