Diário de Viagem: Reino Unido

Eu nunca imaginei na vida que escreveria um post de viagem com “Reino Unido” no título, mas é real oficial: EU FUI PARA O YUKEEEE!!!

Se quiserem faço um post contando os preparativos da viagem e tudo mais, por hora, vou contar um pouquinho do que rolou.

Mas antes, vamos voltar lá para o final de 2018 quando as Spice Girls anunciaram que fariam uma turnê em 2019:

Com esse anúncio, meus amigos do Spice World começaram a surtar e já começamos a ter sonhos sobre isso. O problema é que as Spice Girls são as Spice Girls: vivem iludindo os fãs. Elas não deram corda para a gente criar expectativas desta vez. Disseram que fariam uma turnê no Reino Unido, com Emma, Geri, Mel B e Melanie C e só. E na nossa cabeça, essa seria a última oportunidade dos fãs verem elas ao vivo no palco. Então montamos um plano de guerra, que não era nenhum plano. Era só um sonho louco.

Primeiro tentaríamos comprar os ingressos para as datas limitadas. Depois a gente pensaria no assunto.

Na dia e na hora certa, tentamos e conseguimos os ingressos (que se esgotaram rapidamente). Tinha dinheiro? Nenhum. Mas estava com o ingresso em libras (+IOF e tudo) no meu cartão. Agora estava tudo certo, só faltava passaporte, passagem, hospedagem e dinheiro (inclusive dinheiro para pagar o ingresso). Mas vamos por partes, porque o ingresso já estava em mãos.

Eu consegui ingresso para o show de Bristol, dia 10 de junho. Nem sabia onde era Bristol, mas tudo bem, o importante era o ingresso.

E aproximadamente 7 meses depois peguei o avião sozinha aqui em Vitória e fui conhecer o Reino Unido.

Saí de Vitória dia 07 de junho e cheguei em Londres dia 08 de junho à tarde (horário local). Meu voo foi maravilhoso. Só fiz uma conexão no Rio de Janeiro e fui direto, de British Airways.

Já fui com minha brusinha das Ispáice Guéls e na imigração a agente já chegou “Você vai no show das Spice Girls?” Aí falei que sim, ela pediu os ingressos, a passagem de volta e carimbou meu passaporte. Todo mundo me tocou o terror da imigração britânica e eu não fiquei 5 minutos com a agente. Ela ainda perguntou pela Victoria e disse que esperar 22 anos por um show valeria à pena.

Entrei linda e plena, comprei meu Oyster card e não soube mais o que fazer porque eu só tinha aprendido o caminho do aeroporto para o hostel de metrô e a Piccadilly line estava fechada.

Então saí seguindo uma brasileira que morava há 11 anos na Inglaterra, estávamos no terminal 5 de Heathrow, fomos para o 3 e de lá pegamos o TFL para a região central. Não entendi a confusão toda, mas fiquei muito feliz por conseguir chegar no Soho (onde estava hospedada).

Decidi fazer uma viagem low cost porque meu objetivo era conhecer a cidade e ir ao show das Spice Girls. Só precisaria do hotel para dormir e tomar banho, então escolhi ficar em hostel boa parte da viagem.

No meu primeiro dia em Londres eu fiquei no SoHostel. Eu fui com as expectativas bem baixas porque eu nunca dividi quarto com ninguém e estava bem preparada para o pior (luzes acesas, barulhos, roncos, etc), mas me surpreendi. O staff que me atendeu, me levou até o meu quarto e me mostrou todas as áreas comuns do hostel.

Fiquei em um quarto feminino compartilhado com mais 3 pessoas. O quarto não era suíte, mas o banheiro era em frente, então foi bem tranquilo. Quarto muito limpo e banheiro também. Todas as vezes que eu entrei estavam terminando de limpar. Dividi o quarto com asiáticas (coreanas ou japonesas, não lembro agora) e elas eram tão organizadas que eu quero ser assim na minha próxima vida. Elas eram level hard na arte de se hospedar em hostel e não era porque eu era novata no ramo.

