Livro: Pequeno Segredo – A fantástica vida de Kat com a família Schurmann

Pequeno SegredoHeloisa Schurmann
(5/5)
Editora Agir
2012
320 páginas

Sinopse: A autora desta obra, Heloisa Schurmann, é de uma família conhecida pelas aventuras ao redor do mundo a bordo de um veleiro. Quis o destino que o dia a dia da família fosse surpreendido pela chegada de Kat, uma pequena e animada criança que passou a dividir com eles uma vida feliz pelos mares. Em ‘Pequeno segredo’, a autora conta uma história sobre os presentes dados pelo acaso. Sobre como um filho, biológico ou não, pode modificar por completo uma vida. E, acima de tudo, sobre até onde uma pessoa pode ir quando é tocada pela força do amor incondicional.

Opinião: Eu lembro da família Schurmann em uma série que passou no Fantástico mostrando as viagens deles ao redor do mundo e a pequena Kat correndo entre pinguins e se divertindo a cada país que eles passavam.
Depois disso, eles foram dar uma palestra na aula inaugural do meu primeiro ano letivo na faculdade. Lembro deles comentando das viagens e dando verdadeiras aulas motivacionais ao falar das superações no mar, mas não imaginava que a verdadeira superação deles estava dentro de casa.
No livro, Heloísa fala apenas de Kat e conta toda sua curta trajetória na Terra. Eu não sabia que Kat era adotada, então eu comecei a ler o livro e não entendi nada quando a história começa falando de Jeanne e Robert (pais biológicos da Kat), mas conforme a narrativa avança mais emocionante fica e é impossível segurar as lágrimas em diversos momentos.
Jeanne, a mãe biológica de Kat adquire o vírus do HIV após ser atropelada e receber sangue contaminado. Ela só foi saber que estava com o vírus quando Kat já tinha 1 ano de vida e para tristeza da família, Robert e Kat também estavam contaminados. Após a morte de Jeanne, Robert fica desolado pois sabe que não terá muito mais tempo de vida e não poderá cuidar da pequena Kat (agora com 3 anos). Então ele toma a decisão de entregar a menina para o casal Schurmann adotar, já que eram amigos e tinham o estilo de vida que ele e Jeanne tinham planejado levar.
A família Schurmann foi atrás de todos os médicos e conheceu a doença a fundo e decidiu adotar Kat mesmo sabendo que a menina poderia viver por apenas alguns meses e que teriam de abdicar de muitas coisas para criá-la.
O livro é lindo (tanto pelo conteúdo, quando pela formatação), os diálogos e a narrativa são emocionantes e tem muitas fotos da Kat, desde antes dela nascer. Fiquei fascinada com as aventuras que Kat viveu, ria e me divertia com as histórias engraçadas, me emocionava com as mais tristes… Li em um dia apenas e no final eu só não chorei mais porque tinha compromisso depois e tive que enxugar as lágrimas.
Tem gente que não gosta de histórias reais, mas eu gosto de histórias reais, pois acho que dá para tirar muitos aprendizados concretos.
Definitivamente nota máxima para o livro.

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Livro: Lola e o garoto da casa ao lado

Lola e o garoto da casa ao ladoStephanie Perkins
(5/5)
Editora Novo Conceito
2012
288 páginas

Sinopse: A designer-revelação Lola Nolan não acredita em moda… ela acredita em trajes. Quanto mais expressiva for a roupa — mais brilhante, mais divertida, mais selvagem — melhor. Mas apesar de o estilo de Lola ser ultrajante, ela é uma filha e amiga dedicada com grandes planos para o futuro. E tudo está muito perfeito (até mesmo com seu namorado roqueiro gostoso) até os gêmeos Bell, Calliope e Cricket, voltarem ao seu bairro. Quando Cricket — um inventor habilidoso — sai da sombra de sua irmã gêmea e volta para a vida de Lola, ela finalmente precisa conciliar uma vida de sentimentos pelo garoto da porta ao lado.

