Livro: O livreiro de Cabul

Åsne Seierstad
(3/5)
Editora BestBolso (selo Record)
2009
280 páginas
Sinopse: Por ter vivido três meses com uma família afegã, na primavera de 2002, logo após a queda do regime talibã, a jornalista norueguesa Asne Seierstad pôde produzir esta narrativa ímpar que mostra aspectos do país que poucos estrangeiros testemunhariam. Como ocidental, mulher e hóspede de Sultan Khan, um livreiro de Cabul, obteve o privilégio de transitar entre o universo feminino e masculino de uma sociedade islâmica fundamentalista. Preso e torturado durante o regime comunista, Sultan Khan teve sua livraria invadida e parte dos livros queimados, mas alimentava o sonho de ver seu acervo de 10 mil volumes sobre história e literatura afegã transformar-se no núcleo de uma nova Biblioteca Nacional.
Apesar da situação estável, a família do livreiro, dividia uma casa de quatro cômodos em uma cidade que se recuperava da guerra e de trágicos reflexos políticos. Os integrantes da família acostumaram-se à presença da autora sob uma burca. Assim, ela pôde observar relatos das rixas do clã; da exploração sexual das jovens viúvas que esperavam doações de alimentos das organizações de ajuda internacional; da adúltera sufocada com um travesseiro pelos três irmãos sob as ordens da mãe; do exílio no Paquistão da primeira esposa de Sultan Khan, após um segundo casamento com uma moça de 16 anos, do filho adolescente do livreiro obrigado a trabalhar 12 horas por dia sem chance de estudar.
A autora apresenta uma coleção de personagens comoventes que reflete as contradições do Afeganistão, e nos emociona sobretudo ao apresentar a rotina, a pobreza e as limitações impostas às mulheres e aos jovens do país. O protagonista, mesmo sendo um homem de letras, é um tirano na orientação familiar, nos negócios, e pautado pelo radicalismo. Prova disso é que, indignado com o trabalho da autora, o livreiro de Cabul que inspirou o personagem Sultan Khan foi à Noruega com o propósito de pedir reparação judicial.

Opinião: É um livro reportagem que conta a história do Afeganistão logo depois da queda do governo talibã. É um livro muito interessante para quem quer conhecer a cultura e tentar entender um pouco mais esse povo.
Como um livro reportagem ele é excelente! A narrativa é muito bem escrita, com muitos detalhes e, o fato da jornalista, ter realmente vivido com uma família afegã, chegando a usar burca para sair nas ruas, deixou a história ainda mais real.
Comprei o livro porque estava em promoção no Submarino e já tinha ouvido falar bem dele, mas não foi uma das leituras mais prazerosas que eu tive.
É um bom livro, bem escrito, tem coisas interessantes, mas ficou faltando mais envolvimento. E depois de ler tantos livros bons sobre a cultura afegã esse me deixou um pouco entediada.

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Mini Becky Bloom: tal mãe, tal filha

Sophie Kinsella
(5/5)
Sinopse: Becky Bloom está casada com o homem de seus sonhos, Luke, e tem uma filha de dois anos, Minnie, que parece seguir desde já o gosto da mãe por compras e pela moda. Mas criar a filha é muito mais complicado do que parecia ser, pois a garotinha cria confusões por onde passa. E quando Becky decide dar uma festa surpresa para Luke, não será uma tarefa fácil manter os preparativos em segredo do marido.
Opinião: Eu tinha me esquecido porque eu amo tanto a Sophie Kinsella, mas foi só começar a ler que me lembrei exatamente o motivo!! Becky Bloom está de volta e mesmo depois de ser mãe ela não muda sua fixação por comprar.
Comprei o primeiro livro da série quando foi lançado, acho que em 2001, se não me engano, e me apaixonei pela Becky desde então. Tenho uma relação de amor e ódio com ela, pois ao mesmo tempo que ela faz coisas completamente malucas e irritantes não tem como não amá-la e torcer para que tudo acabe bem.
Nesse livro foi exatamente a mesma coisa, fiquei xingando-a mentalmente toda vez que ela se metia em uma confusão das grandes por não falar a verdade e depois torcendo para que tudo acabasse bem.
A Minnie é a coisa mais fofa do livro, mas contrariando todas as fontes, eu acho que ela é sim uma criança mimada, mas continua sendo fofa no final. “Meeeeeu bolsa!”
E agora tem toda a confusão com a festa surpresa de aniversário do Luke e a volta secreta da Elionor e a busca infindável por uma casa nova para eles comprarem. Ou seja, muitaaaa coisa!!! Mas como o livro é de fácil de leitura, mesmo sendo grossinho é possível ler em 2 dias ou menos. Eu consegui em dois dias, lendo apenas no ônibus ^^
E a Sophie deixou uma brecha para um novo “Becky Bloom”, o que me deixou bastante animada, pois depois do último livro (“O chá de bebê”) achei que a série tinha acabado, mas aí ela lançou mais esse e ainda deixou incerto a continuação *_*
Quem é viciado em compras e gosta de livros leves e mulherzinha deve ler!!!
E parem de comprarar o livro com a bosta do filme!! A Becky Bloom não tem N-A-D-A a ver com aquela versão Disney-brega do filme.
Mesmo amando os filmes da Disney, acho que eles estragaram toda a história da Becky Bloom :( a Becky toma bebida alcoolica, faz sexo e não é politicamente correta, essa pessoa não pode estar num filme Disney ¬¬
A parte do filme não tinha nada a ver com a resenha do livro, mas eu precisava desabafar, porque sou indignada com o filme desde as fotos dos sets. ^^

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