Filmes: O Menino Que Matou Meus Pais e A Menina Que Matou Os Pais

Talvez eu devesse escrever um post sobre cada filme em separado, mas eu assisti aos dois em sequência e um complementa o outro, então vou fazer um post duplo com os dois filmes.

Assista aos filmes no Amazon Prime Video.

O Menino Que Matou Meus Pais

(4/5)
2021

O Menino que Matou Meus Pais é a perspectiva de Suzane Von Richthofen (Carla Diaz), que em 2002, foi acusada junto ao seu namorado, Daniel Cravinhos (Leonardo Bittencourt), de cometer o brutal assassinato de seus pais, Manfred Von Richthofen (Leonardo Medeiros) e Marísia von Richthofen (Vera Zimmermann), caso criminal que chocou o país.

De acordo com o diretor, devemos começar a assistir por este filme. Mas quando eu fui assistir, minha Amazon só quis exibir o outro primeiro, mas faz mais sentido começar por este.

Quem acompanhou a repercussão em 2002 e depois o julgamento fica até com preguiça desse filme. Ele é baseado no depoimento que a Suzane deu, é o que está escrito no processo, então é a visão que ela diz ter do Daniel e conhecendo bem o caso, a gente sabe que é tudo balela e como a Suzane é dissimulada.

Todo papinho de “eu era virgem”, “eu tinha um lindo relacionamento com minha mãe”, “eu nem sabia o que era maconha” dá até vontade de revirar os olhos de tanta preguiça.

Na época eu era obcecada com esse caso, tanto que ele foi inspiração para minha monografia do curso de Direito (A influência da mídia no Direito Penal), então tudo o que ela falava ali eu já rebatia da minha cama.

Então você começa assistindo a este filme para passar raiva.

Mas a atuação da Carla Diaz está incrível (apesar da peruca ressecada horrível!). Digitando com os pés porque as mãos estão aplaudindo.

A Menina Que Matou Os Pais

(4.5/5)
2021

A Menina que Matou os Pais é a história do crime que aconteceu em 2002, em São Paulo. A jovem Suzane Von Richthofen (Carla Diaz), junto ao seu namorado Daniel Cravinhos (Leonardo Bittencourt) e seu irmão Cristian (Allan Souza Lima), assassinaram os pais da jovem, Manfred Von Richthofen (Leonardo Medeiros) Marísia (Vera Zimmerman). Neste Filme, Daniel conta seu ponto de vista da mesma história.

Essa é a versão mais ou menos.

Se do ponto de vista da Suzane, a história era chata, do ponto de vista do Daniel, ela fica mais interessante. A Suzane é mais próxima da realidade contada por outras pessoas (não apenas o Daniel), não é aquela menina bobinha e inocente que ela tenta ser no outro filme.

Esse tem cenas mais ousadas também e não falo apenas de sexo. A Suzane fala umas coisas bem pesadas. Se o outro filme se passa em um colégio interno religioso, este se passa em uma escola pública de um bairro violento da periferia.

Mesmo ele tentando jogar a culpa toda em cima dela, o Daniel falou, falou e falou e não me convenceu da motivação dele (pelo menos no filme). Por isso pegou praticamente a mesma pena que ela.

A vantagem de começar com O Menino Que Matou Meus Pais e terminar com A Menina Que Matou Os Pais: a cena final é o crime em si.

O que eu não gostei (e vale para os dois filmes): os cenários! O crime aconteceu em 2002 e as casas ainda tinham muito móveis estilo 90s, no filme os móveis eram mais com a pegada 2010. Me incomodou muito essa falta de cuidado. Só assistir ao episódio da Suzane do Investigação Criminal que tem todos os móveis da casa e a decoração certinha. Era só copiar.

Achei que ficou faltando algumas coisas. Terminar no crime achei anticlímax, achei que poderia ter um pouquinho mais de filme anter de acabar. Colocar o policial dando a notícia da morte, o enterro, os policiais voltando na casa nos dias posteriores e a Suzane indicando o local do crime como se fosse a guia de um museu. Acho que daria um toque a mais se tivesse algumas dessas cenas.

