Filme: Capitã Marvel

Capitã Marvel (Captain Marvel)
(4/5)
2019

Carol Danvers (Brie Larson) é uma ex-agente da Força Aérea norte-americana, mas que perdeu a memória e durante seis anos viveu junto com os Kree, fazendo parte do seu exército de elite. Os Kree são inimigos declarados dos Skrull e durante uma missão ela acaba parando na Terra para impedir uma invasão destes. Durante a estadia na Terra ela acaba se encontrando com o agente Nick Fury (Samuel L. Jackson), que a ajuda a descobrir a verdade sobre si.

Confesso que eu torci o nariz quando vi a escolha da Brie Larson para protagonista do filme porque estava acostumada a ver ela em papeis bem diferentes e não achava que ela daria conta, mas foi uma grata surpresa. O filme começa apresentando uma alienígena Kree confusa e com falhas na memória e conforme esses buracos são preenchidos, Vers (nome que ela achava ter) vai ganhando profundidade e cativando o público. E quando ela finalmente se descobre terráquea, entendemos todas as camadas de Carol Danvers.

Mais um filme da Marvel que traz um relacionamento forte de amizade. Aqui o laço é entre Carol e Maria Rambeau (Lashana Lynch). É Rambeau faz o elo entre presente e passado e dá as respostas que Carol precisa. A menina também faz um ótimo trabalho entregando as coisas para a “tia Carol” e ajudando até na escolha do novo figurino da heroína. Com as duas percebemos o lado humano e justo de Danvers que sempre existiu, antes mesmo dela ter ido para o espaço.

Para quem é fã dos anos 90, como eu, o filme traz uma série de pequenas referências que aquecem o coração. Por ser ambientado em 1995, os figurinos e as locações terrestres são da época. Mas a melhor parte, é a trilha sonora. Quando começa a tocar Just a girl do No Dobut, eu não consegui controlar e cantarolei junto porque foi demais para mim. Outra referência é o nome da gata ser Goose (referência ao filme Top Gun).

Tenho mais uma confissão a fazer: eu morria de preguiça de aliens e cenas de espaço e afins até pouco tempo atrás (e por isso eu só fui assistir Star Wars recentemente). Mas pela Carol eu relevaria tudo isso porque ela é incrível! Ela voa entre as galáxias sem nave ou traje especial e tem poderes extraordinários. Impossível não amar essa garota! Capitã Marvel é a heroína mais poderosa da galáxia sim!

As cenas de luta e ação são razoáveis, mas não é a ênfase deste filme. Se você quer tiro, porrada e bomba, calma que tem outros super heróis para isso.

Eu amei que não sexualizaram a Capitã Marvel em poses e figurinos. Talvez por isso o filme só tenha saído em 2019 (e cronologicamente ele se passa em 1995). E apesar de todas as críticas (sem argumentos plausíveis) isso demonstra uma enorme evolução tanto do MCU, quanto da cultura geek. Esse universo ainda é bastante misógino e ver o crescimento de papeis femininos e super heroínas é fantástico.

Está acontecendo aos pouquinhos e com passos de formiga, mas já é alguma coisa.

Vemos o Tesseract novamente e se você não está chegando no Universo Marvel agora, vai achar bem interessante ver o Fury com os dois olhos.

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Ficha Técnica

  • Direção: Anna Boden, Ryan Fleck
  • Roteiro: Gene Colan, Geneva Robertson-Dworet, Meg LeFauve, Nicole Perlman, Roy Thomas
  • Produção: Jonathan Schwartz, Kevin Feige, Lars P. Winther, Louis D’Esposito, Stan Lee, Victoria Alonso
  • Duração: 123 minutos
  • Classificação: 12 anos
  • Elenco: Brie Larson, Samuel L. Jackson, Lashana Lynch, Clark Gregg, Annette Bening, Jude Law
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