Série: A Roda do Tempo

A Roda do Tempo (The Wheel of Time)
2021
(4/5)

A Roda do Tempo é a nova série de fantasia original do Prime Video, baseada na série de 15 livros escrita por Robert Jordan. A trama acompanha Moiraine (Rosamund Pike), membro de uma organização extremamente poderosa de mulheres praticantes de magia conhecida como Aes Sedai. Ela tem a importante missão de viajar junto com cinco jovens do vilarejo de Dois Rios em uma jornada perigosa e emocionante. A organização acredita que uma das cinco meninas é a reencarnação de um dragão milenar que tem como objetivo salvar o mundo ou destruí-lo.

Assim que vi o trailer de A Roda do Tempo fiquei bem animada e com as expectativas lá em cima porque a sinopse é maravilhosa! Então assisti ao primeiro episódio e achei muito monótono. Só não desisti ali pelos comentários no TV Time, então resolvi insisti mais e aos trancos resisti mais três episódios. Ao final do terceiro a história te envolve e ganha ritmo.

Os últimos episódios são os melhores e fico muito feliz por ter insistido na série. A história é boa, mas a pós-produção precisa melhorar. Os efeitos são muito fracos e limitados (as vezes toscos).

A Rosamund quem segura a barra na atuação e praticamente todas as cenas dela são ótimas.

Eu não li nenhum livro da série A Roda do Tempo e não faço a menor questão de ler (cada livro custa 100 reais) e isso não me impediu de entender a história, mas acredito que quem tenha lido tenha outra opinião sobre a série. A maioria ainda indica para assistir, com uma ou outra ressalva, como é de praxe em se tratando de leitores.

A vantagem de assistir agora é que todos os episódios da primeira temporada já estão disponíveis. Ainda não se tem uma data para o lançamento da segunda temporada, mas a Amazon disse que tem interesse em adaptar todos os livros.

Ficha Técnica

  • Direção: Ciaran Donnelly, Salli Richardson-Whitfield, Uta Briesewitz,Wayne Yip
  • Roteiro: Amanda Shuman, Celine Song, Dave Hill, Justine Juel Gillmer, Katherine B. McKenna, Michael Clarkson, Paul Clarkson, Rafe Judkins, Robert Jordan
  • Produção: Rafe Judkins, Rosamund Pike
  • Classificação: 16 anos
  • Gênero: Aventura, Drama, Fantasia
  • Elenco: Rosamund Pike, Barney Harris, Daniel Henney, Josha Stradowski, Madeleine Madden, Marcus Rutherford, Zoe Robins, Álvaro Morte, Clare Perkins, Kae Alexander, Kate Fleetwood, Michael McElhatton, Peter Franzén, Priyanka Bose, Sophie Okonedo

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Livro: Casa de Terra e Sangue

(4/5)
Sarah J Maas
2020
Galera Record
896 páginas
Compre na Amazon

Bryce Quinlan é metade feérica e metade humana. Ela trabalha vendendo artefatos mágicos ilegais para um negociante de antiguidades. Durante à noite ela se diverte com os amigos, aproveitando de todos os prazeres que Lunathion (também conhecida como Crescent City – daí o nome da série) tem a oferecer. Mas o mundo de Bryce desmorona quando um assassino implacável abala as estruturas da cidade e mata os melhores amigos da moça.

Após dois anos, ela ainda vive o luto e tenta esquecer o que aconteceu nas casas noturnas da cidade. Mas o assassino ataca novamente e Bryce é arrastada para uma investigação juntamente com Hunt Athalar, um anjo caído, que a vigia dia e noite.

Athalar é assassino pessoal dos Arcanjos e não tem nada a ver com Bryce, mas recebeu ordens para protegê-la. Bryce não está interessada em resolver o assassinato e faz de tudo para despistar Hunt, mas mesmo odiando trabalhar juntos, os dois precisam encontrar uma forma de se entender se quiserem resolver o caso.

Mas o mistério está relacionado com coisas mais profundas que ele imaginavam e pessoas poderosas estão envolvidas. Conforme eles vão investigando mais coisas vão sendo reveladas e não apenas eles correm risco, mas toda Cidade da Lua Crescente, através do submundo, até os níveis mais escuros do inferno.

Com personagens mais profundos e uma história mais complexa, essa nova série de fantasia da Sarah J. Maas fala sobre o luto, o preço da liberdade e o poder do amor e da amizade.

Havia apenas silêncio ali. Silêncio e bruma. Seria assim a morte? Silêncio e névoa?

P.122

Casa de Terra e Sangue é o primeiro livro da série Cidade da Lua Crescente e eu me recuso a chamar o livro de Casa de Terra e Sangue. Só chamo de Cidade da Lua Crescente ou Crescent City (ou CC para os íntimos). O livro é enorme e eu comecei a ler sem qualquer pretensão de terminar. Apesar de ter comprado na pré-venda ano passado, deixei parado na estante.

Foi ruim e bom. Ruim porque veio com erros gravíssimos de revisão na edição impressa. Diversos personagens tiveram a cor alterada, então para compensar, a editora enviou o livro atualizado e revisado em versão e-book. O que eu achei maravilhoso. Transformei o livro em livro para sala de espera de consultórios médicos e fui lendo aos pouquinhos minhas 896 páginas.

