Filme: Todos Estão Falando Sobre Jamie

Todos Estão Falando Sobre Jamie (Everybody’s Talking About Jamie)
(5/5)
2021

Disponível no Amazon Prime

Todos Estão Falando Sobre Jamie é uma adaptação do musical homônimo, que conta a história do adolescente britânico de 16 anos Jamie New. Ele se sente muito deslocado porque tem um sonho singular: ele deseja se tornar uma drag queen e fazer disso sua profissão. Jamie não sabe como será seu futuro, mas uma coisa é certa: ele será uma sensação! Incentivado por sua mãe e seus amigos maravilhosos, o jovem vai enfrentar inúmeros preconceitos, superar intimidações para finalmente sair das sombras e revelar ao mundo quem ele realmente é. O musical (e o filme) é baseado em uma história real.

Desde que eu descobri esse musical (quando eu fui pra Londres em 2019), que eu chamo ele de Jamie. Eu nem sabia do que se tratava, mas fiquei curiosa só de ver o cartaz. Por que estavam falando de Jamie? Mas eu só descobri o mundo de bootlegs (gravações ilegais de musicais e peças) recentemente e o tempo para assistir estava curto. Como eu sabia que o filme estava para sair, decidi esperar e foi uma decisão acertada.

Diferentemente de In The Heights, que eu sabia que era um musical da Broadway e eu ficava o tempo todo tentando imaginar como deveria ser as cenas no palco, com Jamie eu não fiz isso em nenhum momento. Obviamente que não dá para esquecer que se trata de um musical porque as músicas estão presentes o tempo todo, mas claramente houve uma mudança dos palcos pensando no audiovisual e funcionou muito bem.

É uma história linda e emocionante. Jamie é um adolescente gay de 16 anos que sofre bullying na escola por ser quem ele é. Mas isso não o diminuiu. Incentivado por sua mãe amorosa e seus amigos ele nutre seu sonho de ser drag queen.

A decisão de ir montado para a festa de formatura acontece no aniversário de 16 anos dele, quando ele é presenteado por um maravilhoso par de sapatos de salto. Então ele toma a decisão de ir de fazer seu debut na festa de formatura, então ele sai para procurar um vestido para combinar com o sapato e entra em uma loja de uma diva drag que o incentiva a performar antes da festa, para ele ir treinando.

Ele faz seu show de estreia e vira assunto na escola.

Para encarar a vida real, ele precisa tirar forças de todas as lições que aprendeu no palco.

O musical não tem nenhuma música mais cativante ou chiclete, mas são todas maravilhosas e a mensagem que passa é linda.

Eu me apaixonei totalmente pela melhor amiga dele (Pritti) e pela mãe (a música He’s my boy é perfeita demais).

Quem assistiu à peça e ao filme disse que teve algumas mudanças e que o filme ficou melhor. Acho que vale à pena conferir.

Ficha Técnica

  • Direção: Jonathan Butterell
  • Roteiro: Dan Gillespie Sells, Tom MacRae
  • Produção: Arnon Milchan, Mark Herbert, Peter Carlton
  • Duração: 115 minutos
  • Gênero: Drama, Musical
  • Elenco: Max Harwood, Lauren Patel, John McCrea, Richard E. Grant, Noah Leggott, Charlotte Salt, Sarah Lancashire, Ralph Ineson, Samuel Bottomley, Shobna Gulati
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Filme: Os Vingadores

Os Vingadores (The Avengers)
(5/5)
2012

Loki (Tom Hiddleston) está de volta à Terra. Desta vez, enviado pelos chitauri, uma raça alienígena que pretende dominar os humanos. Com a promessa de que será o soberano do planeta, Loki rouba o Tesseract dentro de instalações da S.H.I.E.L.D. e, com isso, adquire mais poderes. Loki os usa para controlar o dr. Erik Selvig (Stellan Skarsgard) e Clint Barton/Gavião Arqueiro (Jeremy Renner), que passam a trabalhar para ele. No intuito de contê-los, Nick Fury (Samuel L. Jackson) convoca um grupo de pessoas com grandes habilidades, mas que jamais haviam trabalhado juntas: Tony Stark/Homem de Ferro (Robert Downey Jr.), Steve Rogers/Capitão América (Chris Evans), Thor (Chris Hemsworth), Bruce Banner/Hulk (Mark Ruffalo) e Natasha Romanoff/Viúva Negra (Scarlett Johansson). Só que, apesar do grande perigo que a Terra corre, não é tão simples assim conter o ego e os interesses de cada um deles para que possam agir em grupo.

Depois dos filmes solos, com no máximo a participação de um no filme do outro, finalmente, temos Os Vingadores unidos e só por este motivo eu dou a nota máxima para o filme. Mas toda enrolação que temos em alguns filmes solo culminam para isso.

É bem interesse ver o mundo em colapso e ainda assim, os maiores super-heróis da Terra brigando entre si por uma questão de ego. E quando se juntam, o Capitão que eu achava chatíssimo lá no primeiro filme, fica ainda mais chato e o Homem de Ferro com o ego maior do mundo, fica ainda mais centrado. Aí em Guerra Civil você escolhe um lado e não pode ser nem ser julgada por isso.

Loki continua sendo o melhor vilão e com as melhores tiradas. As cenas cômicas estão na dose certa, bem balanceadas com toda a ação que o filme pede e toda a complexidade necessária para explicar a junção dos heróis.

Amo tanto o Mark Ruffalo como Hulk que eu até finjo que ele sempre esteve no papel. Ele é apenas perfeito. E tudo no Hulk melhorou desde o filme solo. Os efeitos da transformação ficaram ótimos e menos bizarros.

