Livro: O quarto dia

O quarto diaSarah Lotz
(3/5)
Editora Arqueiro
2016
352 páginas

O quarto dia conta a história dos passageiros do cruzeiro O Belo Sonhador, em uma viagem de Réveillon. Entre os passageiros estão Celine, uma vidente famosa (e fajuta); Maddie, assistente de Celine; Xavier, um blogueiro que quer desmascarar a vidente; Helen e Elise, duas senhoras que querem cometer suicídio; Althea, a camareira; Jesse, o médico, entre outros.
Tudo corre bem muito bem durante os três primeiros dias de viagem, mas no quarto dia um incêndio na casa de máquinas faz o navio ficar à deriva e fatos estranhos começam a acontecer.
Acaba a energia do navio e eles não conseguem nenhum contato terrestre ou com outros navios. Conforme o tempo passa a situação fica caótica, os passageiros começam a se comportar de modo estranho e a tripulação começa a ver coisas.

Os pelos da nuca de Althea se arrepiaram. Ela fechou os olhos, fez outra vez o sinal da cruz, e pela primeira vez em muitos meses, rezou.
P. 48

Após cinco dias O Belo Sonhador é encontrado a deriva no Golfo do México, mas com um detalhe: não há uma pessoa viva no cruzeiro. Todos os passageiros e tripulantes sumiram e apenas dois corpos foram encontrados a bordo.
Várias teorias da conspiração surgem, mas a única certeza é de que 2.962 pessoas simplesmente sumiram.
Confesso que comecei a leitura esperando momentos cheios de suspense e terror, mas isso ficou apenas na expectativa.

– Eles querem jogar o corpo no mar. Dizem que é a morta que está assombrando o navio.
P. 207

O início do livro é bom e a narrativa inicial indicava que seria uma leitura agradável e cheia de surpresas, mas à partir da metade a leitura ficou agarrada e não consegui ler com tanto gosto. Terminei o livro por uma questão de honra (e pela curiosidade quanto ao final do enredo).
A história se encerra aberta a interpretações, o que pode agradar muitos leitores.
Apesar de não ter sido um livro que gostei, a experiência foi boa. Não conhecia a narrativa da Sarah Lotz e foi bom ter uma ideia de como ela trabalha.

“Não existe morte”, pensou Maddie. Ou talvez tivesse dito em voz alta, não sabia. Então o piso desapareceu sob ela.
P. 267

Se por um lado a narrativa não me encantou, o material gráfico foi de tirar o fôlego! O livro é lindo! Capa preta e azul e as bordas das páginas em um azul escuro, dando um visual incrível à obra. A capa é de um material que dá uma sensação de emborrachado. Simplesmente perfeito o trabalho dos designers.

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2 Comentários

  1. Estava super interessada no livro ~que me remeteu a “Navio Fantasma” filme que eu adorei ~até ler que “A história se encerra aberta a interpretações”
    ODEIO isso.
    Não gosto de ficar imaginando e deduzindo oque aconteceu, a menos que tenha uma sequencia o que não parece ser o caso.
    Mas acho que seria um bom filme de suspense. Eu assistiria!

  2. Jura que não gostou, Poly? Esse eu ainda não li, mas Os Três, apesar das críticas, foi um dos meus livros preferidos de 2015.
    Sempre fico babando nesse livro mas o preço ainda tá complicadinho. Vamos aguardar ;)
    Beijo!