É um símbolo… e símbolos sempre carregam um poder próprio.

P. 213

Apesar de todo leitor da Sarah J Maas já conhecer os feéricos, como é o primeiro livro da série, ela faz uma boa introdução do que esperar deste universo. E é a velocidade Sarah de escrita, ela conta rotinas, enrola em algumas partes, mas eu achei o desenrolar da história melhor que Trono de Vidro.

Por exemplo, a primeira parte da história se desenvolve bem, não há tanta enrolação. Geralmente, nos outros livros da Sarah, a gente costuma empacar nos capítulos iniciais, mas em Casa de Terra e Sangue, eu achei o meio mais difícil de fluir.

Por amor, tudo é possível.

P. 260

Depois que ela já tinha apresentado o universo todo, mostrado os personagens e a gente já estava situado, ela começou a enfiar rotina e ficou um pouco maçante. Mas era meu livro de sala de espera, então tudo bem, nada acontece em sala de espera de consultório médico.

Como era de se esperar, a fluidez da história retorna nos capítulos finais e aí dá vontade de parar tudo o que estamos fazendo para ler e ler.

Tem ação, magia, emoção e é simplesmente incrível!

– Todo mundo, general, está à venda. Só é preciso descobrir o preço.

P. 268

Acho que valeu à pena todos os capítulos arrastados só pela emoção de ver tudo acontecendo e as peças se juntando. Acho a Sarah maravilhosa em juntar peças soltas e finalizar os livros, mas o meio das histórias não são tão bons.

A classificação do livro é 18 anos, mas não tem cenas de sexo explícito, uma ou outra mais ou menos. Todas as vezes que eu achava que iria rolar alguma coisa, não tinha. A classificação ficou por conta do uso de drogas e muitos palavrões.

Das protagonistas femininas da Sarah J Maas, Bryce se tornou a minha preferida.

Recomendo a leitura, mas fazendo como eu fiz, leia com calma, no seu tempo, junto com outro ou outros livros.

Não há nada de errado em ser uma garota que curte se divertir. Não entendo por que todo mundo acha que há. – Mas ela sopesou as palavras. – É mais fácil para mim… quando as pessoas acreditam no pior a meu respeito. Me deixa ver quem são de verdade.

P. 359
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Livro: Herdeira do Fogo

(4/5)
Sarah J Maas
Galera Record
2015
518 páginas
Compre na Amazon

Ao final do último livro, Celaena foi enviada para longe em uma missão para o rei. Mas o que seria apenas uma missão letal para o rei, em Herdeira do Fogo, se transforma em uma jornada de busca por informações sobre seus antepassados e sua herança. E o que pode mudar não só o futuro de Celaena, mas também do povo de Adarlan e de todo mundo.

Enquanto isso, forças sinistras começam a surgir com planos malignos para dominar o mundo. Agora todo o futuro de todos depende da coragem de Celaena de encarar seu passado, dominar seus próprios demônios e seguir o caminho a que foi predestinada.

Depois de ter lido A Lâmina da Assassina, que vem com um enredo mais contínuo e cheio de ação, achei o início de Herdeira do Fogo bem parado.

A parte do treinamento de Celaena com Rowan parece que não anda e nada acontece e dura mais da metade do livro. A gente sabe que o treinamento é importante para o desenvolvimento da heroína, mas eu odeio como a Sarah J Maas tem uma fixação por descrever rotinas em todos os livros.

Para eles, era a herdeira de duas linhagens magníficas e de um poder imenso que os manteria em segurança, assim como elevaria o reino ainda mais. Um poder que era um dom – ou uma arma.

Ao mesmo tempo em que em Adarlan, Chaol e Dorian estavam sendo inúteis fazendo nada de interessante e as partes com eles eram no mesmo grau de desinteressante.

Então a autora intercalou uns capítulos com as bruxas, que eu fiquei totalmente perdida e sem entender nada, mas pelo menos era mais intrigante e tinha alguma ação.

As chaves de Wyrd não eram inerentemente boas ou más. Dependia de como os portadores as utilizavam.

Só quando eu já tinha lido 70% da história foi que o livro começou a pegar fogo (quase que literalmente – só quem leu vai entender). A mágica realmente aconteceu e a história fluiu. As cenas de ação ganharam vida e foi impossível largar.

A cada parágrafo eu soltava um “Meu Deus!” para uma coisa diferente que acontecia.

Acho que 1/3 do livro poderia ter sido dispensado. A história é boa, interessante, mas achei que teve muita enrolação no início no meio, deixou para resolver tudo no final e não resolveu e deixou para o próximo livro, que eu já estou curiosa para ler.

Mas Sarah, minha querida, ME AJUDA A TE AJUDAR!

Quero te indicar para meus amigos porque a senhora escreve umas cenas muitos lacradoras, mas tem gente que vai abandonar a leitura se todo livro precisar ler tanta enrolação.

O poder não estava na força ou na habilidade. Estava no controle – o poder consistia em autocontrole.

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