Livro: O beijo

O BEIJOJames Patterson; Jill Dembowski
(3/5)
Editora Novo Conceito
2014
302 páginas

Sinopse: No quarto livro da série Bruxos e Bruxas, Whit e Wisty, agora membros do Conselho, estão tentando reconstruir a cidade depois de derrotar O Único Que É O Único, o vilão mais malvado do mundo. Quando tudo parece correr bem, surge uma nova ameaça, personificada na figura do cruel Rei da Montanha. Ele é um mago indestrutível, que deseja a todo custo dominar a cidade. Sem água e prestes a ficar sem alimentos, a população conta com os irmãos Allgood para sobreviver. A aventura e o suspense fazem o leitor prender a respiração a cada vez que um capítulo termina. Mas, com um título como esse, não poderia faltar romance no novo livro de James Patterson… Wisty está encantada pelo jovem Heath, que compreende tão bem os seus dilemas afinal, ele também é um bruxo. Talvez Wisty possa se unir a Heath na guerra contra o Rei da Montanha. Mas o que será que Whit acha disso? Se você ama romance, mistério e ação, O Beijo é o seu livro! Páginas muito intensas, desfechos surpreendentes… Mais uma prova de que James Patterson é o maior autor da sua geração.

Opinião: Finalmente a série parece ter um fim! Juro que depois de Crepúsculo essa foi a pior série que eu já li.
ATENÇÃO: Pode conter spoiler de outros livros da série.
Os livros em si até que tinha uma ou outra coisa que eu gostei e confesso que fiquei bem curiosa para saber o desfecho depois da derrota dO Único Que É O Único, mas numa análise geral da série, achei muito fraca e pouco envolvente.

A magia da Wisty, pintada no céu, deixa bem claro algo que Bloom não disse: agora temos a liberdade de escrever nossa própria história.
P. 14

Wisty e Whit derrotaram O Único Que É O Único e estão felizes por finalmente estarem livres, não só eles, mas toda a Cidade. Eles agora estão se organizando em um Conselho para tomar as melhores decisões para a vida dos cidadãos, mas nem tudo é tão fácil quanto falar e eles percebem que ainda precisam combater pessoas corruptas e que deixam o poder subir à cabeça.
>O Único morreu. Absoluta e totalmente. Mas se ainda há células bem ativas da Nova Ordem na Superfície…
P. 44

Na Cidade crianças estão sendo sequestradas, há uma crise de água e uma onda de caos e violência pode se instalar a qualquer momento. Wisty e Whit estão apreensivos com as decisões do Conselho e em como as pessoas continuam cometendo os mesmos erros. Mas no meio de todo caos, Wisty se apaixona por um garoto, Heath e está disposta até a ficar longe de Whit, se isso significar passar mais um tempo com o seu novo amor.

Ninguém parece se importar em ter como verdade as palavras de um único homem. Todo mundo está com medo. E o medo torna as pessoas muito perigosas.
P. 112

Os irmãos Allgood começam a passar por novos sérios problemas, a magia volta a ser proibida na cidade, ao mesmo tempo em que eles precisam da magia mais que tudo para derrotar o Rei Mago da Montanha. A situação deles não é nada fácil e só piora com a crise de relacionamento que estão passando.

– O poder é algo perigoso, Larsht. É tão fácil abusar dele.
P. 141

Eu gosto bastante do modo como os autores usam a ficção para mostrar os problemas que nossa sociedade atual tem com o governo e como pode ser perigoso confiar cegamente nos governantes, ou pior, não confiar, mas mesmo assim deixar que eles tomem qualquer tipo de decisão, sem a participação do povo.
Analisando criticamente a obra, acho a muito interessante e riquíssima de mensagens, mas não achei a história boa, não me conseguiu me conquistar. Captei a mensagem, mas morri de tédio com os irmãos Allgood.

