Livro: Trono de Vidro

Trono de Vidro
Trono de Vidro

(4/5)
Sarah J Maas
Galera Record
2013
392 páginas
E-book | Livro

Trono de Vidro é o primeiro livro da série Trono de Vidro e também o primeiro livro da autora Sarah J Maas. Eu nunca tive interesse em ler essa série porque são muitos livros (8 no total), mas eu vi que ia ter Leitura Coletiva dele lá no Coletivo da Retipatia no Instagram e resolvi dar uma chance.

Como é o primeiro livro da autora eu já não estava com as expectativas muito altas, pois sei que a escrita é aprimorada na prática, mas fui surpreendida positivamente.

O livro conta a história de Celaena Sardothien, a melhor assassina de Adarlan. Aos 18 anos ela está presa em Endovier cumprindo sua pena quando recebe a proposta de representar o príncipe em uma competição com outros assassinos e criminosos habilidosos do reino. Caso vença, ela será a campeã do Rei e deverá servi-lo por alguns anos, mas após isso estará livre para viver como bem entender.

– Todos carregamos cicatrizes, Dorian. As minhas são apenas mais visíveis que as da maioria.

Como passar os dias em Endovier é uma verdadeira sentença de morte, Celaena topa sem pestanejar. O príncipe e o capitão da guarda farão de tudo para protegê-la, mas há coisas que fogem ao alcance deles.

Há anos a magia foi banida de Adarlan, mesmo assim, símbolos de rituais antigos começam a aparecer ao mesmo tempo que competidores surgem mortos antes das provas, de maneira terrível.

Algo maligno habita o castelo e a assassina começa a procurar o que a está ameaçando. No meio dessas buscas e da competição ela encontra a amizade e o amor.

Porque há pessoas que precisam tanto ser salvas por você quanto você precisava ser salva.

O livro é bom, mas senti falta de uma apresentação do universo, como a Sarah faz nos outros livros. É uma história muito boa e entendi porque teve tantos livros e continuação porque há bastante pano para manga.

Eu demorei um pouco para me conectar com a história, diferente dos outros livros da Sarah que já caio de cabeça mergulhando no enredo. Mas acho que isso aconteceu porque estou acostumada a ler os livros mais recentes dela, então tudo bem.

As páginas finais são de tirar o fôlego, eu pisquei e terminei o livro porque eu precisava saber o que acontecia e quem estava matando os competidores.

Tem magia, tem amizade, tem romance (bem de leve) e tem bastante ação. Ando recomendando fantasia para todo mundo ler e conseguir sobreviver a essa pandemia, então se jogue em todos os livros da Sarah J Maas e não se arrependa.

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Livro: A Corte de Espinhos e Rosas (ACOTAR)

A Corte de Espinhos e Rosas (ou série ACOTAR, como é conhecida) é uma série escrita por Sara J. Maas. Já foram lançados três livros na série principal e um spin-off que fará a ponte com mais 3 livros que darão sequencia à história.

Em Corte de Espinhos e Rosas conhecemos a vida de Feyre, uma jovem humana que teve que assumir sozinha o sustento de sua família. Vivem com ela em um pequeno chalé suas duas irmãs mais velhas e seu pai, que está ‘doente’porém realmente não se esforça para ajudar em nada.

O mundo onde se passa a Corte de Espinhos e Rosas é um mundo divido. 500 anos antes, uma guerra terrível entre feéricos (seres místicos semelhantes aos elfos em aparência) e humanos quase levou à extinção de ambas as raças. Desde então, eles vivem separados por uma muralha mágica e invisível. Um tratado garante que ninguém passe para o outro lado da muralha, assegurando a paz.

Mas um dia, enquanto caçava, Feyre acaba matando um feérico. E na mesma noite, uma fera bestial aparece em sua porta cobrando a dívida. Sem escolha, Feyre é arrastada para o outro lado da muralha. Lá ela lutará para sobreviver, se adaptar e compreender um mundo mágico do qual ela não sabia absolutamente nada.

Uma releitura de um clássico

Primeiramente, o leitor deve terem mente que ACOTAR é uma releitura da A Bela e a Fera. Feyre, é uma protagonista forte, um pouco mesquinha e devido à seu passado, tem grande dificuldade em aceitar ajuda. Ela não gosta de deixar a mostra seus pontos fracos, porque durante muito tempo a fraqueza representava não ter o que comer naquela noite.

