Promoção: #vemnimimBienal

Como todo mundo sabe, semana que vem começa a Bienal do Livro do RJ e sei que tem muita gente em casa, na frente do computador chorando porque não poderá estar presente (eu, por exemplo), então, resolvi criar essa promoção, para alegrar-los um pouquinhos.
vemnimim
Vou sortear 3 kits de livros para 3 sortudos diferentes: A vez da minha vida, De volta para casa e Bruxos e Bruxas.
O primeiro sorteado escolhe um dos 3 livros, o segundo sorteado, entre os 2 que sobraram e o terceiro sorteado fica com o último.
Para participar tem que curtir a página do blog no Facebook e seguir os passos do formulário Rafflecopter.
a Rafflecopter giveaway

A promoção vai de hoje até o dia 08.09 (dia que se encerra a Bienal).
Boa sorte a todos!

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Não faça Direito!

Themis Fim do Ensino Médio só tem um assunto: vestibular. E esse era um assunto que eu não corria, nem me importava, porque desde os 12 anos eu já sabia o que eu queria fazer.
Nunca cogitei fazer outra faculdade a não ser Direito e sempre que surgia o assunto minha opção era bem elogiada, mas existem alguns mitos que eu não conhecia e se eu conhecesse na época, eu não teria optado por esse curso.
A faculdade de Direito permite que você exerça mais de 60 profissões diferentes. Seu diploma te deixa exercer a função de bacharel em Direito, que não serve para absolutamente nada.
Até um diploma de jornalismo¹ tem mais propósito do que o diploma de Direito.
As opções para um formado em Direito são: fazer a prova da OAB e ser advogado ou estudar para um concurso de analista judiciário ou delegado. Após 2 anos de exercício de atividade jurídica, o bacharel pode prestar concurso para a magistratura (juiz) ou ministério público (promotor). Ou ainda ser professor. E as mais de 60 profissões? São variantes dessas aí.
Todo mundo entra na faculdade da Direito com dois pensamentos na cabeça: mudar o mundo e/ou ficar rico.
Vou começar pela parte financeira.
Com o seu lindo diploma, você sai correndo para se matricular um cursinho² de primeira fase da OAB (R$750,52), paga a taxa de inscrição da prova (R$200,00) e, se passar, vai fazer a segunda fase e se matricula novamente no cursinho (R$430,12). Digamos que depois de todo estresse, você é aprovado. Aí você precisa desembolsar a anuidade (R$500,00 aqui no ES). Agora com tudo prontinho, é só começar a trabalhar e se preparar para receber R$1.000,00 por mês.
Ahh!! Mas você não quer advogar, nem prestar OAB? Então, se matricule em um cursinho para carreiras jurídicas e invista no mínimo R$2.880,21 e comece a estudar em tempo integral. Após uns 2 ou 3 anos de estudo e prestando concursos, você pode ser aprovado em um, com o salário inicial de aproximadamente R$3.500,00 (analista).
Mas concurso de juiz não ganhar quase R$20.000 por mês? Sim, mas você precisa de 2 anos de prática jurídica para se tornar juiz. E claro que quanto maior a remuneração, maior o investimento em cursos, livros, aulas de oratória, etc.
Não é apenas: vou fazer faculdade de Direito, me formar e sair ganhando R$20.000,00. Tudo tem seu tempo…
Agora a parte de mudar o mundo… Bem, eu e a maioria dos estudantes quando entramos na faculdade tínhamos a utopia de melhorar o sistema jurídico, acabar com as injustiças e criar um mundo melhor. Só que o “sistema” (aquele mesmo do filme Tropa de Elite) é tão sujo e “tão foda” que a grande maioria prefere cuidar apenas da sua vida e não se meter com certos tipos para não “sofrer as consequências”.
Direito não te dá status, não te dá lucro instantâneo, a concorrência é enorme e tem que gostar muito da coisa para continuar na profissão.
Não me arrependo de ter terminado a faculdade, afinal de contas, conhecimento nunca é demais (principalmente conhecimento jurídico), mas se eu soubesse metade do que acontece nos bastidores eu teria tomado outra decisão, percorrido outro caminho.
Não quero desmotivar ninguém com o curso ou que desista dessa opção no vestibular, mas parece que nos cursinhos há uma glamouralização dos cursos de Direito, Medicina e Engenharias e os outros são de pouca (ou nenhuma importância).
Só que não existe esse glamour todo no Direito. Há uma supervalorização que não condiz com a realidade, pelo menos eu não consigo ver isso tudo que as pessoas de fora falam.
Depois que eu entrei na faculdade de Direito eu comecei a ver com outros olhos outras profissões e passei a admirá-las melhor e dar seu devido valor, coisa que eu deveria ter feito no ensino médio, mas não fiz porque todos os fatores externos me levaram a crer que todas as outras profissões eram inferiores ou menos importantes. E não são.
Esqueça a parte de status e de ganhar dinheiro e escolha alguma coisa que você goste, eu sei que é clichê, mas tem vezes que é melhor ganhar pouco e viver bem, do que ganhar muito e não poder aproveitar o dinheiro.

