Livro: Estilhaça-me

Tahereh Mafi
(5/5)
Editora Novo Conceito
2012
304 páginas

Sinopse: Juliette não toca alguém a exatamente 264 dias. A última vez que ela o fez, que foi por acidente, foi presa por assassinato. Ninguém sabe por que o toque de Juliette é fatal. Enquanto ela não fere ninguém, ninguém realmente se importa. O mundo está ocupado demais se desmoronando para se importar com uma menina de 17 anos de idade. Doenças estão acabando com a população, a comida é difícil de encontrar, os pássaros não voam mais, e as nuvens são da cor errada. O Restabelecimento disse que seu caminho era a única maneira de consertar as coisas, então eles jogaram Juliette em uma célula. Agora muitas pessoas estão mortas, os sobreviventes estão sussurrando guerra – e o Restabelecimento mudou sua mente. Talvez Juliette é mais do que uma alma torturada de pelúcia em um corpo venenoso. Talvez ela seja exatamente o que precisamos agora. Juliette tem que fazer uma escolha: ser uma arma. Ou ser um guerreiro.

Opinião: Quando comecei a ler já tinham vários comentários pipocando no Twitter sobre como o livro era bom, mas eu não estava criando muitas expectativas com medo de me arrepender.
Mas como a capa é incrível, fiquei seduzida por ela e comecei a ler. Não consegui entender algumas coisas no início da narrativa e estava completamente perdida: Quem é essa menina? Por que ela está aqui? Que lugar é esse? Então eu percebi que essa era a principal característica da escrita da Tahereh Mafi e o que me fez ficar absolutamente vidrada na história.
A escritora vai dando informações em doses homeopáticas e a cada linha lida a vontade de saber mais a respeito da Juliette aumenta. Quanto mais eu avançava na leitura mais dúvidas surgiram e mais eu me envolvia na estória e mais eu queria respostas. Achei que isso foi genial da parte da Tahereh. O livro tem esse lado misterioso, é um suspense delicioso que só te prende na leitura.
Outra coisa que eu achei muito bacana foram alguns trechos e palavras tachados no meio do texto. Como pensamentos da Juliette que não foram verbalizados ou pensamentos que ela evitava. Primeira vez que eu vejo algo assim em um livro. Gostei da inovação.
Então, depois de absorver todas as novidades e ficar encantada com o livro, eis que surge o ADAM! E Adam é uma mistura de Daniel (Fallen) com Peeta (Jogos Vorazes) e Patch (Hush, Hush), ou seja: OMG! Impossível não suspirar por ele, como também é impossível não suspirar por nenhum outro desses mocinhos citados.
E quando eu digo suspirar, estou falando literalmente em suspirar. Os trechos com ele são envolventes, sedutores, quentes e de tirar o fôlego! Dá vontade de arrancar o personagem de dentro do livro e bulina-lo até não sobrar Adam pra contar história (meninas, leiam e me entenderão perfeitamente).
Mas infelizmente, são apenas 304 páginas, que são devoradas tão deliciosamente que parece que foram lidas apenas 50.
A boa notícia é que a história de Juliette não acaba por aí e em breve teremos mais Adam para encher nossa imaginação. Yay!
Não vou dar mais detalhes além da sinopse para não estragar a emoção da leitura. Será que consegui convencer alguém a ler? Rs.
P.S: vou sortear um kit do livro assim que o blog atingir as 1000 curtidas no Facebook. Para participar é só clicar aqui.

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Livro: Imaginário Feminino

Camille Thomaz
(5/5)
Editora Alcantis/APED
2012
104 páginas

Sinopse: O amado universo feminino é preenchido por mistérios e dá abertura para abordar os mais variados temas. É poderoso, pode mudar o rumo de uma história. Este universo jamais será desvendado: “Fato.”
Pois bem, saiba que algo singular, nas entrelinhas de uma inteligente narrativa, transborda nas páginas desse livro. As palavras se traduzem em sentimentos, desilusões, vivências e passagens (aparentemente) tão cotidianas que atingem o belo mundo ao qual pertence o universo das paixões. A leitura é ininterrupta: “Comprove.”
Atingirá a mente dos pensantes e o coração dos que já se apaixonaram, dos que estão em pleno prazer, ou, ainda, daqueles que se apaixonarão: nada de meio termo, todos estarão envolvidos. As histórias, ou a história, se reflete como um espelho no coração de cada leitor que se aventurar aqui. Às vezes leia por duas vezes uma mesma passagem, terá diferentes interpretações: “Aceite o desafio.”
A autora trouxe um assunto delicado, ao mesmo tempo necessário. Utilizou de coisas simples para dar uma oportunidade para a reflexão e o desabafo; de encontrar o nosso “eu” — a tanto escondido, que interliga ou busca o sexo oposto. A linguagem, mesmo que simples, traz a mensagem subliminar: “Desvende.”
Camille Thomaz pode ser jovem e uma autora iniciante, mas possui uma mente altamente elevada, graças a bagagem cultural que absorveu no apaixonante mundo dos livros. Essa é uma obra voltada à todos, seja para amar, pensar… Ou jamais esquecer: “Não duvide.”

Opinião: O livro tem apenas 104 páginas, mas é bem profundo. Apesar da linguagem ser bem simples, não é um livro comum, ele é um pouco mais inteligente e precisamos ler as entrelinhas para entendermos bem o que acontece.
A história é a de Larissa, depressiva, e pelo o que entendi, que acabou de terminar um relacionamento e conta sua história por meio de contos. Todas são histórias comuns do cotidiano, mas são colocadas de modo a aparecerem sensacionais. Algumas são irônicas, outras engraçadas, outras tristes… assim como a vida.
Acho que é um desses livros que toda mulher que lê pensa: “nossa! Eu sou assim!” e é verdade! Todas temos um pouco de Larissa dentro de nós e adorei a forma como a Camille conseguiu colocar todas as características no papel.
Vou transcrever uma parte de um conto, que quem me conhece com certeza se lembraria de mim ao lê-lo:

“Não imaginava que tal sentimento fosse voltar, não imaginava que ele nunca tivesse ido. Como se fosse ontem, aqueles poucos segundos que o mundo parou enquanto apenas nos olhávamos. Será que você conseguiria me explicar por que é difícil… te esquecer? Esquecer aqueles segundos, que apenas falamos palavras tão simples e comuns como “bom dia”. Aquela sensação inexplicável de querer-te por perto, sem nem ao menos saber quem você de fato é.”

Eu poderia muito bem ter escrito isso há pouco mais de um ano (right, people?). E acredito que muitas outras Larissa, Polys, Amandas, Manuelas… também poderiam dizer a mesma coisa.
E é essa a essência de todo “Imaginário Feminino”. Um livro para ser lido e relido quantas vezes quiser (e como se trata de uma obra fininha, reler não será nenhum trabalho).

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