Já seu par romântico, Tamlin, a mantém cativa em sua mansão como pagamento por ter tirado a vida de um feérico. No entanto, ao mesmo tempo que a prende, ele a cerca com todo tipo de conforto. Seria ele um herói ou vilão? E afinal de contas, por que ele a trata tão bem?

Para alguns leitores o começo pode parecer lento, mas eu garanto, vale a pena ler até o final. Muitas das coisas que não fazem sentido encontram uma explicação conforme a narrativa avança e ficam poucas pontas soltas para o volume seguinte.

Nem tudo são flores

Ouro ponto positivo foi o cuidado em problematizar relacionamentos abusivos e deixar claro que amor é diferente de sentimento de posse. Isso foi melhor desenvolvido na sequencia da série e me deixou feliz, pois é comum vermos nesse gênero a romantização de atitudes violentas como se fosse “fofo”.

Minha única ressalva fica por conta dos gatilhos: violência e relacionamentos abusivos são os principais.

“- (…) não se case com Tomas Mandray. O pai dele bate na mulher, e nenhum dos filhos faz nada para impedir. – Os olhos de Nestha se arregalaram, mas acrescentei – Hematomas são mais difíceis de esconder do que a pobreza”

Para os interessados, a boa notícia é que as capas brasileiras são muito mais bonitas que as gringas e pra quem, assim como eu, gosta de ler no kindle, os ebooks estão em promoção. =]

Fica minha recomendação de leitura para todos aqueles que estão à procura de um universo mítico interessante cheio de plot twists inesperados.

#polypopfaz13 Esse post faz parte de uma série de posts em colaboração com outros amigos blogueiros

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Livro: O farol e a tempestade

(5/5)
Romulo Felippe
Novo Conceito
304 páginas
2019

O farol e a tempestade é o terceiro livro do autor capixava Romulo Felippe e conta a história do autor best-seller Samuel Jones, que vive recluso na remota ilha de Farethon, no Atlântico Norte.

Sam perdeu a família em um acidente de carro e desde então passou a viver na ilha em companhia do gato Charles. Um dia, desesperançoso com a vida, ele decidiu que não viveria mais e pediu uma luz a Deus, antes de dar fim à sua vida. Foi então que uma bolo de fogo riscou os céus no meio de uma tempestade.

Uma aeronave cai no mar e sem hesitar Sam pega o barco e rema em direção ao local do acidente. Ele resgata a única sobrevivente do acidente, a fotógrafa nova-iorquina Anne Crawford.

Sem saber que Anne era tudo o que Sam pediu aos céus, ele a ajuda se recuperar do acidente e ela também o ajuda a voltar a ter fé na vida.

Por conta da tempestade, Sam fica sem comunicação com o continente e não pode avisar ninguém de sua hóspede.

Enquanto vivem como Emmeline  e Richard (quem assistiu ao filme A Lagoa Azul mais de 5 vezes na sessão da tarde?), o pai e o ex-marido de Anne procuram por qualquer vestígio do avião.

Desde o começo o livro é cheio de reviravoltas, o que torna a leitura muito dinâmica. Há o acidente de avião e logo depois vamos descobrindo juntamente com os personagens quem são Sam e Anne.

Inevitavelmente eles se apaixonam e a gente se apaixona junto. O casal tem bastante química e os dois possuem tragédias em suas bagagens de vida. A torcida para que os dois consigam ficar juntos e juntar todos os pedacinhos quebrados é enorme e a cada passo no caminho da felicidade faz a gente ficar com o coração quentinho durante a leitura.

Mas eu disse que tem muitas reviravoltas, então a cada capítulo tudo pode ser diferente.

O livro é escrito em terceira pessoa e os capítulos são curtinhos. Além da linguagem clara e da história envolvente. Apesar de algumas partes mais pesadas, pois trata de trauma vividos no passado dos personagens, é uma leitura tranquila.

Em alguns momentos lágrimas são inevitáveis, mas eu garanto que valem à pena serem derramadas.

A diagramação é bem feita. Fonte e espaçamentos bons para a leitura. E o livro é cheio de belíssimas ilustrações.

A capa também é linda e por diversas vezes me peguei admirando o farol.

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