Escrevendo FanFics: guia completo

Escrevendo Fanfics

Ok. Eu sei que eu abandonei o blog, mas tudo o que eu queria nessa quarentena era tempo para ficar ociosa (e postar). Como querer não significa poder, só voltei hoje para falar de um assunto que já queria ter falado há muito tempo: FANFICS.

Conheci esse universo quando estava no ensino fundamental, mas recentemente ele voltou com força para minha vida.

Escrevendo Fanfics

O que é?

Fanfics (ou simplesmente fics) são contos ficcionais inspirados em histórias já existentes. Esse movimento teria se iniciado na década de 1960 com histórias inspiradas em Star Trek.

Hoje podem ser inspiradas em absolutamente qualquer coisa, até mesmo pessoas reais (famosas ou não).

Alguns autores apoiam, enquanto outros como George R.R. Martin e Anne Rice não gostam.

Diversos autores começaram sua carreira escrevendo fanfics: E.L. James, Carolina Munhoz, Cassandra Clare e Babi Dewet são alguns exemplos.

A maior vantagem das fanfics é a democratização da escrita. Todos podem escrever, basta ter uma ideia boa. Correção de ortografia e vocabulário vêm com o tempo, mas o foco principal é a criatividade.

Outra coisa que eu gosto é o feedback rápido. Você posta um capítulo e já sabe se o leitor está gostando ou não.

Sobre o que escrever?

Como eu disse, absolutamente qualquer coisa. O que eu acho mágico no universo das fanfics é que você não precisa ter uma história que seja coerente, qualquer tipo absurdo é aceito. Para onde sua imaginação mandar você vai. Quer fazer um crossover envolvendo Harry Potter, Jogos Vorazes e Riverdale? Só vai. Coloque suas ideias no papel e escreva.

Como escrever?

Bom, minhas dicas são:

  1. Tenha uma ideia.
  2. Organize e desenvolva.
  3. Pesquise sobre a história: onde acontecerá? Quando acontecerá? Por que o evento acontecerá? Quem são os personagens? Qual o objetivo dos personagens?
  4. Leia muito: ler é ótimo para você aprender a desenvolver a escrita, além de exercitar a criatividade.
  5. Pratique: escreva, escreva e escreva!

Onde ler/publicar?

Há diversos sites por aí, mas vou citar os que eu conheço: Wattpad, Spirit, Nyah!, Archive of our own, Fanfiction

Para ler em inglês eu gosto muito do Archive of our own e do Fanfiction.

Minha experiência

Eu comecei a escrever no Ensino Fundamental, escrevi umas 3 fics com as Spice Girls. Naquela época não tinha sites ou fóruns sobre fanfics e eu escrevia em folhas de fichário e trocava os capítulos com minhas amigas. A frequência de “postagem” dependia da quantidade de dever de casa e do grau de dificuldade das provas. Então veio o Ensino Médio e a necessidade de estudar para o vestibular, depois faculdade, cursinhos… vida de adulta e eu abandonei por um tempo.

Em 2017 decidi voltar a escrever. Eu estava com uma ideia fixa, já tinha os personagens e a história e comecei a escrever. Demorei para terminar a história? Demorei, mas finalizei. Agora estou com outras duas em andamento e eu não faço a menor ideia quando irei finaliza-las.

Meu processo de escrita funciona assim:

Eu imagino a cena, pesquiso sobre a ambientação (onde está acontecendo? é verossímil?), escolho uma trilha sonora, escrevo e reviso. Todas minhas histórias têm trilha.

Dicas

Tenha uma frequência de postagem e ganhe leitores fieis. Se possível, tenha um ou dois capítulos já escritos ao publicar um. Assim quando você tiver um bloqueio criativo você já tem conteúdo para os seus leitores enquanto novas ideias não surjam.

Ao receber um comentário positivo agradeça. Mantenha um bom relacionamento com os seus leitores.

Se receber um comentário negativo, não guarde aquilo com você. Apague e ignore. Não alimente os haters. Só tenha atenção: o comentário foi realmente negativo ou a pessoa quis te dar uma dica e acabou usando palavras brutas?

Vendendo meu peixe

Quem quiser ler minhas histórias, eu gosto muito de postar no Spirit. Ainda estou tentando entender o Wattpad. Mas cliquem nos links para irem direto ao meu perfil.