O café da manhã era bem farto, várias bebidas (café, chá, chocolate quente, cappuccino), sucos, torradas, croissant, cereais, leites, geleias, Nutella, frutas, frios…

Eu juro que eu não esperava nem um pouco por um café da manhã tão gostoso. Fiquei muito feliz quando cheguei para a refeição e vi um buffet com tanta variedade.

Dentro do meu quarto e do hostel eu achei bem silencioso, mas como eu estava bem no meio do Soho (uma região de Londres com a vida noturna bem agitada), tinha bastante ruído da rua, mas eu moro na avenida principal do meu bairro, estou acostumada com barulho.

Bem, eu cheguei à tarde do dia 08 de junho, tomei banho e fui para a rua passear. Estava a alguns quarteirões da Leicester Square e andando um pouquinho chegava em Covent Garden e na Piccadilly Circus.

Primeira visão mais “londrina” que eu tive quando saí do hostel. Infelizmente não pude assistir.

Na minha cabeça, eu sempre achei que Londres teria um cheiro mais ocre. Uma mistura de poluição, mofo e umidade, mas não. É bem bizarro porque eu não sei de onde eu tirei essa imaginação do cheiro e na verdade é só poluição misturada com lavanda.

Eu não sei o que eles têm com lavanda, mas tudo na Inglaterra tem muito cheiro lavanda e verbena. Eu até tirei foto do Air Wick de lavanda e postei nos meus stories para provar minha teoria.

Falando em Stories, tem bastante coisa nos meus destaques do Instagram. Muita falação e passeios pela cidade. Quem quiser conferir, me segue lá no @polypop.

Anyway… o post já está enorme e como eu tenho várias coisas para contar das minhas aventuras na terra das Spice Girls, vou dividir os posts por dias e conto aos poucos.

Hi Ci Ya. Hold Tight!

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Como estudar inglês sozinha

No início do ano, quis melhorar minhas habilidades na língua da rainha e comecei a pesquisar como estudar inglês sozinha. Eu estudei inglês minha adolescência toda e sei além do básico, compreendo bem textos, consigo assistir séries e filmes sem legenda e me viro bem com meus conhecimentos, mas precisava praticar mais.

Estava sentindo que estava ficando enferrujada, então decidi recomeçar a estudar. A melhor opção seria um professor particular ou um curso de conversação.

Também vi aplicativos de estudo, como Cambly e ABA e gostei muito da proposta. O Cambly são aulas com base na conversação professores nativos. O ABA também tem aulas com professores nativos, mas possui conteúdo premium (para assinantes) e gratuito. A parte gratuita você consegue assistir a vídeos-aula, assinando o app, você tem acesso a lições, avaliações e direito a certificados.

Mas também os app pagos também não eram uma opção para o meu bolso, então fui sozinha procurar meu próprio conteúdo para estudar. É fácil separar o material? Não. Precisa de disciplina? Sim.

Mas como eu sou uma alma muito boa e caridosa, separei algumas dicas e links que estou usando e gostando muito.

Dica #1

Saiba qual é o seu nível de inglês. Existem vários sites que fazem isso gratuitamente, eu fiz o meu pelo ABA.

Você vai precisar saber seu nível para filtrar seu material de estudos. O meu é B2.

Dica #2

Separe 2h por dia de estudos. Quando eu fazia cursinho eram 3h de aula por semana. Com 2h diárias de dedicação dá para aprender até mais que no cursinho.

Dica #3

Tenha um cronograma de estudos. O meu tem estudos de segunda a sábado e domingo é o dia que eu tiro para separar material de estudos para a semana.

Meu calendário é:

  • Segunda-feira: Reading
  • Terça-feira: Listening
  • Quarta-feira: Listening + Speaking
  • Quinta-feira: Grammar
  • Sexta-feira: Writing
  • Sábado: Filme
  • Domingo: Separar material de estudos

Depois que eu comecei a estudar, eu percebi que seria melhor começar a semana com o Grammar e basear o resto das lições na gramática da semana. Enfim… depois de um mês estudando se eu mudar agora vai complicar minha cabeça. Mas fica a dica.

Dica #4 – Reading

Eu acho o reading a habilidade mais fácil de ser praticada porque é muito fácil encontrar qualquer coisa escrita em inglês. Mas eu comecei a praticar com o site English News In Levels. São as notícias da semana de forma resumida para a compreensão em 3 níveis: 1, 2 ou 3. Por este site meu nível é o 3.

