Livro: O sangue do cordeiro

O_SANGUE_DO_CORDEIRO Sam Cabot
(4/5)
Editora Arqueiro
2015
367

Eu terminei de ler esse livro há 4 dias e eu ainda não sei o que falar sobre ele. Não sei se ele foi muito bom, muito ruim ou se eu queimo o livro e mando as cinzas para os autores.
Autores no plural porque Sam Cabot é um pseudônimo de dois autores, Carlos Dews e S.J. Rozan. Dews é professor do Departamento de Língua e Literatura Inglesa na Universidade John Cabot, onde dirige o Instituto de Escrita Criativa e Tradução Literária. S.J. Rozan é uma autora de contos policiais.

Este documentos, querida amiga, vai abalar a Igreja.

Essa frase impactante está na contracapa e inicia a sinopse da história.
Thomas Kelly é um padre da ordem dos jesuítas e um grande estudioso. Ele é convidado por um amigo para ir ao Vaticano localizar um documento antigo que pode mudar de vez a história da Igreja Católica.
Simultaneamente, Livia Pietro recebe instruções de encontrar o padre Kelly e juntar-se a ele na busca desse documento, uma Concordata que contém um segredo que abalará o mundo todo.
Os dois se encontram e formam uma dupla completamente improvável. A princípio bem a bem contragosto de Thomas Kelly, mas a aliança é necessária e eles têm pouco tempo para encontrar o documento e evitar que se instaure o caos no mundo.
Além da misteriosa Concordata, Lívia também tem um segredo: ela é uma noantri. Noantri é a junção de duas palavras em latim e significa “nós outros”. Os noantris são vampiros e vivem entre nós, em nossa sociedade.
E qual a relação entre vampiros e a Igreja? Esse é o ponto chave do livro e uma curiosidade que permanecerá nas páginas até o final. E quando eu digo final é final mesmo. Praticamente na última página o grande segredo é revelado e a bomba que é lançada cai com tanta força que eu tive que ler duas vezes o mesmo trecho e ainda estou sem saber o que pensar a respeito disso.

A sutileza faz parte da essência do mal.
P. 139

A narrativa do livro é em terceira pessoa. É um livro bem detalhado, cheio de ação e suspense. Lembra um pouco as histórias de Dan Brown, com menções à igrejas romanas, decodificar poemas e buscas por documentos e símbolos perdidos.
Quando eu vi que era um livro estilo os do Dan Brown fiquei bem animada para ler, mas quando iniciei a leitura me decepcionei um pouco porque a narrativa não se parece com o estilo dele. E demorei um pouco para me acostumar com a escrita dos autores, mas depois disso consegui fluir muito bem na leitura.
Confesso que antes de ler achei um pouco bizarro o fato de ter vampiros em uma história que não tem foco o mundo vampiresco, mas me surpreendi positivamente com isso.
Meu único porém é que eu gosto de vampiros que não saem no sol, têm sede de sangue e possuem uma convivência conturbada com humanos e os noantri não são esse estilo de vampiro. Mas também não são os vampiros de Crepúsculo, se é que entendem.
O sangue do cordeiro é um livro instigante e que te prende do início ao fim. Recomendo a leitura para quem gosta de mistérios e livros no estilo de Dan. E quem ler, por favor, volte aqui conversar comigo porque eu preciso compartilhar minha surpresa com final. Grata.

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