Livro: P.S. Eu te amo

Cecelia Ahern
(5/5)
Editora Novo Conceito
2012
368 páginas

Sinopse: Gerry e Holly eram namorados de infância e ficariam juntos para sempre, até que o inimaginável acontece e Gerry morre, deixando-a devastada. Conforme seu aniversário de 30 anos se aproxima, Holly descobre um pacote de cartas nas quais Gerry, gentilmente, a guia em sua nova vida sem ele. Com ajuda de seus amigos e de sua família barulhenta e carinhosa, Holly consegue rir, chorar, cantar, dançar e ser mais corajosa do que nunca.

Opinião: Terminei de ler o livro à pouco tempo e apesar de querer contar muito a minha opinião ainda não sei se conseguirei traduzir em palavras tudo que senti ao lê-lo.
Por causa do filme todo mundo sabe de cor a história de Holly e Gerry, mas a primeira coisa a se fazer quando iniciar a leitura do livro é esquecer do filme.
Eu não consegui imaginar outra pessoa senão o Gerard Butler no papel de Gerry e a Hilary Swank no papel de Holly (mesmo a Holly do livro sendo LOIRA), mas tentei.
Fazendo um paralelo, a história do livro se passa na Irlanda e não nos EUA, como no filme. Holly e Gerry se conhecem na escola. Os pais de Holly são vivos e vivem bem e ela possui quatro irmãos: o certinho do Richard, o melhor amigo Jack, a louca Ciara e o cineastra Declan. Ou seja, as histórias são um pouco diferentes.
A leitura já começa triste, com a Holly completamente arrasada pela morte do Gerry e fica ainda mais triste quando ela recebe o pacote de cartas. É impossível não derramar rios de lágrimas nesses capítulos iniciais. Mas conforme a história avança, Holly vai conseguindo superar a perda e, devido as diferenças com o filme, mais curiosa eu fui ficando em relação ao final.

Minha amada Holly,
Não sei onde você está e onde exatamente está lendo isso. Só espero que esteja bem. Você me disse há pouco que não conseguiria continuar sozinha. Mas você consegue sim, Holly.
Você é forte, corajosa e vai conseguir passar por isso. Vivemos coisas lindas juntos e você fez a minha vida… Você fez a minha vida. Não tenho arrependimentos. Mas sou apenas um capítulo de sua vida, muitos outros virão. Guarde nossas lindas lembranças, mas, por favor, não tenha medo de criar outras.
Obrigado por me dar a honra de ser minha esposa. Por tudo, sou eternamente grato.
Sempre que precisar d mim, saiba que estarei com você;
Amor eterno, de seu marido e melhor amigo,
Gerry
P.S.: prometi que faria uma lista, então aqui está. Os próximos envelopes deverão ser abertos exatamente no mês certo. Obedeça. E lembre-se de que estou cuidando de você, por isso vou saber…
(p.29)

Vou confessar que chorei rios nessa parte incial de luto, mas o livro não é só de choros. É possível rir e se divertir. Principalmente com as partes da Ciara, da Denise e da Sharon.

– Você fez mais tatuagens? – perguntou Holly
– Sim, olha só. – Ciara se levantou e abaixou a calça, revelando uma borboleta no traseiro.
Seus pais, Richard e Meredith protestaram, abismados, mas os outros riram sem parar. E ficaram assim por um bom tempo. Por fim, Ciara se desculpou e Meredith tirou a mão da frente dos olhos de Emily, e todos se acalmaram.
(p.43-44)

Ciara acabou se tornando uma das minhas personagens preferidas por causa de toda sua espontaneidade e cabelo cor-de-rosa. Mas Sharon e Denise possuem lugares especiais por serem aquelas amigas-irmãs mais família que a própria família.

– Aquela rua fez com que eu me sentisse tão esquisita – disse Sharon, de repente.
– A mim também! – Denise arregalou os olhos. – Desde quando as pessoas começaram a sair ainda tão jovens?
Sharon começou a rir.
– Denise, as pessoas não estão ficando mais jovens, somos nós que estamos envelhecendo, receio dizer.
(p. 181 – 182)

Em relação ao design, a capa do livro é linda! Adoro quando o título do livro vem em alto-relevo e brilhante.
A diagramação é boa e adorei os poás e coração flechado no início dos capítulos. E os capítulos começam todos na página direita, o que contribui para o meu TOC dos capítulos na página da direita.
E queria aproveitar e parabenizar a Editora Novo Conceito pela excelente campanha promocional de enviar cartas com os bilhetes do Gerry para os parceiros. Amei!

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Livro: Um lugar para ficar

Deb Caletti
(4/5)
Editora Novo Conceito
2012
272 páginas

Sinopse: O relacionamento de Clara com Christian é intenso desde o começo e diferente de tudo o que ela já havia experimentado. No entanto, o que começa como um grande afeto rapidamente se transforma em obsessão, e já é muito tarde quando Clara percebe que as coisas foram longe demais e que Christian está disposto a fazer de tudo para ficar ao seu lado. Então, Clara parte da cidade e Christian fica para trás. Ninguém sabe onde ela está, mas, mesmo assim, Clara ainda luta para se livrar do medo. Ela sabe que Christian não vai permitir que ela suma tão facilmente. Não importa para onde ela vá, nunca será longe o bastante…

Opinião: O livro é em primeira pessoa e conta o ponto de vista de Clara. Os capítulos são intercalados, ora contando a situação real em que vive e ora contando como ela conheceu e começou a se relacionar com Christian.
Achei os primeiros capítulos um pouco confusos por conta disso, mas nada que atrapalhasse a leitura, já que eles são curtos.
A leitura é bem tranquila e flui perfeitamente bem, dá para ler tranquilamente numa tarde. Mas confesso que mais para o fim do livro eu fiquei meio apreensiva quanto ao final da trama. O comportamento de Christian começa a ficar tão assustador que fiquei com medo do que poderia acontecer.

