Livro: Desejos dos Mortos

desejo dos mortosKimberly Derting
(4/5)
Editora Intrínseca
2012
288 páginas

Sinopse: Enquanto tenta manter seu segredo, Violet, involuntariamente, torna-se objeto de uma perigosa obsessão. Seu primeiro impulso, como sempre, seria pedir ajuda ao melhor amigo, Jay – porém, agora que os dois são um casal, as coisas não funciona mais assim. Ele passa cada vez mais tempo com um novo colega, Mike, e Violet tem oportunidade de sobra para pensar e repensar sobre o que, afinal, está fazendo seu namoro dar errado. É então que ela se dedica a investigar a vida do récem-chegado Mike, e diante da trágica história familiar do garoto Violet se depara com uma verdade capaz de colocar todos eles em extremo perigo.

Opinião: Lembro que não esperava nada de Ecos dos Mortos e me surpreendi tanto que criei uma expectativa muito boa para Desejos dos Mortos. Não me decepcionei, apesar de achar que o primeiro livro foi melhor.
A narrativa da Kimberly continua no mesmo tom de romance adolescente combinado com suspense e investigação, mas não teve nenhum elemento tão impressionante que me mantivesse presa ao livro do mesmo modo como aconteceu com Ecos da Morte.
Claro que há todo o mistério envolvendo Sara Priest que aparece surpreendentemente na vida de Violet e de algum modo conhecendo seu segredo e também as ameaças que ela recebe, mas nada disso é muito intenso.

Violet acabou o chá, pensando na ideia de passar um fim de semana em um chalé com Jay e Chelsea. Longe da cidade. Afastada de quem quer que estivesse deixando animais mortos e bilhetes arrepiantes para ela.
P. 147

O romance entre Violet e Jay apesar de amadurecer também sofre um abalo, mas os momentos deles juntos ainda causando suspiros (eu pelo menos sou a besta apaixonada que acha fofo todos a maioria dos casais de livro).

O polegar de Jay traçou a linha da bochecha dela.
– Eu amo você, Violet Marie. Sempre vou amar.
[…]
Ele era o remédio perfeito para todas as suas preocupações
P. 155

Mas preciso dizer que o que me chamou atenção mesmo foi a capa. Acho que a Intrínseca e a Galera fazem as melhores capas. Gosto muito de texturas diferentes e a combinação de uma parte mais áspera e fosca com a normal lisa a deixou muito mais interessante. É muito gostoso pegar o livro e ficar sentindo a textura. E o miolo é perfeito! Tudo combinou e harmonizou no design.

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Livro: Laços Inseparáveis

Laços InseparáveisEmily Giffin
(5/5)
Editora Novo Conceito
2012
páginas

Sinopse: A autora de cinco romances de sucesso, Emily Giffin, lança uma história inesquecível de duas mulheres, as famílias que a fazem ser quem são, e a lealdade e o amor que as ligam. Marian Caldwell é uma produtora de televisão de 36 anos, vivendo seu sonho em Nova York. Com uma carreira bem-sucedida e um relacionamento satisfatório, ela convenceu todo mundo, inclusive si mesma, que sua vida está do jeito que ela deseja. Mas uma noite, Marian atende a porta… para apenas encontrar Kirby Rose, uma garota de 18 anos com a chave para o passado que Marian pensou ter deixado para trás para sempre. Desde o momento que Kirby aparece na sua porta, o mundo perfeitamente construído de Marian — e sua verdadeira identidade — será chacoalhado até o fim, fazendo ressurgir fantasmas e memórias de um caso de amor apaixonado que ameaça tudo para definir quem ela realmente é. Para a precoce e determinada Kirby, o encontro vai provocar um processo de descobrimento que a leva ao começo da vida adulta, forçando-a a reavaliar sua família e seu futuro com uma visão sábia e doce. Enquanto as duas mulheres embarcam em uma jornada para encontrar o que está faltando em suas vidas, cada uma irá reconhecer que o lugar no qual pertencemos normalmente é onde menos esperamos — um lugar que talvez forçamos a esquecer, mas que o coração se lembra eternamente.

