Filme: Pantera Negra

Pantera Negra (Black Panther)
(4/5)
2018

Após a morte do rei T’Chaka (John Kani), o príncipe T’Challa (Chadwick Boseman) retorna a Wakanda para a cerimônia de coroação. Nela são reunidas as cinco tribos que compõem o reino, sendo que uma delas, os Jabari, não apoia o atual governo. T’Challa logo recebe o apoio de Okoye (Danai Gurira), a chefe da guarda de Wakanda, da irmã Shuri (Letitia Wright), que coordena a área tecnológica do reino, e também de Nakia (Lupita Nyong’o), a grande paixão do atual Pantera Negra, que não quer se tornar rainha. Juntos, eles estão à procura de Ulysses Klaue (Andy Serkis), que roubou de Wakanda um punhado de vibranium, alguns anos atrás.

Eu não gosto muito de filme solo de super-herói se não forem os meus preferidos. Dito isto, eu enrolei muito para assistir Pantera Negra e me arrependo bastante, pois é um dos melhores filmes da Marvel e tem um significado muito especial quando falamos de representatividade.

O conflito existente no filme não é apenas fantasioso como na maioria dos filmes, é político e bem real. Os ideais de T’Challa e Killmonger (Michael B. Jordan) já foram discutidos antes por Martin Luther King e Malcolm X lá nos anos de 1960 e ainda assim é uma discussão atual.

Temos uma nação negra, autossuficiente e íntegra como Wakanda, que detém uma tecnologia que o resto do mundo não tem e o mais incrível é como mesmo assim ela é subjugada apenas por ser um país africano. Tudo bem que ninguém sabe do que Wakanda é capaz, mas se soubessem será que não queriam apenas explora-la?

Não o bastante, o filme é recheado de figuras femininas fortes e independentes, como Okoye, Shuri e Nakia que não estão vestidas de forma fetichista e lutando de biquíni em cenas aleatórias. O papel delas é de suma importância para o desenvolvimento da história.

Os efeitos especiais estão incríveis e as cenas de luta são sensacionais, principalmente as de T’Challa e Killmonger.

Confesso que reassistir ao filme após a morte do Chadwick Boseman foi bem difícil (e ter que escrever esse post dois dias depois da morte de um familiar também está sendo), mas a força dele e o talento ficam para sempre e devemos nos lembrar sempre dos bons momentos, não é mesmo?! Wakanda Forever.

Ficha Técnica

  • Direção: Ryan Coogler
  • Roteiro: Jack Kirby, Ryan Coogler, Joe Robert Cole, Stan Lee
  • Produção: Kevin Feige
  • Duração: 134 minutos
  • Classificação: 14 anos
  • Elenco: Chadwick Boseman, Danai Gurira, Letitia Wright, Lupita Nyong’o, Michael B. Jordan, Andy Serkis, Angela Bassett, Daniel Kaluuya, Forest Whitaker, John Kani, Nabiyah Be, Sebastian Stan, Sterling K. Brown, Sydelle Noel, Winston Duke
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Filme: Capitão América: Guerra Civil

Capitão América: Guerra Civil (Captain America: Civil War)
(4/5)
2016

Em Capitão América: Guerra Civil, Steve Rogers (Chris Evans) é o atual líder dos Vingadores, super-grupo de heróis formado por Viúva Negra (Scarlett Johansson), Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen), Visão (Paul Bettany), Falcão (Anthony Mackie) e Máquina de Combate (Don Cheadle). O ataque de Ultron fez com que os políticos buscassem algum meio de controlar os super-heróis, já que seus atos afetam toda a humanidade. Tal decisão coloca o Capitão América em rota de colisão com Tony Stark (Robert Downey Jr.), o Homem de Ferro.

Depois do ataque de Ultron, ficou claro que por onde os Vingadores passam eles deixam um rastro de destruição. E por causa disso, o governo de 117 países quer controlar os super-heróis. Não quer que eles fiquem livres a lutando por aí sem qualquer tipo de interferência. A ideia é que os Vingadores sejam chamados apenas quando as Nações Unidas os convocarem. E isso gera uma divisão no grupo. Metade (na liderança de Tony Stark) concorda que respeitar alguns limites é o ideal para o momento e a outra metade (liderada por Steve Rogers), acha um absurdo os Vingadores terem que se submeter a qualquer um.

Não há um lado certo nessa história, cada um luta pelo o que acredita. No entanto, eu sempre fiquei do lado do Tony Stark, apesar de compreender os motivos do Steve. Mas eu não consigo aceitar ele passando tanto pano para o Bucky. Tudo bem que o Bucky era o melhor amigo dele lá na infância/adolescência, mas ele quer que todo mundo perdoe o Bucky da mesma forma.

Mesmo não sendo culpa do Bucky, ele fez muita coisa errada e não tem como os outros terem tanta empatia e generosidade no coração para perdoar assim do nada. E o Steve não entende isso, para ele é Deus no céu e Bucky na Terra e isso me irrita muito.