Antes de eu conhecer a história toda, ou seja, na época em que Os Vingadores foi lançado, eu até shippava a Natasha com o Barton (sim, foi um choque quando eu descobri que ele tinha uma família). Mas esses dias eu vi uma “arte” por aí das pessoas que shippam a Natasha com o Banner e basicamente, a princesa Fiona (de Shrek) é “filha” deles na teoria: verde e ruiva. Agora eu não consigo mais ver o Hulk e a Viúva Negra juntos sem lembrar da Fiona e ter vontade de rir.

De nada por ter estragado essa imagem para vocês também.

Mas continuando a falar sobre Os Vingadores, eu só achei estranha a fala do Fury sobre a iniciativa ter surgido quando Thor veio do espaço e trouxe os inimigos junto. Porque: 1. Ele já estava pensando em recrutar o Tony Stark antes do Thor chegar (na verdade, as coisas estavam acontecendo simultaneamente) e 2. Ele sabia que a Terra era vulnerável quando conheceu a Carol lá nos anos 90.

Isso corrobora o fato de que Fury é um mentiroso e que fala qualquer baboseira para conseguir o que quer (ou também um pequeno furo no roteiro já que Capitã Marvel é só de 2019).

Fiquei triste pela morte do Coulson, eu gostava dele, mas até mesmo a cena da morte dele foi ótima.

Agora mais trocentos filmes solo antes de todo mundo reunido de novo. Odin, dei-me paciência! Amém.

Entrem no Telegram para a gente conversar mais e assistir juntos aos filmes.

Ficha Técnica

  • Direção: Joss Whedon
  • Roteiro: Joss Whedon, Zak Penn
  • Produção: Jon Favreau, Kevin Feige
  • Duração: 142 minutos
  • Classificação: 12 anos
  • Elenco: Tom Hiddleston, Stellan Skarsgard, Chris Hemsworth, Jeremy Renner, Samuel L. Jackson, Robert Downey Jr., Chris Evans, Mark Ruffalo, Scarlett Johansson, Clark Gregg, Gwyneth Paltrow
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Série: Cruel Summer

Cruel Summer
2021
(5/5)

Na pequena cidade de Skylin, no Texas, o sequestro da popular adolescente Kate Willis (Olivia Holt) mexe com a vida de todos. Quem tem a vida totalmente afetada com esse desaparecimento é a tímida e nerd Jeanette Turner (Chiara Aurelia). Ela não era amiga de Kate e as duas mal se conheciam, mas com o desaparecimento da garota popular, Jeanette foi se destacando e ela passou a ocupar o lugar de Kate, namorando o ex da menina e andando com as amigas dela.

Quando descobrem o que aconteceu com Kate a cidade inteira passa a odiar Jeanette e fica o questionamento: será que a jovem tem alguma relação com o sequestro?

Só tenho uma coisa a dizer: Cruel Summer foi uma das melhores séries que eu assisti este ano!

É um thriller maravilhoso que se passa em três anos: 1993, 1994 e 1995. Cada ano a fotografia é de um jeito. Em 1993 com tons mais quentes, traz uma sensação de esperança. Vemos Jeanette toda meiga, desajeitada, nerd, de aparelho, com os amigos Vince (Allius Barnes) e Mallory (Harley Quinn Smith) e tentando se ajustar.

Kate é a garota popular perfeita aos olhos de todos. Está sempre com os cabelos e maquiagem impecáveis, sorrindo e com as amigas ou o namorado Jamie (Froy Gutierrez).

Já em 1994, Jeanette tem a vida que sonhou, ela é a garota popular, não usa mais aparelho, está namorando Jamie e não anda mais com Vince e Mallory. Mas a fotografia muda um pouco, as cores não são tão vivas, principalmente ao mostrar as cenas da Kate e da família dela.

Em 1995 tudo muda. A fotografia é totalmente diferente, assim como o visual de Jeanette. A jovem aparece de cabelos curtos, abatida e triste. O tom é sombrio e as cores são frias.

Neste cenário, misturando os anos e entregando pouco a pouco sobre os personagens vamos nos envolvendo na história e morrendo de curiosidade para saber detalhes do que aconteceu com a Kate. Quem a sequestrou e Por que. E como Jeanette se envolveu nisso.

E a cada pergunta que nos é respondida surge uma nova. Isso torna a série tão viciante que eu assisti tudo em três dias.

Além disso, a trilha sonora é simplesmente perfeita, com músicas que trazem muita nostalgia.

Apesar disso, a série tem uma temática bem pesada, pois envolve sequestro e violência doméstica. Tanto que logo no início de cada capítulo já vem o aviso de cautela. Os últimos episódios são os mais intensos (o que mostra o abuso propriamente dito e como tudo acontece devido a sutileza de palavras deixa tudo bem forte) e pode ser gatilho para pessoas mais sensíveis.

A boa notícia é que a série foi renovada para uma segunda temporada. Fico em dúvida apenas se uma segunda temporada conseguirá ser tão boa. Para mim, se encerraria perfeita em apenas uma temporada.

Ficha Técnica

  • Roteiro: Bert V. Royal
  • Direção: Max Winkler
  • Produção: Jessica Biel, Michelle Purple
  • Classificação: 14 anos
  • Elenco: Allius Barnes, Blake Lee, Chiara Aurelia, Froy Gutierrez, Harley Quinn Smith, Michael Landes, Olivia Holt, Andrea Anders, Nathaniel Ashton, Benjamin J. Cain Jr., Sarah Drew
  • Gênero: Drama, Thriller
  • País: EUA
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