Falando um pouquinho das minhas histórias:

Após a escuridão abençoada

A história acontece após o último episódio da terceira temporada de Penny Dreadful (The Blessed Dark – daí o nome estranho). Na verdade, a fic começa quando Ethan aperta o gatilho (quem assistiu sabe o que aconteceu), mas o alvo dele foi outro. Ainda segue o clima vitoriano, misturando terror, sobrenatural, todos os personagens originais. Eu tentei dar um fim mais digno para a série. Coloquei bastante citações de poesias, busquei muita inspiração no John Logan e na série em si. Coloquei cenas que eu quis tanto que acontecessem que meu coração doía. Está finalizada.

Alice in wonderland

Os mais antigos na internet lembram de uma menina que tinha um blog com fonte verdana, escrevia todas as palavras com letra minúscula e o topo era uma ilustração de Alice no País das Maravilhas. A Alice era minha amiga e tinha uma vida que dava uma novela, então por que não escrever sobre ela? Fatos reais, fatos da minha cabeça e totalmente escrita em formato de blog. Ainda em processo de escrita. Reestruturei alguns capítulos e voltei a escrever capítulos originais há pouco tempo.

Underground

Baseada na série Penny Dreadful (Hello darkness my old friend). Uma profecia antiga conta que o Diabo procura sua noiva e assim que ele a reencontrar o mundo se transformará em caos e terá início o apocalipse: Toda luz chegará ao fim e o mundo viverá na escuridão. Os escondidos subirão e comandarão. A história se passa em Londres, 2019 e
Vanessa Ives ainda não sabe, mas este foi o último ano normal na história da humanidade. Ela é a peça chave nesse embate entre luz e trevas. Totalmente inspirada nas desgraças de 2020. Atualização semanal e o fim depende da nossa realidade (estou falando sério, misturo bastante realidade e fantasia, com links de reportagens para provar meu ponto).

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Top 3 de Halloween

Eu adoro Halloween! Na época de escola e curso de inglês era a data mais esperada no ano. Minhas fantasias eram as melhores e eu sempre ganhava prêmios ganhei duas medalhas de melhor fantasia.
Com o passar dos anos as festas e as oportunidades de festa foram acabando, mas a data sempre terá um lugarzinho no meu coração e eu comemoro de outras formas (como postar no blog).
Este ano eu fiz um top 3 das minhas coisas favoritas que tenham a ver com o Halloween:
top 3

TOP 3 FILMES

1. A Órfã
O melhor filme de todos os tempos: uma adorável garotinha de origem russa, de 9 anos é adotada por uma família americana e coisas estranhas começam a acontecer na casa.
E a voz da Esther cantando no trailer? Que amor! Isabelle Fuhrman fez uma atuação excelente. E tem Vera Farmiga divando.
É um filme bem fraco para quem gosta de filmes de terror, mas é um dos meus favoritos de todos os tempos.

2. Invocação do Mal
Pode colocar os dois filmes, né? Vera Farmiga (rainha suprema) e Patrick Wilson fazendo Ed e Lorraine Warren são os melhores. A química entre os dois atores em cena é ótima e eu fico tão encantada com a atuação dos dois que esqueço que são filmes de terror.
A parte mais assustadora nos filmes é no início quando falam que são baseados em fatos reais. A freira maldita do segundo filme também me assustou bastante (porque eu odeio freiras malditas e palhaços), mas o terror é em um nível bem aceitável.
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3. Pânico
A trilogia toda entra aqui, até mesmo o 4º filme que eu não gostei. Pânico foi o filme que me despertou para o gênero. Eu ia pro cinema com minha mãe assistir na estreia e a gente se amarrava.
Assisti a todas as outras franquias, como Eu sei o que vocês fizeram no verão passado… mas nenhum outro filme é tão bom quanto Pânico.
Aprendi todas as dicas de não atender à porta, não ficar conversando com estranhos no telefone e não subir às escadas ao ser perseguida com ele. Merece a colocação.