Talvez mostrar o ponto de vista policial também fosse mais interessante para o público tirar suas próprias conclusões, mas enfim, tem vários documentários, podcasts e livros sobre o assunto.

Ficha Técnica

  • Direção: Mauricio Eça
  • Roteiro Ilana Casoy, Raphael Montes
  • Duração: 1h20 minutos
  • Elenco: Carla Diaz, Leonardo Bittencourt, Allan Souza Lima, Leonardo Medeiros, Vera Zimmerman
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Filme: Homem de Ferro 3

Homem de Ferro 3 (Iron Man 3)
(4/5)
2012

Desde o ataque dos chitauri a Nova York, Tony Stark (Robert Downey Jr.) vem lidando com dificuldades para dormir, além de terríveis ataques de ansiedade. Ele teme não conseguir proteger sua namorada Pepper Potts (Gwyneth Paltrow) dos vários inimigos que passou a ter após se tornar o Homem de Ferro. Um deles, o Mandarim (Ben Kingsley), decide atacá-lo com força total, destruindo sua mansão e colocando a vida de Pepper em risco. Para enfrentá-lo Stark precisará ressurgir do fundo do mar, para onde foi levado junto com os destroços da mansão, e superar seu maior medo: o de fracassar.

Acho que o que eu gostei em Homem de Ferro 3 foi que eles buscaram uma história lá de 1999 e inseriram na narrativa atual. E tudo para quê? Isso mesmo, vender ingresso de cinema. Acredito que para o MCU em si, esse filme é o menos relevante, com exceção da cena pós-créditos com o Banner, o que acontece aqui, basicamente é relevante para a história do Tony e da Potts e só. Pode-se dizer que é o filme mais fraco da Marvel.

Gostei de ver o Tony Stark mais vulnerável e perdendo todo o superego dele. Porque o maior defeito dele é justamente esse superego inabalável e quando ele perde isso, ele fica mais humano e próximo da realidade.

Não sei se o vilão era óbvio demais, mesmo colocando toda aquela atmosfera mística em torno do Mandarim, ou se eu já assisti a este filme mais vezes do que o recomendado, mas chega um momento que eu acho até chato quando o Mandarim fake assume que é só um ator e o Tony descobre quem é o verdadeiro.

Eu gostei muito do relacionamento que o Tony criou com o garotinho, achei fofo. O menino é super esperto e os dois juntos rendeu ótimas cenas.

O filme tem mais cenas de comédia e perdeu um pouco do rock and roll e eu não sei se eu gostei disso. Homem de Ferro era o Vingador com as melhores músicas, a troca da trilha sonora me incomodou um pouco. Já a comédia eu achei que em alguns momentos foi legal, mas acho que ela tem mais lugar nos filmes do Thor.

Mesmo assim, isso tudo dá para relevar, o problema mesmo é o final. Algumas coisas ficaram tão confusas que eu precisei procurar na internet depois para ter certeza.

  1. Ele disse que iria curar a Potts e de fato faz isso. Mas como ele faz isso? Cadê o passo a passo? Como eu faço em casa com um tutorial de 2 minutos, uma garrafa pet, vinagre e bicarbonato?
  2. Por que só agora ele decide fazer a cirurgia se o tempo ela era viável?

Aí tem a cena pós-crédito e ele está contando tudo o que aconteceu no filme com o Banner e só? Mano, o que aconteceu aqui? Alguém me explica?

É divertido para ver os efeitos especiais, as armaduras, o Robert Downey Jr. e a Gwyneth Paltrow em cena, mas só. (Falando em Gwyneth Paltrow, achei incrível ela na última cena acertando com força e matando o cara sozinha. Isso aí, garota!)

Vamos recuperar o tempo de história perdido assistindo a Thor Mundo Sombrio e saber o que aconteceu com Loki depois que ele foi levado embora da Terra.