Opinião: Comecei a ler o livro sem ter a menor do que estaria me esperando, mesmo lendo a sinopse. Então foram várias as surpresas que estavam me esperando.
Quando tinha 18 anos, Marian teve um romance de verão com Conrad. Foi intenso e verdadeiro, mas após dez encontros ela descobre que estava grávida de Conrad. Então ela toma a decisão de terminar tudo com ele, ter a criança e dá-la para a adoção.
Lynn e Art Rose sempre quiseram ter um filho, mas como não conseguiam ter seu filho biológico entraram na fila de adoção. A maior alegria de suas vidas foi quando eles receberam uma ligação de que um bebê tinha acabado de nascer e que seria deles. O casal Rose se apaixonou instantaneamente pela garotinha, que recebeu o nome de Kirby.
Kirby sempre cresceu sabendo que fora adotada e não tinha nenhum problema com isso. Ela sempre foi amada e nunca faltou nada em sua vida, mas quando chegou à adolescência sua curiosidade em saber quem eram seus pais biológicos só aumentou, por isso quando fez 18 anos entrou em contato com a agência de adoção para receber dados da sua mãe biológica.
Com o nome e endereço da mulher que a colocou no mundo Kirby entra em um ônibus e vai para Nova York bater à porta de Marian Caldwell para descobrir suas origens biológicas e ter as respostas que sempre quis.
Me identifiquei muito com o livro, porque assim como a Kirby eu também sou adotada. Eu também nunca tive problemas com isso, só que diferente da Kirby eu sempre soube quem era e convivi com minha mãe biológica. E achei muito bacana porque meu relacionamento com minha mãe biológica é meio parecido com o que a Kirby constrói com a Marian. E definitivamente, mãe é quem cria.
Adorei o tom de veracidade na história e em vários momentos me perguntei onde foi que a Emily tirou tanta inspiração.
Alguns diálogos não eram lá grandes coisas, mas a essência da história é que me comoveu.
Apesar do conteúdo emotivo, é uma narrativa alegre, bem típica de comédia romântica.

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Livro: A luz através da janela

A luz através da janelaLucinda Riley
(5/5)
Editora Novo Conceito
2012
544 páginas

Sinopse: A Segunda Guerra Mundial deixou muitos destroços e segredos familiares principalmente na família de Emilie, os De La Martinières. Quando sua mãe faleceu, deixando o legado do château da família para ela, a única herdeira, Emilie fica devastada e quer vender tudo para que possa voltar à sua rotina comum de veterinária. Entretanto, Sebastian Carruthers aparece em sua vida para ajudá-la a cuidar de toda a documentação e a consola nos momentos mais difíceis. Emilie se apaixona pela sua gentileza e decide se casar com ele. Assim, ela se muda para a casa do marido, Blackmoor Hall, em Yorkshire. Contudo, a vida que ela, ingenuamente, pensa estar começando bem, trará a ela muitas surpresas e revelações do presente e do passado de toda uma geração.

Opinião: Outro belíssimo livro com os ingredientes que dão certo para a Lucinda Riley. A história envolve uma propriedade, que foi deixada de herança para Emilie pela sua mãe. Mas nesse livro, o ponto central do livro não é a propriedade, ela é apenas o cenário onde aconteceu e acontece a história.
Acho muito difícil resenhar livros que gosto, mas vou tentar fazer jus à obra.
Após ficar órfã, Emilie De La Martinières encontra-se desolada, sem saber o que fazer com o patrimônio ou por onde começar a se reerguer. Nesse momento, ela conhece Sebastian, que se mostra um homem muito atencioso e simpático. Ele conta que sua avó Constance Carruthers conheceu o pai de Emilie e o château da família De La Martinières. Ele era tudo o que ela precisava naquele momento e ganhou a confiança de Emilie.
Com ajuda de Sebastian, Emilie toma as primeiras providências em relação ao patrimônio e decide vender a casa onde sua mãe morava e com o dinheiro da venda saldar as dívidas e reformar o château da família.
Emilie então se apaixona e se casa com Sebastian e eles se mudam para a casa dele em Yorkshire, na Inglaterra.
Ao chegar lá, Emilie descobre diversas coisas sobre o seu marido, inclusive que ele tem um irmão, Alex e que o relacionamento deles não é muito fraternal.
Em uma das visitas que Emilie faz ao château, ela começa a conversar com Jacques, um antigo funcionário do vinhedo da família De La Martinières, e ele relembra fatos que aconteceram ali durante a Segunda Guerra Mundial. Jacques narra a chegada e a permanência de Constance Carruthers na propriedade e conta fatos do passado que influenciarão diretamente nas atitudes tomadas por Emilie.
No início eu não gostei muito da Emilie, a achei muito insegura e idiota por acreditar em Sebastian tão facilmente, mas no decorrer da história, ela vai amadurecendo e passa a ter ações firmes. Também não fui com a cara de Sebastian, mas meu ódio em relação a ele só cresceu.
Já Alex é um fofo desde o início e assim que ele entra na história já me apaixonei.
Gosto muito da forma como a Lucinda cria as histórias amarrando o presente no passado. Dá uma complexidade diferente à trama e fica a impressão na crença de que todas nossas ações possuem uma relevância para as gerações futuras.
Na minha opinião o livro é todo perfeito. O design harmoniou muito bem com a história. Gostei da capa, da diagramação e do belíssimo kit que recebi junto com o livro.
Parabéns, Novo Conceito!

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