¹ Eu respeito muito os jornalistas, acho que o diploma é importantíssimo, apesar da repercussão toda que teve aquela decisão judicial que permitia com que qualquer um pudesse exercer a profissão de jornalista, mesmo sem diploma.
² Peguei os valores de cursinho no site do Renato Saraiva.

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Livro: O menino da mala

O_MENINO_DA_MALALene Kaaberbøl, Agnete Friis
(5/5)
Editora Arqueiro
2013
252 páginas

Sinopse: “Você adora salvar as pessoas, não é? Bem, aqui está a sua chance.” Mesmo sem entender o que sua amiga Karin quer dizer com isso, Nina atende seu pedido e vai até a estação ferroviária de Copenhague buscar uma mala no guarda-volumes. Dentro, encontra um menino de 3 anos nu e dopado, mas vivo.
Chocada, Nina mal tem tempo de pensar no que fazer, pois um brutamontes furioso aparece atrás do garoto. Será que ela está diante de um caso de tráfico de crianças? Sem saber se deve confiar na polícia, ela foge com o menino e vai à procura de Karin, a única que pode esclarecer aquele absurdo.
Quando descobre que a amiga foi brutalmente assassinada, Nina se dá conta de que sua vida está ameaçada e que o garoto também precisa ser salvo. Mas, para isso, é necessário descobrir quem ele é, de onde veio e por que está sendo caçado.
Neste primeiro livro da série da enfermeira Nina Borg, vendido para 27 países, as autoras Lene Kaaberbøl e Agnete Friis apresentam uma heroína que luta contra seus demônios e busca fazer justiça em meio à crueldade e à indiferença do mundo.

Opinião: Após ler a sinopse esperava ler um livro bem denso e pesado, afinal de contas, encontrar um menino de 3 anos dentro de uma mala não deve ser a coisa mais natural do mundo, mas o modo como a história é contada alivia um pouco o peso da história.

– Uma mala. No guarda-volumes da Estação Central. Não abra até que tenha saído da estação. E, quando abrir, não deixe que ninguém veja. Mas tem que ser já!
P. 29

É um livro de suspense, então é uma leitura tensa e ansiosa do início ao fim, mas o fato da história se passar com uma criança não a deixa mais densa, o que eu gostei bastante. Não sabia direito o que esperar do livro e fiquei um pouco apreensiva com a temática, mas no fim, gostei muito.

Ele mesmo deveria ter feito aquilo, pensava com amargura. Assim era a vida: você faz planos, acha que eles são perfeitos. Mas aí a merda de uma gaivota põe tudo a perder.
P. 45

Gostei da história se passar na Dinamarca, de ter personagens com nomes diferentes (dinamarqueses, lituanos e de outros países menos comuns) e da heroína ser uma mulher miúda, magra e que “se parece um menino”. Foi uma combinação de fatores que não estou acostumada a ler normalmente em livros e eu gostei disso.

Mas o menino da mala era novinho demais até mesmo para a mais inescrupulosa gangue de ladrões. Seria ele refém de algo? Faria parte de algum esquema para fraudar o sistema de seguridade social? Nina sabia que isso já havia acontecido antes, sobretudo na Inglaterra.
P. 173

O mistério do livro só é resolvido nas páginas finais, mas há ainda um capítulo com a enfermeira Nina, que dá um ótimo gancho para a próxima aventura da moça.
Já fiquei ansiosa e curiosa para descobrir em que Nina Borg vai se meter e, se for tão bom quanto O menino da mala, já está na minha lista de indicações.

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