– Por que você não me falou que ia à biblioteca? – ele me perguntou uma vez.
– Eu não sabia. Decidi na última hora.
– Você simplesmente decidiu enquanto passava por perto? A dez minutos do seu caminho?
– Isso não é racional, Christian. Não é uma equação matemática onde você pode achar um erro. Eu decidi e fui.
– Quando uma pessoa não fala o que planeja fazer, faz você imaginar que ela tem alguma coisa a esconder.
– Christian, escute. Você tem que parar com isso. Você vai destruir nossa relação. Todo esse ciúme, essa desconfiança, não fica bem em você. Não é algo atraente. Você está acabando com tudo. (p. 118)

Ele era esse namorado controlador e ciumento, que apesar de não ser violento, tinha o comportamento obsessivo por Claro e isso, obviamente, estava sufocando-a. Ela não sabia mais o que fazer para se libertar, posto que nesses casos, terminar o relacionamento não liberta a pessoa.
Christian ficou pior com o fim do namoro e Clara teve que ir com o pai para uma cidadezinha praiana chamada Bishop Rock a fim de se afastar do garoto.
O pai de Clara era um escritor de best-sellers famoso e tanto ele quanto Clara gostavam muito de ler. Me identifiquei muito com a paixão pela leitura, que li um trecho que eu poderia ter escrito:

Eu costumava tentar ler um livro que não estava me interessante, e, às vezes, quando me dava conta, já o tinha lido por inteiro, sempre esperando que algo diferente acontecesse no final. Talvez eu não entendesse por que me sentia assiim em relação a leitura de um livro. Parece que eu tinha obrigação com o livro, com as pessoas, não importa se eram reais ou de ficção. (p. 37)

Acho que essa identificação com Clara me prendeu ainda mais à leitura e ficar tão ansiosa quanto ao final da história. Gostei de ver como ela amadureceu ao longo da narrativa e conseguiu superar seu medo. Talvez, o mais importante foi que ela não desistiu das pessoas, apesar de tudo que passou com Christian.

De repente, bem ali, na praia com Finn Bishop, aprendi que o amor verdadeiro não é aquele que prende, sufoca, envolvendo os dois numa dança macabra. Não, ele deixa você livre para pisar em chão firme, e para o outro poder fazer o mesmo, com bastante espaço entre vocês dois. (p. 202)

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Livro: Bem mais perto

Susane Colasanti
(3/5)
Editora Novo Conceito
2012
240 páginas
Sinopse: Quando Brooke descobre que o amor de sua vida, Scott Abrams, está se mudando do subúrbio de New Jersey para Nova York, ela decide segui-lo até lá. Viver com o pai ausente e se adaptar a uma escola totalmente nova são desafiantes para ela — e as coisas ficam ainda piores quando ela descobre que Scott já tem uma namorada. Mas como ela aprende a sobreviver na cidade grande, começa a descobrir todo um novo lado de si mesma e percebe que, às vezes, o amor pode te encontrar mesmo quando você não está olhando para ele.

Opinião: Estava querendo um livro fininho para ler e peguei esse sem nem olhar a sinopse direito, se tivesse lido não me surpreenderia tanto assim.
Claramente é um livro adolescente, todo passado no ambiente escolar e com personagens adolescentes. Mas o fato que mais me chamou a atenção foi a protagonista largar tudo para ir atrás de um garoto que ela mal conhecia. Ela tinha essa paixonite platônica pelo Scott Abrams, colocou na cabeça que ele era o amor da vida dela e decidiu largar escola, amigos e a mãe para morar com o pai, que ela não via há 6 anos.
Eu sei que adolescentes muitas vezes fazem coisas sem pensar, mas qual a lógica disso tudo?!
No início eu até achava que Brooke e Scott eram amigos ou até mesmo próximos e ele teve ir para Nova York e ela resolveu ir atrás dele e mostrar que o amava, mas logo nos primeiros capítulos fica claro que eles mal se conheciam.
Esse fato por si só me fez desgostar da protagonista. Então eu descubro que a menina é uma gênia, com QI acima da média, mas, que por não concordar com o sistema escolar, tira notas baixas e não quer que ninguém saiba que ela é superdotada.
Novamente, qual a lógica?
Adolescentes normalmente não concordam com o sistema e querem lutar para consertar o mundo (pelo menos eu convivi com vários deles na minha época de Ensino Médio), mas daí desperdiçar a chance de estudar nas melhores universidades por causa de birrinha com o sistema?! Sério. Nunca vi ninguém fazer isso, principalmente quando eles estão no último ano escolar e todo mundo só está pensando em ir para universidade.
Achei meio sem sentido uma garota inteligente como a Brooke fazer tantas imbecilidades. Ficou muito artificial.
Ao longo do livro ela vai amadurecendo e conhecendo novos amigos que a ajudam nesse processo, mas mesmo assim achei o enredo a desejar. Por isso, apesar do livro ser fininho e de leitura leve acabei demorando mais do que o normal para terminar de ler.
Apesar disso, a autora faz descrições bem interessantes de Nova York e nos deixa morrendo de vontade de conhecer os lugares por onde a Brooke passa para ficarmos observando os detalhes, principalmente as caixas-d’água suspensas.
Quanto ao design, adorei a capa! É jovem, descontraída e a fotografia é linda!
A diagramação é boa e o miolo é bonito, não tem excepcional, mas o visual limpo deixa a leitura fluir bem.
Não encontrei nenhum erro substancial no texto como um todo.

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