TOP 3 SÉRIES

1. Penny Dreadful
Amor da minha vida que eu nunca vou superar o fim. Penny Dreadful conta a história de Vanessa Ives e sua luta contra as forças do mal. Tem lobisomem, vampiros, o Dr. Frankstein e sua criatura, bruxas e a melhor parte: Eva Green falando o Verbis Diablo.
Só de lembrar que acabou bateu a bad e a vontade de ir no cemitério levar flores para a Vanessa Ives.
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2. Bates Motel
Olá, Vera Farmiga, você vem sempre aqui?
Eu juro que eu comecei a assistir a série por causa de Psicose e que nem sabia que a Vera fazia parte do elenco (muito menos que era protagonista), mas foi impossível não me apaixonar, né?
Fico com tanta raiva da Norma e do Norman que faço maratona quando começo a assistir. Genial a ideia de fazer uma série contando como o assassino chegou ao auge em Psicose.
Um Tocantins inteiro para a produção.

3. Salem
Dia das Bruxas sem bruxas não é Dia das Bruxas, né amores?
Eu coloquei Salem na geladeira quando viciei muito em Penny Dreadful, mas a história é boa e eu preciso retomar, e quem sabe reassistir tudo.

TOP 3 CLIPES

1. Everybody
Everybody era meu clipe de Halloween preferido quando passava naqueles especiais da MTV. Eu nem gostava muito dos Backstreet Boys, mas Everybody era a música que eu mais gostava e sabia até a coreografia.

2. Don’t wanna let you go
Alguns anos depois Five lançou um clipe na mesma vibe de terror/suspense e eu amei (e não era apenas porque eu era fã da banda).
Tem a utilização da tecnologia para assustar os meninos da banda e eu adoro a fã nerd louca dos computadores.

3. Viva Forever
A música é linda e o vídeo não deveria ser de terror, mas gente a história é muito bizarra. Duas crianças entram na floresta e se perdem. Eles encontram um brinquedo e de dentro dele saem as fadinhas malditas das Spice Girls, que ficam dançando e levam o menino embora.
Quem precisa de filme de terror quando se tem um clipe das Spice Girls? Ninguém, né?

TOP 3 MÚSICAS

1. Halloween – Aqua
2. Thriller – Michael Jackson
3. Highway to hell – AC/DC

TOP 3 LIVROS

1. Os Sete
2. Sétimo
3. Sementes no gelo

Eu não leio muitos livros de terror. Prefiro os romances e os suspenses. Acho que todos os que eu li foram do André Vianco e sou realmente fã da escrita dele. Li muitos livros do cara e todos são bons, mas selecionei os que eu mais gostei.

Meu Top 3 de Halloween ficou assim e o seu? Como seria?

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Penny Dreadful: uma review sobre a decepção

Não é segredo para ninguém que eu sou fã da série Penny Dreadful e quem me acompanhou nas redes sociais nas últimas 7 semanas sabe o tamanho do meu vício (ou talvez obsessão). Nunca uma série tinha me tirado do sério e me feito passar 90% do tempo online vendo e revendo episódios, vídeos de bastidores e montagens feitas por fãs.
Para mim ela é a melhor série dos últimos tempos.
Penny Dreadful
Quando falei da série aqui no blog em 2014 eu só tinha assistido aos primeiros episódios e não tinha noção do tamanho que ela se tornaria, dos detalhes envolvidos e tudo mais que foi me conquistando episódio após episódio. Ela não é uma série de terror, é uma série sobre o amor.
As temporadas eram gravadas em cerca de 6 meses. Havia uma enorme preocupação com detalhes dos figurinos e no comportamento dos personagens. Tudo deveria levar os telespectadores à Londres vitoriana. Nestesvídeos podemos ver um pouco do trabalho nos bastidores e é de encantar qualquer um.