– Os poderosos são dominados por uma loucura perigosa. Tenho certeza de que você, entre todas essas pessoas, concordaria comigo.
P. 286

Acho o design lindo, amo todas as capas, apesar de O Beijo não ser a minha preferida. O trabalho de diagramação foi muito bem feito e é uma obra bonita para se manter na estante.

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Livro: Os assassinos do cartão-postal

OS_ASSASSINOS_DO_CARTAOPOSTALJames Patterson; Liza Marklund
(5/5)
Editora Arqueiro
2014
303 páginas

Sinopse: Uma viagem para conhecer as mais belas cidades da Europa é o sonho de qualquer pessoa. Porém, o detetive da NYPD Jacob Kanon não está interessado nos pontos turísticos. Após receber a notícia do brutal assassinato de sua filha e namorado, mortos em Roma, Kanon viaja para o Velho Continente para tentar juntar pistas sobre o crime que mudou sua vida. E a onda de assassinatos está só começando: jovens casais são encontrados mortos em Paris, Copenhague, Frankfurt e Estolcomo. Os crimes parecem não estar conectados, com exceção de um cartão-postal enviado para o jornal local da cidade de cada nova vítima. Quando o repórter sueco Dessie Larsson recebe um postal, Kanon junta forças com o jornalista e partem para o novo destino para tentar capturar o serial killer.

Opinião: Mas jura que o livro tem 303 páginas? Isso tudo? Parece que é bem menos! Recebi esse livro há um bom tempo e sempre ficava adiando para iniciar a leitura, sem haver um motivo específico. Eu já sabia que era um thriller e que era bom, afinal livros escritos em parceria com James Patterson são bons. A leitura só veio confirmar tudo o que eu imaginava e esperava.

– Eles mataram a minha filha em Roma – explicou. – Cortaram a garganta de Kimmy e Steven em um quarto de hotel em Trastevere. Então, sim, estou obsessivo. E vou persegui-los até o inferno congelar.
P. 34

A história é narrada em terceira pessoa, contando a visão sobre três perspectivas diferentes, a de Jacob Kanon, um detetive da divisão de homicídios de Nova York que está investigando a morte da filha em Roma, na Itália, a de Dessie Larsson, uma jornalista de Estocolmo que acabou de receber um cartão-postal com uma frase de Shakespeare e a dos assassinos do cartão-postal.
O livro é dividido em três partes, além do prólogo e do epílogo.
Na primeira parte há uma espécie de introdução dos personagens e a explicação do modus operandi dos assassinos. Na segunda parte há uma reviravolta na história e todos os passos até então precisam ser refeitos. A terceira parte é o desfecho, com o esclarecimento dos crimes.

– Lendas… – disse ela. – Sempre morrem jovens. Mas nós não.
P. 48

Logo no início já sabemos quem são os assassinos, mas a grande questão que move a história é encontrar provas para incrimina-los. E é esse o ponto que é o diferencial da história e que nos seduz para ler todos os capítulos de uma só vez.

– Dessie, algumas pessoas estão perguntando por que aquele cartão-postal foi enviado para você. Elas estão se perguntando que espécie de contatos você tem com o mundo do crime.
P. 79

Os capítulos são curtos, alguns possuem apenas uma página e, na minha opinião, isso facilita muito a leitura. Em poucas horas eu devorei o livro todo e fiquei querendo mais. Apesar de ser uma história clichê, o livro consegue envolver e seduzir.
Há menção de obras de artes e museus e também detalhamento nas cenas de crime. Nada tão bem elaborado quanto nos livros do Dan Brown, mas ainda assim de interessante observação.

– Isso é surreal. Que merda eles estão planejando? – perguntou ela. – Aqueles malditos são tão culpados quanto o diabo. Agora eles estão dando coletivas de imprensa?
P. 193

Há algumas narrativas de cenas de sexo, mas nada muito erotizado ou que ninguém está acostumado a ler/ver. Achei que tinha a tensão sexual necessária e as cenas até que caíram bem, ajudaram a tirar o clima pesado das investigações policiais.