Steve, o Bucky é seu amigo, mas ele matou os pais de seus outros amigos. Não tem como eles aceitarem isso numa boa, cara.

Também é legal ver a introdução do Pantera Negra e do Homem Aranha nos Vingadores.

E apesar de ser um filme com uma discussão séria, há muitas cenas de humor, tudo pela junção do Homem Aranha, Homem de Ferro e Homem Formiga.

No fim, eu acho que eu teria o mesmo comportamento da Natasha. Começando entendendo um lado e mudando no fim, ao perceber que ele também está certo. E foi a melhor decisão que ela tomou. Romanoff nunca errou e se errou eu passo pano lindamente.

Ficha Técnica

  • Direção: Anthony Russo, Joe Russo
  • Roteiro: Christopher Markus, Stephen McFeely, Joe Simon, John Byrne
  • Produção: Kevin Feige
  • Duração: 147 minutos
  • Classificação: 12 anos
  • Elenco: Chris Evans, Robert Downey Jr., Scarlett Johansson, Anthony Mackie, Chadwick Boseman, Daniel Brühl, Don Cheadle, Elizabeth Olsen, Emily VanCamp, Frank Grillo, Jeremy Renner, Paul Bettany,  Paul Rudd, Sebastian Stan, Tom Holland, William Hurt
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Filme: Homem-Formiga

Homem-Formiga (Ant-Man)
(4/5)
2015

Dr. Hank Pym (Michael Douglas) é o inventor de uma fórmula (traje)que permite o encolhimento. Anos depois da descoberta, ele precisa impedir que seu ex-pupilo Darren Cross (Corey Stoll) consiga replicar o feito e vender a tecnologia para HYDRA. Dr. Pym escolhe o trambiqueiro Scott Lang (Paul Rudd) para usar o traje do Homem-Formiga. Lang, que acabou de sair da prisão e está com dificuldade de achar um trabalho honesto, aceita.

O filme começa em 1988 quando o Dr. Pym desenvolve o traje. As cenas de abertura são bem no estilo canastrão, mas o resto do filme não segue o mesmo estilo.

Nos dias atuais, Scott Lang acaba de sair da prisão e tenta buscar o respeito da ex-mulher, Maggie (Judy Greer), para conseguir passar um tempo com a filha. E ele procura de todas as formas não se meter em confusão e principalmente não se envolver em problemas. Contudo, ele é demitido do recém emprego em uma sorveteria e precisa voltar ao mundo do crime para conseguir dinheiro. Tudo seria um golpe bem simples, coisa que ele já estava acostumado a fazer, mas o que ele não esperava, era que tudo não passava de uma armadilha do Dr. Pym para testar as habilidades de Lang.

Dr. Pym quer impedir que Darren Cross venda a tecnologia para a HYDRA e para isso, ele necessita da ajuda de Lang. Então Dr. Pym começa a treinar Lang para usar o traje e ser o Homem-Formiga.

Há uma boa dose de humor, mas depois de Guardiões das Galáxia, ele se torna um filme bem comum.

Acho as partes de explicação tecnológica bem chatinhas (sou 100% de humanas, mores), apesar de serem de grande relevância para o futuro dos Vingadores, e o humor do filme não é do tipo que me cativa, sendo assim, eu sempre coloco Homem-Formiga lá embaixo nas minhas preferências.

O enredo não é novidade no universo Marvel: cientista desenvolve tecnologia e tem medo dela cair nas mãos erradas. Quantos filmes já vimos assim só nessa maratona? Mas depois de tantas histórias semelhantes, fica cansativo.

Acho sem noção os chiliques que a Hope (Evangeline Lilly), filha do Dr. Pym, dá. A mulher com 35 anos se comportando como uma adolescente ciumenta apenas porque o pai quer que o trambiqueiro use o traje e não ela. Não fez sentido todas as outras características da personagem.

Os efeitos especiais são maravilhosos, a riqueza de detalhes no encolhimento é incrível. Só por isso vale seu tempo.

E a cena da luta do Lang com o Sam Wilson é incrível também.

No mais, nada de espetacular.

Ficha Técnica

  • Direção: Peyton Reed
  • Roteiro: Adam McKay, Edgar Wright, Jack Kirby, Joe Cornish, Joe Cornish, Larry Lieber, Paul Rudd, Stan Lee
  • Produção: Kevin Feige
  • Duração: 117 minutos
  • Classificação: 12 anos
  • Elenco: Paul Rudd, Stan Lee, Corey Stoll, Evangeline Lilly, Chris Evans,  Anthony Mackie, David Dastmalchian, Judy Greer, Michael Douglas, Michael Peña, Wood Harris, Abby Ryder Fortson, Danny Vasquez, Jordi Mollà, Nicholas Barrera
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