Sinopse

Na primeira temporada conhecemos os personagens principais da trama: Vanessa Ives, Sir Malcolm Murray e Ethan Chandler. Tudo começa com Sir Malcolm procurando sua filha Mina, que foi levada pelas forças do mal. Vanessa, que era a melhor amiga de Mina, o ajuda nesta missão. Ethan, um ótimo atirador, entra na trama por causa de suas habilidades com armas de fogo. Conforme a história começa a evoluir conhecemos o Dr. Victor Frankstein (e sua criatura) e Dorian Gray, que se envolvem no enredo principal, mas têm seus próprios plots.
Na segunda temporada Vanessa é alvo de perseguição de bruxas e Lúcifer e a missão dos demais personagens é protegê-la.
Na terceira e última temporada cada personagem toma um rumo diferente para enfrentar seus próprios demônios.
Esta é a história da série. Simples e objetiva e sem contar nenhum spoiler.
penny-dreadful
Mas não é uma série de terror? Sim, é. Tem possessões demoníacas? Tem, várias, inclusive aparece a língua do diabo (Verbis Diablo) no meio. É uma série sombria? Muito. Sombria, dramática e depressiva. NOUSSA SENHORA! VOU TER PESADELOS, VOU DORMIR COM A LUZ ACESA PRA SEMPRE DEPOIS DE ASSISTIR! Não, não vai.
Não é uma série popular, com clichês e histórias felizes. Não tem sexo e nudez desnecessários. Não tem carnificina só porque o público gosta de batalhas. Não tem sustos o tempo todo.
Mas você pega o roteiro e se apaixona. É simplesmente impossível não querer pegar todas as citações e colocar em caderno para ler e reler. Dentro do contexto da série as frases possuem um significado, mas fora dele também. Várias citações maravilhosas me tocaram na alma. Algumas frases ficaram martelando na minha cabeça porque era tudo o que eu precisava ouvir.
Os personagens praticamente declaram poesias enquanto conversam, mas não é forçado, é tudo tão natural que parece música para os ouvidos.
Ela não fala sobre Lúcifer, bruxas, vampiros e seres sobrenaturais que assombram a era vitoriana. Ela fala sobre nossos demônios internos, aqueles que lutamos diariamente e não admitimos nem para nós que os temos.
E fala sobre o amor. Amor fraterno, paterno, romântico, divino… O amor que existe e não é correspondido, o amor que não é expressado, o amor que decepciona, o amor que não existe, o amor que busca o perdão.
O amor não é perfeito, a vida não é perfeita, ninguém é inteiramente feliz e a série nos leva justamente para este lado. Vemos os personagens lutando contra os demônios e aprendemos com eles como lidar com os nossos próprios.
A série é uma terapia com 27 horas de duração.
Por isso que eu fiquei sem chão quando eu soube que a série tinha acabado. Acabado, não cancelada. Cheguei ao último episódio da terceira temporada e me deparei com um The End no final. E aquilo acabou com a minha vida.
in Penny Dreadful (season 3, episode 3). - Photo: Jonathan Hession/SHOWTIME - Photo ID: PennyDreadful_303_0046
A PARTIR DAQUI TEREMOS MUITOS SPOILERS, SÓ LEIA SE VOCÊ JÁ TERMINOU DE ASSISTIR ÀS TRÊS TEMPORADAS.
Assim que eu terminei de assistir ao 7º episódio da terceira temporada eu já estava ansiosa para os últimos episódios porque a Showtime resolveu exibi-los juntos, um após o outros. Duas horas de Penny Dreadful! E aquilo era maravilhoso!
A terceira temporada toda me deixou ansiosa. Todos tinham ido embora e deixado Vanessa sozinha em Londres. Sir Malcolm foi para a África enterrar Sembene, o que era de se esperar.
Ethan voltou para os EUA, sua terra natal. Ele tinha medo de ficar com Vanessa e “fugiu”. Ele achava que seria problema demais para Vanessa que já tinha sofrido muito. Ele se sentia amaldiçoado e foi embora.
Após a derrota de Lúcifer na segunda temporada eles acreditaram que Vanessa ficaria bem. Mas ela não ficou. Lúcifer não deu as caras, mas ela entrou em depressão e começou a se tratar. Ela tinha perdido a família (Sir Malcolm), o amado (Ethan) e a fé (deixou de acreditar de Deus) e estava perdida.
Seguindo o tratamento ela começou a sair de casa e conheceu o lindo e charmoso Dr. Sweet. Ela se apaixonou e decidiu se entregar a ele. Mas então ela descobriu que ele a enganou. Ele era o Drácula e só se aproximou dela porque ela era a reencarnação de Amunet. Ele queria Amunet, a mãe do mal e por consequência Vanessa.
A vida inteira ela vinha lutando contra as forças do mal e eles a perseguiam. Ela não tinha paz e sabia que enquanto vivesse ela seria uma ameaça para a humanidade. Ela desencadearia o Apocalipse.
E eu fiquei com raiva.
ethan
Eu sabia que a Vanessa nunca seria feliz e que a série nunca teria um final feliz, mas eu shippava tanto Ethan e Vanessa (Ethanessa) que meu coração doía. Eu queria dois minutos deles juntos, se declarando, se abraçando e se beijando. Dele pedindo desculpas por tê-la abandonado, dela ouvindo ele entregar seu coração como ela tinha feito, mas o reencontro deles não foi assim. Eles só reencontraram para que ela morresse pelas mãos dele.
Não queria que ela morresse daquele jeito. Não queria que ela morresse agora. Não queria ter que me despedir dos personagens agora.