– Então, quem foi? Dê uma explicação convincente. Quem são os verdadeiros Assassinos do Cartão-postal, então?
P. 247

O kit que eu recebi com o livro veio em um envelope com dois marcadores, um cartão-postal e o livro. Após a leitura vi que ele tinha muito mais a ver com a história do que minha primeira impressão e gostei muito.
Achei a capa muito bonita e tem relação com a história, apesar da mulher ser morena, mas é apenas um mero detalhe. O miolo é simples, sem detalhes. Mas a fonte é boa e tem um tamanho bom para a leitura. Um ponto positivo (e que eu aprovo sempre devido ao meu pequeno TOC) é que os capítulos sempre se iniciam em uma nova páginas.
Apesar da temática ser um pouco pesada (crimes, assassinatos e investigação policial), achei a leitura bem leve. Claro que dá uma ansiedade para terminar a leitura logo, mas o clima da história não é pesado, dá para ler em uma tarde para passar o tempo enquanto espera consulta na sala de espera.

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Livro: O Dom

O_DOMJames Patterson; Ned Rust
(3/5)
Editora Novo Conceito
2013
288 páginas

Sinopse: Os irmãos Allgood nunca desistem de lutar contra os poderes autoritários e desumanos d’O Único Que É O Único, mas, agora, eles estão sem Margô — a jovem e atrevida revolucionária; sem Célia — o grande amor de Whit; e sem seus pais — que provavelmente estão mortos… Então, em uma tentativa de esquecer suas tristes lembranças e, ao mesmo tempo, continuar seu trabalho revolucionário, os irmãos vão parar em um concerto de rock organizado pela Resistência onde os caminhos de Wisty e de um jovem roqueiro vão se cruzar. Afinal, Wisty poderá encontrar algo que lhe ofereça alguma alegria em meio a tanta aflição, quem sabe o seu verdadeiro amor… Mas, quando se trata destes irmãos, nada costuma ser muito simples e tudo pode sofrer uma reviravolta grave, do tipo que pode comprometer suas vidas. Enquanto passam por perdas e ganhos, O Único Que É O Único continua fazendo uso de todos os seus poderes, inclusive do poder do gelo e da neve, para conquistar o dom de Wisty… Ou para, finalmente, matá-la.

Opinião: Whit e Wisty continuam correndo e se escondendo da Nova Ordem. Eles agora se tornaram líderes da Resistência e suas cabeças estão valendo ainda mais, principalmente a de Wisty.
A história começa com a execução de uma bruxa, ela está com o rosto coberto e a Nova Ordem diz que se trata de Wisteria Allgood, mas na verdade é Margô, uma amiga dos irmãos Allgood que também luta contra a Nova Ordem e O Único Que É O Único.

– Eu sei que você está com medo – ela continua, nem aí com o sumiço de Wisty, o que é bem estranho. – Você acabou de perder alguém com quem se importa e não sabe como lidar com isso. Pense nisso, Whit. É a chave de tudo.
P. 39

De volta à Garfunkel’s, após escaparem da prisão, os irmãos tem que reorganizarem as estratégias e traçarem novos planos contra a N.O. A morte de Margô abala a todos inicialmente, mas isso acaba se tornando mais um incentivo para eles continuarem à resistir.

– É isso mesmo – Whit concorda. – O Único provavelmente espera que fiquemos aqui lambendo nossas feridas, e nem imagina que somos capazes de fazer um negócio perigoso como esse.
P. 59

Whit continua sua busca por Célia, sua namorada morta, mas que vaga pela Terra das Sombras e que ainda manda mensagens para ele e junto com Wisty eles procuram por sinais de seus pais.
Em O Dom, os irmãos Allgood descobrem a força de seus dons e começam a entender como eles funcionam. Eles recebem ajuda de onde menos esperam, mas também são traídos em momentos inesperados e ao virar o capítulo tudo pode mudar.