Opinião: Já tinho lido Anna e o beijo francês e adorado a escrita da Stephanie Perkins, então quando soube que a Novo Conceito iria lançar outro livro da autora fiquei morrendo de curiosidade.
Achei o início do livro um pouco chato, mas depois que pega ritmo a leitura é maravilhosa.
Lola é uma garota totalmente fora do comum, ela tem dois pais (um casal gay), gosta de vestir de maneira excêntrica (cada dia está com um visual diferente) e tem um namorado rockeiro, que é um mané. A espontaneidade e a alegria da Lola são contagiantes e não tem como não gostar da protagonista. Mesmo quando ela faz inúmeras besteiras (como insistir que gosta do namorado mané e não do vizinho) não é possível odiá-la. Claro que em diversos momentos eu quis entrar dentro do livro e dar uns tapas na Lola, mas ela é tão adorável que nem isso me fez gostar menos dela.
Mas acho que a maior surpresa do livro foi começar a ler um capítulo e dar de cara com Anna e St. Clair no meio da história! Achei isso tão incrível!
Além de ler uma narrativa excelente, ainda tive a oportunidade de saber o que aconteceu com Anna e St. Clair depois do final do livro que eles são protagonistas.
Amei essa jogada da Perkins, super diferente e combinou bem com a história.

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Livro: Sem deixar rastros

Sem deixar rastrosHarlan Coben
(4/5)
Editora Arqueiro
2012
272 páginas

Sinopse: Myron Bolitar parecia destinado a uma carreira de sucesso na NBA quando uma lesão no joelho o afastou das quadras para sempre. Porém, 10 anos depois, o agente esportivo e detetive particular com passagem pelo FBI está de volta ao jogo – não para cumprir seu destino como astro do basquete, mas para desvendar mais um mistério.
O ídolo dos Dragons de Nova Jersey, Greg Downing, maior adversário de Myron na época da faculdade, desapareceu sem deixar rastros pouco antes das finais do campeonato nacional. À frente do caso, com a ajuda de seus dois fiéis escudeiros, Win e Esperanza, Myron trabalhará infiltrado entre os jogadores para tentar obter informações capazes de levar ao paradeiro do antigo rival, com quem também competiu pelo amor de uma mulher.

Opinião: Nunca tinha lido nada do Harlan Coben, mas como todo mundo falava super bem dele, fiquei curiosa e furei a fila de leitura, dando preferência ao autor.
Quando eu vi que era o livro 03 dos livros com o Myron Bolitar eu fiquei intrigada se teria algum problema com a leitura, mas não. A escrita do Harlan é excelente e é possível acompanhar a saga do detetive começando por qualquer livro.
Quando é convidado para jogar para os Dragons de Nova Jersey, Myron Bolitar tem muito mais do que um caso para esclarecer, ele, além de tudo, deve enfrentar seu passado como astro do basquete e se entender com ele.
Gosto de histórias policiais para tentar desvendar o mistério antes do final do livro, mas foi quase impossível nessa obra. Os fatos são jogados de maneira solta e apenas no final é que eles são entrelaçados e desvendados de forma concreta. Achei algumas geniais e outras eu não se foram simplesmente geniais ou estúpidas demais. Mas o que interessa é que o arranjo final ficou bom. E eu passei bem longo de dar um palpite certo nesse enredo.
Adorei o humor irônico do Bolitar e das aparições surpreendentes do Win, mas ainda não sei se gosto mesmo da Esperanza, preciso de ler mais Harlan Coben para me decidir.
Não gosto de basquete, narrativas policiais não são meu forte, mas posso afirmar que Sem deixar rastros foi um dos melhores livros do gênero que já li.
Em relação ao design, não gostei dos capítulos começando na mesma página que terminava o anterior. Livros assim me atrapalham um pouco na hora de ler porque eu não acho esteticamente bonito.
A capa é bonita, achei que combina bem com a história, e o título é em alto-relevo (uma coisa que eu gosto muito em capas de livros).

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