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Senti raiva do Ethan por tê-la abandonado e fugido e por só ter dado conta do amor que sentia quando já era tarde demais.
Senti raiva do autor por ter escondido que seria a última temporada da série. Senti raiva da Eva Green por querer sair da série para não ficar com o estereótipo de gótica. Fiquei com raiva da Showtime por ter feito um trabalho péssimo de divulgação, marketing e exibição da temporada (domingo, na mesma época de Game of Thrones, logo depois da exibição da série atual de maior sucesso). Raiva por ter personagens novos na terceira temporada que praticamente fizeram figuração. Raiva, muita raiva. E decepção.
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Decepção por ter acabado quando eu não estava pronta para me despedir. Decepção por saber que esta poderia ter sido a última temporada e mesmo assim ter alimentado esperanças. Decepção por me envolver tanto com uma ficção.
Quando comecei a assistir ao último episódio eu já estava com um pressentimento de que seria o fim da série e já fiquei com um nó na garganta e um frio na espinha. Conforme os minutos finais foram chegando o frio da espinha se espalhou pelo resto do corpo e eu fiquei sem ação. Não conseguia parar de assistir, pois queria saber o final (que eu já previa), mas também não queria assistir pois não queria ter a confirmação da minha teoria. E então eu desabei.
Chorei e fiquei pior do que quando terminei com meu namorado. Não consegui dormir sem ter pesadelos. Desencadeei uma crise de ansiedade e perdi totalmente o chão.
Ver ou ouvir qualquer coisa sobre a série me machucava, então fugi das redes sociais, mas eu precisava das redes sociais para falar sobre isso com pessoas que também estavam tão mal quanto eu. Foi um dilema difícil de lidar. Não conseguia nem ficar deitada em posição fetal esperando a morte, porque isto não aliviava minha dor.
O assunto do início da semana foi só esse e eu não sabia lidar.
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Eu tinha tantas teorias em mentes, tantas histórias para serem desenvolvidas em uma quarta temporada. Eu estava acreditando que Vanessa seguiria o conselho de Catriona e seria uma agente espiã para acabar com Drácula. E contava que Sir Malcolm, Ethan e os outros viriam ao socorro dela. Pensei em uma quarta temporada explorando mitos egípcios (com o Mr. Lyle trazendo muitas novidades). Queria Catriona no plot principal destilando poder feminino junto com Vanessa. Esperei o momento em que Sir Malcolm contasse para Vanessa que na verdade ele era o pai dela. Ansiei por Ethan brigando com o Dr. Frankstein pelo o que ele fez com Brona. Pensei em Brona se encontrando com Mr. Clare e os dois falando sobre o sofrimento de perder um filho…
Tantas teorias e sonhos que não levaram a lugar nenhum.
A morte “precoce” da Vanessa me deixou indignada porque ela lutou tanto, sofreu tanto e no final acabou se entregando. E Ethan que sempre lutou por ela, que disse que enquanto vivesse não deixaria ela se entregar ao mal não conseguiu salva-la. Parece que os três últimos anos foram em vão.
E ainda tenho tantas dúvidas e indagações que nunca serão esclarecidas. Nunca saberei se a série terminou agora por causa da baixa audiência, se ela já tinha sido planejada para acabar, se a Showtime estava esperando premiação no Golden Globes (que acontece durante as gravações finais do seriado) para dar ou não continuidade a série, se Eva Green queria mesmo sair…
Vanessa Ives morreu, levou a série junto e me deixou viúva.
finale
Gifs: Penny Dreadful | Fotos: Fernando

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