Ficha Técnica

  • Direção: Shane Black,
  • Roteiro: Shane Black, Don Heck, Drew Pearce, Jack Kirby, Larry Lieber, Stan Lee
  • Produção: Jon Favreau, Kevin Feige
  • Duração: 130 minutos
  • Classificação: 12 anos
  • Elenco: Robert Downey Jr., Don Cheadle, Ben Kingsley, Guy Pearce, Gwyneth Paltrow, Jon Favreau, James Badge Dale, Rebecca Hall, Stephanie Szostak, Mark Ruffalo
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Filme: Todos Estão Falando Sobre Jamie

Todos Estão Falando Sobre Jamie (Everybody’s Talking About Jamie)
(5/5)
2021

Disponível no Amazon Prime

Todos Estão Falando Sobre Jamie é uma adaptação do musical homônimo, que conta a história do adolescente britânico de 16 anos Jamie New. Ele se sente muito deslocado porque tem um sonho singular: ele deseja se tornar uma drag queen e fazer disso sua profissão. Jamie não sabe como será seu futuro, mas uma coisa é certa: ele será uma sensação! Incentivado por sua mãe e seus amigos maravilhosos, o jovem vai enfrentar inúmeros preconceitos, superar intimidações para finalmente sair das sombras e revelar ao mundo quem ele realmente é. O musical (e o filme) é baseado em uma história real.

Desde que eu descobri esse musical (quando eu fui pra Londres em 2019), que eu chamo ele de Jamie. Eu nem sabia do que se tratava, mas fiquei curiosa só de ver o cartaz. Por que estavam falando de Jamie? Mas eu só descobri o mundo de bootlegs (gravações ilegais de musicais e peças) recentemente e o tempo para assistir estava curto. Como eu sabia que o filme estava para sair, decidi esperar e foi uma decisão acertada.

Diferentemente de In The Heights, que eu sabia que era um musical da Broadway e eu ficava o tempo todo tentando imaginar como deveria ser as cenas no palco, com Jamie eu não fiz isso em nenhum momento. Obviamente que não dá para esquecer que se trata de um musical porque as músicas estão presentes o tempo todo, mas claramente houve uma mudança dos palcos pensando no audiovisual e funcionou muito bem.

É uma história linda e emocionante. Jamie é um adolescente gay de 16 anos que sofre bullying na escola por ser quem ele é. Mas isso não o diminuiu. Incentivado por sua mãe amorosa e seus amigos ele nutre seu sonho de ser drag queen.

A decisão de ir montado para a festa de formatura acontece no aniversário de 16 anos dele, quando ele é presenteado por um maravilhoso par de sapatos de salto. Então ele toma a decisão de ir de fazer seu debut na festa de formatura, então ele sai para procurar um vestido para combinar com o sapato e entra em uma loja de uma diva drag que o incentiva a performar antes da festa, para ele ir treinando.

Ele faz seu show de estreia e vira assunto na escola.

Para encarar a vida real, ele precisa tirar forças de todas as lições que aprendeu no palco.

O musical não tem nenhuma música mais cativante ou chiclete, mas são todas maravilhosas e a mensagem que passa é linda.

Eu me apaixonei totalmente pela melhor amiga dele (Pritti) e pela mãe (a música He’s my boy é perfeita demais).

Quem assistiu à peça e ao filme disse que teve algumas mudanças e que o filme ficou melhor. Acho que vale à pena conferir.

Ficha Técnica

  • Direção: Jonathan Butterell
  • Roteiro: Dan Gillespie Sells, Tom MacRae
  • Produção: Arnon Milchan, Mark Herbert, Peter Carlton
  • Duração: 115 minutos
  • Gênero: Drama, Musical
  • Elenco: Max Harwood, Lauren Patel, John McCrea, Richard E. Grant, Noah Leggott, Charlotte Salt, Sarah Lancashire, Ralph Ineson, Samuel Bottomley, Shobna Gulati
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