Outra dica, é ler este site completo que além de praticar o reading você ainda pega dicas de como estudar.

Outro site interessante é o VOA Learning English. É bem completo e não tem apenas as notícias para ler, mas também áudios e lições.

Você também pode entrar em qualquer site de notícias como BBC, CNN, New York Times e ler alguns artigos.

Se quiser algo mais informal e divertido, procure fanfics em inglês. Nem todo mundo escreve corretamente, mas é um conteúdo divertido.

Dica #5 – Listening

Como eu escuto muita música em inglês eu também acho bem fácil de praticar. Eu comecei a estudar com as músicas mesmo, pegava uma música que eu não tinha ouvido ainda e ouvia no repeat até conseguir entender. Mas confesso que não é uma forma muito eficaz, apesar de ser divertida.

Nas minhas buscas eu encontrei este site (Interlink Language Centers) maravilhoso de spelling practice com muitos testes para fazer.

Mas o que eu estou usando é o site do Bristish Council. Eu estou muito apaixonada por ele. Além de praticar listening, também dá para praticar reading, writing e speaking. É um poço de diversão para quem quer estudar.

Quem quiser mais modernidade, há app para smartphone e tablet. Eu uso mais o app no iPad porque fico com preguiça de ligar o notebook.

Os áudios possuem transcrição e exercícios de compreensão com correção online.

Outro app que uso muito é o da BBC Learning English. Uso um para complementar o outro.

Dica #6 – Speaking

Como estudar inglês sozinha e conversar? Parece estranho, mas é possível. A solução mais fácil é falar sozinha. Pode parecer coisa de louco, mas funciona. Ouvir os áudios dos listening e depois ler em voz alta é bem interessante.

Se isso parece estranho, tem o app IELTSpeaking. Achei na Apple Store, mas deve ter para Android também. É um treino para o teste do IELTS, o app te faz perguntas e você responde. Suas respostas ficam gravadas e você ouve sua voz.

Se ainda parece estranho, arruma um amigo online e converse com ele. Eu uso os app HelloTalk e Tandem.

Dica #7 – Grammar

Eu comecei a estudar gramática pelo Grammar In Levels. A vantagem é que tem o livro de O Pequeno Príncipe em áudio ao final de cada lição gramatical, mas o conteúdo deixa a desejar.

Eu complemento com o British Council e pego exercícios no English Grammar. Aliás, o English Grammar foi o segundo (British Council foi o primeiro) melhor achado da minha vida estudando sozinha. Tem MUITOS exercícios online e conteúdo para baixar.

Dica #8 – Writing

Também não é difícil de treinar porque basicamente tudo o que você precisa fazer é escrever.

Aí vale desde legenda em foto no Instagram, conversar com as pessoas pelo Tandem e HelloTalk, fazer post no blog, escrever fanfics…

Mas eu tenho muita dificuldade em escrever sem uma temática. E toda semana escrever um artigo de umas 15 linhas com um tema aleatório é complicado. Foi aí que eu achei a parte teen do site do British Council.

Como é voltado para adolescentes, os temas para escrever são bem interessantes (blog, artigo de revista, e-mail formal e informarl). Antes de cada lição ainda tem uma compreensão e dicas de como escrever.

Dica #9

Consuma o máximo possível de conteúdo em inglês. Músicas, filmes, séries, vlogs, blogs, jornais, etc.

Eu estou assistindo a filmes e séries em inglês com legendas em inglês. Meu objetivo atual é compreender o máximo possível das coisas. Com a legenda eu vejo como se escreve algumas palavras e acho que aprendo mais com isso.

Dica #10

Todos os sites que eu uso:

Espero que tenham gostado das dicas, se tiver mais alguma deixa aí nos comentários. E pode ser para aprender qualquer outro idioma estrangeiro também.

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Top 3: Melhores viagens

Eu não sou uma pessoa que viaja para destinos diferentes. Até gostaria, mas os destinos dos sonhos não estão disponíveis para o orçamento, então fico conhecendo cada vez mais os lugares que não consegui visitar totalmente.
Vou fazer o Top 3 das minhas melhores viagens.