O Único acena para o outro lado da sala e transforma o que antes era uma parede branca e pelada em janelas que vão do chão ao teto. Ele consegue transformar um homem numa planta. Ele consegue voar. Ele consegue transformar crianças em pó. Acho que transformar uma parede num monte de janelas com uma vista panorâmica do 50º andar deve ser como tirar doce de criança.
P. 135

Wisty além de ir a um show de rock também sobe no palco e canta, juntamente com Byron. Achei essa cena uma das melhores narradas. Eu conseguia sentir a energia do público e a emoção da Wisty em estar ali. Talvez por eu gostar de música e ter amigos músicos essa parte significou algo a mais para mim, mas achei bem bacana mesmo.

MESMO COM O REI dos fuinhas na minha banda, consigo entender totalmente por que as pessoas querem virar deuses do rock. Não tem sensação igual a essa no mundo. A caverna tem uma reverberação natural que parece transformar minha voz num coro de anjos do hard-rock. É como aquelas experiências que a pessoa sai do próprio corpo.
P. 86

Byron continua o mesmo “Fuinha” vira-folha de sempre, mas um personagem muito importante na história. Queria entender melhor o que se passa na cabeça dele, mas acho que isso só será respondido na continuação.
O que eu mais gosto no livro é o fato dos capítulos serem bem curtinhos, isso acelera e ajuda muito a leitura. Acho que o fato dos capítulos serem curtos é o que me motiva a continuar a lendo a série, já que a história em si não me prende muito.

EU SEI QUE VOCÊ ESTÁ se perguntando a mesma coisa que eu. E tenho certeza de que Wisty também está. Pode haver no mundo uma razão para não nos contarem que nossos pais estão na sala ao lado? Se é que estão mesmo…
P. 173

O ritmo do livro é bom e tem muito mais emoção que em Bruxos e Bruxas, mesmo assim eu não consigo engolir o enredo, acho tudo muito fantasioso, forçado e sem sentido. Mas a curiosidade de descobrir como a história vai acabar me fez ler esse livro e provavelmente me fará ler o próximo.
Além dos capítulo, o livro também é dividido em três partes, mais o epílogo.
As partes, ao contrário dos capítulos, são bem longas. Só quando chegava a uma determinada parte que eu me lembrava que o livro também tinha essa divisão. E também não achei que os títulos explicassem muito o que aconteceria nelas. Achei as explicações bem vagas.
Na verdade, o livro faz tantos rodeios, que acho que seria possível recontar tudo com 1/3 das páginas.
No fim do epílogo, há uma lista de livros, artistas e cientistas proibidos pela Nova Ordem, assim como há em Bruxos e Bruxas. A relação dos nomes faz referência a livros e pessoas famosas e me diverti muito lendo-a.

JOGOS SEDENTOS: Um trabalho de ficção que se passa num mundo que não tem mais água, onde o governo decidiu controlar a população usando seus filhos excedentes como gladiadores. Após uma investigação ostensiva, o Conselho de Proteção aos Recursos da Nova Ordem declarou que o livro é uma estratégia irrealista para racionar água.
P. 281

LADY GU GU: Estrela ridícula da música pop, que começou a fazer sucesso com um single também ridículo e perigosamente contagiante, “Cara de Truco”. Ela dominou as paradas de sucesso e lançou mão de artimanhas teatrais para seduzir a mídia e virar uma celebridade. Está entre as primeiras celebridades musicais apreendidas pelo Conselho de Padrões Culturais da Nova Ordem.
P. 282

Acredito que essa é uma das capas mais bonitas da Editora Novo Conceito. Ela tem uma textura meio emborrachada, bem gostosa de tocar. O título e o nome do autor são em alto relevo e na cor dourada, mas o que eu mais gostei foi do grande “D” no meio da capa, parecendo fumaça formando a imagem de uma jovem de perfil.
A capa é tão linda que acho que ela ganha o crédito por uma boa percentagem na minha vontade de ler a série. Acho que mesmo sem ler a continuação vou comprar o próximo pelo menos para manter na estante “de enfeite”.

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