#3 Rio de Janeiro 2008

Eu não gosto muito do Rio de Janeiro, mas essa viagem, em especial, entra no top de viagens preferidas porque foi o primeiro show internacional que fui e também a primeira vez que eu vi a Madonna ao vivo. Foi em 2008 (nem parece que foi há tanto tempo), na turnê Stick & Sweet.
Foi tudo muito maravilhoso e mesmo se passando quase 10 anos não tenho outra para substituir. Contei detalhes neste post aqui.

#2 São Paulo 2017

Toda vez que vou a São Paulo a sensação é nova e diferente. Impossível conhecer a cidade toda e ela está sempre em mudança, então cada viagem é uma surpresa.
Definitivamente, São Paulo é uma das cidades que eu mais amo. Pode ter um clima multipolar, trânsito, violência e purê no cachorro-quente, mas mesmo assim é um pouco mágica. The city of blinding lights, como eu costumo chamar. Não sei se eu teria vontade de morar na cidade, talvez me cansaria de toda movimentação, poluição e não poder ver o mar diariamente, mas para passear eu gosto muito.
De todas as viagens, coloquei a de 2017 em #2 pelo motivo óbvio de eu ter conhecido a Mel C. Mas vai um pouco além disso: eu estava em uma cidade que eu gosto, com meus amigos de mais de uma década, recordando bons momentos e vendo minha ídola ao vivo. #melhordiadavida

#1 Santa Catarina 2002

Essa viagem poderia incluir mais nomes de estados e cidades, porque saí de Vitória (de ônibus) com destino ao Beto Carrero, em Penha – SC. Na viagem passei um dia em Curitiba – PR, que eu jurei voltar um dia para conhecer todos os parques e passar frio de novo, um dia em São Paulo e três dias em Blumenau – SC, onde fiquei hospedada.
De Blumenau ao Beto Carrero, era aproximadamente 1h de viagem. Para quem fazia um percurso parecido para ir à escola (e depois faculdades), a distância não era nada. E dentro de um ônibus de viagem era festa.
Foi minha primeira viagem sozinha (fui apenas com o pessoal da excursão e sem nenhum conhecido – fiz amizade com uma menina da minha idade, 15 anos, e ficamos juntas o tempo todo), então tudo era ainda mais especial.
Passamos metade de um dia fazendo compras em Blumenau, visitando lojas de fábrica de cristais e roupas (o tempo foi curto, mas a mala voltou cheia de comprinhas).
Por dois dias fomos ao Beto Carrero World, o maior parque temático da América Latina. Quando eu fui, as melhores atrações eram para crianças, não tinha tantos brinquedos radicais, mas hoje há mais brinquedos e atrações para todas as idades.
Eu nunca tinha andado de montanha-russa e amei tanto que aproveitei que estava sem fila em um dos dias e fui três vezes seguidas.

Aproveitamos metade do nosso último dia em Blumenau e fomos para Balneário Camboriú, que também ficava a 1h do hotel. De 2002 para cá muita coisa mudou, a cidade cresceu e com certeza que várias das casas em Balneário Camboriú se tornaram prédios. A cidade é conhecida como Dubai Brasileira por causa de seus inúmeros arranha-céus e muitos turistas. Eu fui no inverno e tinha turista!!
A cidade é iluminada pelo Cristo Luz, uma estátua de Jesus Cristo, parecida com o Cristo Redentor do RJ, mas um pouco menor.
Quando fui, já existia o teleférico Laranjeiras, mas infelizmente eu não tive tempo de ir.
Se eu não moraria em São Paulo por não ter mar, a solução está em Balneário Camboriú. Tem praia, tem mar, tem vida noturna movimentada, tem turista… o IDH é alto e é BEM menos violenta que São Paulo. Moraria fácil!
Super queria um apartamento em Balneário Camboriú. Passar férias em SC com turistas do Mercosul, quem nunca quis?!
E se eu puder sonhar um pouquinho mais alto, pegar minhas plantas do The Sims, contratar um bom arquiteto para transformar em realidade e construir uma casa maravilhosa em um terreno em Balneário Camboriú.
E você? Quais foram suas viagens preferidas? Moraria em alguma cidade que visitou?

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